Biófilo Panclasta: diferenças entre revisões

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As ideias de Biófilo Panclasta acerca do anarquismo foram muito particulares. Em seu pensamento pode-se observar tanto elementos individualistas quanto elementos do [[anarquismo social]], o que pode ser visto em uma série de cartas que Biófilo escreveu na prisão de Barranquilla em 1910. Em um primeiro momento, Biófilo considerou-se um individualista radical, fortemente influenciado por [[Max Stirner]] e [[Friedrich Nietzsche]]. Para Panclasta, a luta social que travava servia-lhe para mostrar todas as suas capacidades de ação e para fazer-lhe "sentir-se vivo".<ref name=autogenerated1>VILLANUEVA, Orlando; VEGA, Renán; GAMBOA, Juan, CLAVIJO, Amadeo; FAJARDO, Luis (1992): ''Biófilo Panclasta, el eterno prisionero''. [[Bogotá]]: Ediciones Alas de Xue.</ref>
 
Apesar de sua postura individualista, Biófilo chegou a identificar-se com o anarquismo social. As opiniões de Biófilo sobre o anarquismo social e o individualismo radical são coerentes com a sua filosofia, a de alguém que detestava extremos absolutos e que considerava o homem não um ser totalmente social ou individual. Biófilo procurava distanciar-se de qualquer forma de militância política, até mesmo de organizações anarquistas. Em uma conversa registrada com [[Piotr Kropotkin]], Biófilo afirma: "Eu não sou um anarquista, eu sou eu. Eu não deixo uma religião por outra, um partido por outro, um sacrifício por outro. Eu sou um espírito livre, egoísta. Eu faço o que sinto. Eu não tenho nenhuma causa a não ser a minha".<ref name=autogenerated4>PANCLASTA, Biófilo (1910): ''Datos autobiográficos de Panclasta''. Carta para Aurelio de Castro, publicada no periódico ''El Pueblo'', N° 219</ref>
 
O modo de pensar de Biófilo Panclasta demonstra que, mais do que um homem de ideias, era um homem de ação. Biófilo valia-se da necessidade que tinham os homens de libertar-se da opressão para poder atuar a partir daí; para ele, as organizações eram efetivas somente na prática, não em aspectos programáticos. Para Biófiolo, qualquer organização funcionava baseada em interesses humanos, que ele chamava de "interesses de situação".<ref name=autogenerated1 />