História do Afeganistão: diferenças entre revisões
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Em março de [[1979]], [[Hafizullah Amin]] assumiu o cargo de primeiro-ministro, mantendo a posição de marechal de campo e tornando-se vice-presidente do Conselho Supremo de Defesa. Taraki permaneceu Presidente e no controle do Exército. Em [[14 de Setembro]], Amin derrubou Taraki, que foi morto.
Uma vez no poder, o PDPA implementou uma agenda liberal e [[marxismo-leninismo|marxista-leninista]]; passou a substituir as leis religiosas e tradicionais para as seculares e marxistas-leninistas. Os homens eram obrigados a cortar suas barbas, as mulheres não podiam usar um [[chador]] e [[mesquita]]s foram colocadas fora dos limites. O PDPA fez uma série de reformas nos direitos das mulheres, a proibição de casamentos forçados, dando reconhecimento do estado de direito das mulheres ao voto, e introduzindo as mulheres à vida política. Mas o PDPA também realizou a [[reforma agrária]] socialista; promoveu o [[Estado ateu|ateísmo de Estado]],<ref>[http://www.vfw.org/resources/levelxmagazine/0203_Soviet-Afghan%20War.pdf The Soviet-Afghan War:Breaking the Hammer & Sickle]{{dead link|date=November 2010}}</ref> e realizou uma reforma agrária mal concebida, que foram mal interpretadas por praticamente todos os afegãos.<ref name=autogenerated1>{{
Ao mesmo tempo, os comunistas impuseram uma tirania sobre o povo afegão; prenderam, torturaram ou assassinaram milhares de membros da elite tradicional, das instituições religiosas, e os intelectuais.<ref name=autogenerated1 /> A [[Human Rights Watch]] estima que cerca de 100.000 pessoas possam ter sido mortas no campo somente por tropas do governo. Os membros da academia e das [[minorias étnicas]] foram mortos, torturados ou presos. Em dezembro de 1978, a liderança do PDPA assinou um acordo com a União Soviética que permita o apoio militar para o PDPA no Afeganistão se fosse necessário. A maioria da população nas cidades, incluindo Cabul deu boas-vindas ou eram ambivalentes a essas políticas.
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Assim que os Estados Unidos começaram a bombardear posições militares do país, passaram a caçar e prender [[terroristas]] no Afeganistão e envia-los para a base militar na [[Baía de Guantánamo]] em [[Cuba]]. O governo Bush afirmou que se tratava de combatentes ilegais, e que portanto eles não teriam direito ao tratamento de [[Prisioneiro de guerra|prisioneiros de guerra]], que é regido pelas Convenções de Genebra e reconhece certos direitos básicos, que estariam sendo negados aos presos. Como Guantánamo, apesar de ser uma base norte-americana instalada em território de Cuba contra a vontade desse país, tecnicamente não é território dos Estados Unidos, arrasta-se na Corte Suprema dos Estados Unidos a discussão se os presos têm direito a advogado, a ver familiares e a serem submetidos a um julgamento justo, ou se podem ser sentenciados à morte por uma corte militar sem que a evidência utilizada seja submetida a um debate contraditório.
Inicialmente, a operação norte-americana no Afeganistão teve mais sucesso que no [[Iraque]], desmantelando boa parte do grupo terrorista Al Qaeda que estava sediado no país. Contudo, não devolveu a paz que a nação perdeu desde a invasão soviética. As províncias continuam dominadas pelos [[senhores da guerra]], o Taliban reagrupa-se nas escolas islâmicas do outro lado da fronteira com o Paquistão e a administração local está longe de ser eficiente e honesta. Assim, o Afeganistão continua sendo um dos países mais pobres do mundo, devido aos resultados de 30 anos de guerra, a corrupção entre os políticos de alto nível e a crescente [[insurgência Talibã|insurgência do Taliban]] apoiados pelo Paquistão.<ref>{{Cite news| url=http://abcnews.go.com/Video/video?id=5484891&tab=9482931§ion=8865284&page=1| publisher=[[ABC News]]| accessdate=2010-09-28 | title=Pakistan Accused of Helping Taliban | first=| last=| date=2008-07-31}}</ref><ref>{{Cite news| url=http://www.telegraph.co.uk/news/worldnews/asia/afghanistan/7910687/Wikileaks-Pakistan-accused-of-helping-Taliban-in-Afghanistan-attacks.html| publisher=U.K. Telegraph| accessdate=2010-09-28 | title=Wikileaks: Pakistan accused of helping Taliban in Afghanistan attacks | first=| last=| date=26 Jul 2010}}</ref> Os oficiais dos Estados Unidos também acusam o Irã de fornecer suporte limitado para os talibãs, mas afirmaram que é "a um nível pequeno", pois "não é do seu interesse ver o Taliban, um elemento extremista [[sunita]] ultra-conservador, voltar a assumir o controle do Afeganistão".<ref name="Eagle World News">{{Cite news| url=http://www.eagleworldnews.com/2010/05/31/us-general-accuses-iran-of-helping-taliban/| publisher=Eagle World News
[[Ficheiro:Presentation of the Resolute Support Colors.jpg|225px|esquerda|miniaturadaimagem|Cerimônia de retirada das tropas da OTAN, no final de 2014.]]
A [[OTAN]] e as tropas afegãs nos últimos anos realizaram muitas ofensivas contra o Talibã, mas estas provaram serem incapazes de desalojar completamente a sua presença. Em [[2010]], o presidente dos Estados Unidos, [[Barack Obama]] implantou um adicional de 30.000 soldados ao longo de um período de seis meses e propôs que começará a retirada de tropas até [[2012]].
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