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O gravador de {{PBPE|vídeo cassete, videocassete|cassete de vídeo}}, também conhecido pela sua sigla inglesa '''VCR''' (''Video Cassette Recorder''), é um aparelho eletrônico capaz de gravar e reproduzir imagens que são registradas em [[fita magnética|fitas magnéticas]] acondicionadas em caixas plásticas ([[cassetes]]) para facilitar o manuseio. Ele é o sucessor do gravador de [[videoteipe]] (VTR, na sigla em inglês), que utilizava fitas magnéticas em carretéis plásticos.
 
Inicialmente os videocassetes eram dirigidos ao mercado amador, mas com o tempo a tecnologia foi aperfeiçoada e usada para fins profissionais.
 
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====Philips Video 2000====
[[Ficheiro:Vr2020.jpg|right|thumb|170px|Philips V2000]]Um terceiro formato, '''Video 2000''', ou '''V2000''' (vendido também como "Video Compact Cassette") foi desenvolvido e introduzido pela [[Philips]] em 1978, e foi vendido apenas na [[Europa]]. A [[Grundig]] desenvolveu e vendeu seus próprios modelos baseados no formato V2000. Como diferencial do VHS e Betamax os modelos V2000 contavam com cabeças de posicionamento [[piezoelectricidade|piezoeléctricas]] que ajustavam dinamicamente o ''tracking'' da fita, isto é a "faixa gravada" em relação à cabeça de leitura o que dava miormaior qualidade e estabilidade à imagem permitindo também uma câmera lenta e rápida limpas. Seguindo o conceito das fitas de áudio cassete as fitas de vídeo V2000 tinham dois lados, assim os [[cassete]]s tinham que ser virados quando chegavam ao fim para que o outro lado fosse gravado. Eram usados níveis de proteção da gravação que poderiam ser mudados pelo usuário ao invés dos pinos quebráveis das fitas VHS/Betamax. A fita de meia polegada continha duas faixas paralelas de um quarto de polegada, uma para cada lado. Tinha um tempo de gravação de 4 horas por lado. Os últimos modelos produzidos pela Philips em [[1985]] foram considerados por muitos como superiores a qualquer outro gravador de vídeo no mercado à época, mas a má reputação adquirida pelos modelos iniciais, difusão restrita e concentração do formato em duas marcas, resultaram em vendas limitadas. A dominação do mercado pelos formatos VHS e Betamax anos depois fez o sistema V2000 ser abandonado.
 
===Outros formatos===
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====Sony U-Matic====
[[Ficheiro:SONY BVU 800.jpg|left|thumb|190px|Sony U-matic VTR BVU-800]]O '''Sony U-matic''', introduzido em [[Tóquio]] em Setembro de 1971, foi o primeiro formato comercial de videocassete do mundo. Como citado acima seus cassetes, usavam fitas de 3/4 de polegada (1,9 cm) e tinham um tempo de reprodução de 60 minutos (depois estendido a 90 minutos com uso de fitas mais finas). A Sony foi a impulsionadora deste formato também licenciado para a JVC e Panasonic. Diversas máquinas foram lançadas neste formato, tanto para uso doméstico (com sintonizador de TV e timer) quanto para uso profissional, o primeiro país a usar o U-Matic domesticamente em larga escala foi a [[África do Sul]] que por conta do [[apartheid]] não tinha emissoras de TV. {{Carece de fontes}}
 
O U-matic, com sua fácil utilização e boa qualidade permitiu sua difusão no meio profissional especialmente na área do jornalismo televisivo. Com a introdução de gravadores portáteis (os primeiros pesavam quase 10 quilos) que usavam fitas menores (com 20 minutos de duração) o U-Matic tornou-se o principal impulsionador do '''jornalismo eletrônico''' quando as câmeras de vídeo passaram a substituir as de cinema 16mm na captação de notícias para televisão e a edição eletrônica das imagens (montagem feita com dois ou mais aparelhos U-matic) passou a ser utilizada.
 
Com o aperfeiçoamento do U-Matic como formato profissional houve uma consequente redução de custos dos equipamentos, logo os VCRs U-matic passarmpassaram a ser largamente usados por escolas, empresas e instituições, desenvolvendo-se então um mercado até então incipiente da "produção independente" em vídeo tanto com fins empresariais e educacionais como para fins televisivos. Seu uso continuou até início dos anos 90, quando outro formato da Sony, o formato Betacam (derivado do amador Betamax), com qualidade equivalente ao videoteipe profissional de uma polegada, passou a ser o equipamento padrão pelas emissoras de televisão e por produtoras.
 
===Derivados do VHS e Betamax===
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===Videocassete no Brasil===
O mercado de VCRs no Brasil começa no início da [[década de 1980]]. Os primeiros aparelhos eram trazidos do exterior legal ou ilegalmente e por se tratarem de equipamentos feitos para o mercado americano funcionavam no padrão de cores [[NTSC]], o que no Brasil resultava na gravação e reprodução de imagens apenas preto e branco.
Pensando nisto a SONYSony passou então a importar do Panamá aparelhos no formato Betamax já adaptados para o sistema brasileiro, o [[PAL-M]], para atender o mercado que começava, porém por conta das taxas de importação os aparelhos eram caros. Na mesma época os VHS que chegavam ao país eram quase todos contrabandeados e por isto tinham um preço muito menor. Com a possibilidade de serem adaptados para o sistema de cor brasileiro em oficinas de manutenção de equipamentos eletrônicos a um preço muito baixo, sua difusão foi muito grande. Importante citar que tal adaptação criou um sistema de cor não oficial chamado de N-Linha.
 
Naquela época, o mercado de fitas pré-gravadas era baseado apenas em fitas importadas ou trazidas informalmente. Logo a maneira de conseguir filmes e programas para se assistir era filiar-se a um “vídeo-clube”“videoclube” onde a condição de entrada para os novos sócios era o fornecimento de fitas de vídeo pré-gravadas que integrariam o acervo do clube para serem "emprestadas" a outros sócios. Não havia cobrança de aluguel, mas sim de uma "taxa de manutenção", o conceito era disponibilizar fitas passando ao largo da legislação de direitos autorais que restringia a locação.
 
Naquela época, o mercado de fitas pré-gravadas era baseado apenas em fitas importadas ou trazidas informalmente. Logo a maneira de conseguir filmes e programas para se assistir era filiar-se a um “vídeo-clube” onde a condição de entrada para os novos sócios era o fornecimento de fitas de vídeo pré-gravadas que integrariam o acervo do clube para serem "emprestadas" a outros sócios. Não havia cobrança de aluguel, mas sim de uma "taxa de manutenção", o conceito era disponibilizar fitas passando ao largo da legislação de direitos autorais que restringia a locação.
Não havia uma oferta de filmes ou programas em Português, assim pequenas empresas legendavam ilegalmente os filmes ou mesmo pirateavam cópias legendadas dos cinemas. Com o início da produção de aparelhos VHS e Betamax no Brasil e consequente expansão do mercado, os estúdios de cinema e distribuidoras passaram as oferecer fitas legendadas ou dubladas em Português as quais vieram acompanhadas de uma pressão pela legalização do setor.
 
Isto implicava em acabar com o "empréstimo de fitas", com as versões ilegais e com o contrabando. Começou então uma pesada fiscalização, que juntamente com a abertura da economia brasileira, levaram a uma transformação dos vídeo-clubesvideoclubes em locadoras de fitas compradas legalmente.
 
O primeiro aparelho de VCR fabricado no Brasil foi lançado em 1982 pela [[Sharp]] no formato VHS. Cerca de um ano depois a [[Philco]] lançou um VHS seu e logo outros fabricantes entraram no mercado com este formato. A exceção foi a Sony que começou a produzir em [[Manaus]] seu Betamax. Por conta dos fatores citados anteriormente (vide acima "Os formatos Betamax e VHS") o Betamax foi superado pelo VHS, que se tornou o formato padrão de vídeo do mercado brasileiro até meados de 2002 quando foi superado pelo DVD.
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==Fim==
 
Em outubro de 2008 a Distribution Video & Audio, a última grande distribuidora de fitas VHS dos Estados Unidos, anunciou que entregou o último lote do seu produto. Conforme afirmou seu presidente, “ele está morto, é isso, este é o último Natal, sem dúvida. Eu fui o último a continuar comprando VHS e o último a continuar vendendo, e chega. Qualquer coisa que tenha sobrado no estoque, nós daremos ou jogaremos fora.”, acrescenta ainda ao final "é uma tecnologia morta (...) em três anos tudo será blu-ray"
O último filme de Hollywood lançado em VHS foi "Uma história de violência" em 2006.