Aleixo de Meneses (aio): diferenças entre revisões

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{{Ver desambig|o arcebispo e governador de Portugal|Aleixo de Meneses}}
[[Dom (título)|Dom]] '''Aleixo de Meneses'''<ref>Pela grafia arcaica, ''Aleixo de Menezes''.</ref> (m. em [[7 de fevereiro]] de [[1569]]) foi o terceiro filho de D. [[Pedro de Meneses]],<ref>Pela grafia arcaica, ''Pedro de Menezes''.</ref> primeiro [[conde de Cantanhede]], e de sua segunda mulher, D. Beatriz de Melo, filha do chanceler-mor [[Rui Gomes de Alvarenga]]. Celebrizou-se como o aio de D. [[Sebastião de Portugal]].
 
== Biografia ==
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{{quote|Foi almirante da Armada que no Mar Roxo foi buscar ao soldão de Babilônia e se coroou com triunfos já na conquista de Zeila na costa da [[Etiópia]], já obrigando o rei de Bintao a levantar o cerco de Malaca, tomando-lhe para testemunha da victoria o [[Forte de Muar]] guarnecido de 60 peças, já no socorro de Coulâo, reduzido ao último perigo.|Bibliotheca Lusitana, Tomo I, página 86}}
 
Durante uma ausência de [[Diogo Lopes de Sequeira]], governou interinamente os estados da Índia, e voltando ao reino, ''"conhecendo D. João III que era igual a capacidade de seu juízo à valentia de seu braço"''<ref name="seis">Tomo I, p. 86.</ref> foi de novo a África reformar e prover as praças de [[Arzila]], [[Azamor]] e [[Tânger]], ''"de que eram Capitães D. [[João Coutinho]], [[conde do Redondo]], o [[conde do Prado]] e D. [[Álvaro de Abranches]]"''. ''"A fama das proezas que obrara no Oriente o habilitou para ser eleito Governador de tão grande Estado"'', mas D. [[João III]] quis ''"servir-se do seu talento em outros ministérios, de que resultava maior gloria à Coroa, como foram ser Embaixador à Majestade Cesárea de [[Carlos V]], e concluir no ano de [[1542]] os augustos desposórios da Princesa Dona Maria com o Príncipe de Castela D. Filipe sendo condutor desta Senhora com o lugar de seu Mordomo Mor."'' ''"Por nomeação dos dois monarcas foi eleito padrinho do príncipe D. Carlos"''.<ref name="seis" />
 
D. João III, que teve sempre a maior consideração por ele, nomeou-o aio do seu filho o infante D. João, ''"que ele modestamente recusou, lembrando do agudo sentimento que ainda conservava pela intempestiva morte da princesa D. Maria"''. O rei o criou mordomo-mor de sua mulher, a rainha D. Catarina, ''"cujo ofício administrou com suma gravidade"''<ref name="sete">Bibliotheca Lusitana, Tomo I, p. 87.</ref> e por legado político no seu testamento, o deixou indicado para aio do seu neto D. [[Sebastião I de Portugal|Sebastião]]. A escolha era acertada, e poderia ter produzido os mais excelentes resultados se em Portugal não existisse o cardeal infante D. Henrique e não tivesse entrado a [[Companhia de Jesus]].
 
Recebeu assim a guarda da criação e pessoa de D. Sebastião, aos 9 anos, melindroso encargo, de que tão nobremente se desempenhou até ao momento em que o seu real educando tomou as rédeas do governo, sendo aclamado rei de Portugal. ''"Muitas vezes se valia da severidade para reprimir os violentos impulsos daque Príncipe, que já em tão tenra idade degeneravam em excessos."''<ref name="sete" /> Com singular modéstia, recusou o [[condado]] de Vila de Rei, dizendo que era pobre para tão autorizado título, possuindo unicamente a Alcaidaria-mor de [[Arronches]], que se lhe deu em satisfação de uma comenda que se tirara a seu filho.