Concílio Vaticano II: diferenças entre revisões

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Não seja intelectualmente desonesto. A maior parte da informação está com fontes boas e bem escrita. Diferente de "Neo nazi".
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'''Posição oficial''' (Sustentada pelos papas pós-conciliares.)
 
'''Posição tradicionalista''' (Sustentada pelapor [[FSSPX]],grupos Montfort, Mosteiro Notre Dame de Bellaigue, Mosteiro Our Lady of Guadalupe, [[TFP]] (de Plinio Corrêa) e outros.minoritários)
 
'''Posição neo-modernista''' (Sustentada por aqueles que dão interpretações mais heterodoxas dos textos conciliares para com a Doutrina Católica.)
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Os [[Catolicismo tradicionalista|católicos tradicionalistas]] diferenciam-se dos católicos tradicionais. Os tradicionalistas rejeitam muitas ou todas as reformas elaboradas pelo Concílio Vaticano II, por considerarem essas reformas rupturas com a Tradição Católica . Dentre estas renovações rejeitadas, destacam-se em particular a questão da [[liberdade religiosa]], do [[ecumenismo]], da colegialidade episcopal e da reforma do [[Missal Romano|ritual romano da Missa]]. Este novo ritual, chamado de "''Novus Ordo''", foi imposto em [[1969]] pelo [[Papa Paulo VI]] e por desejo do Concílio.<ref name="Tradici1">[http://www.fsspx.com.br/podemos-chamar-a-missa-nova-de-rito-romano-ordinario/ Podemos chamar a Missa Nova de Rito Romano Ordinário?]</ref> Os católicos tradicionais preferem seguir a liturgia e modo de vida espiritual anterior ao Concílio, mas não são contra suas reformas.
 
A maioria dos defensores destas posições, com ligações neo Nazis, foram excomungados.
O Concílio, sendo ele de carácter pastoral e não dogmático, é reformável e falível por não ter proclamado dogmas de fé, logo passível de ser rejeitado pelos católicos caso contenha perigos à fé. Isso é sustentado pela própria natureza de um concílio não dogmático, e por textos famosos como:
 
* ''[[Lumen Gentium]]'' (um texto conciliar), que afirma, na sua nota anexa, que “''tendo em conta a praxe conciliar e o fim pastoral do presente Concílio este sagrado Concilio só define aquelas coisas relativas à fé e aos costumes que abertamente declarar como de fé''”.
* Papa [[Paulo VI]], que disse, num seu discurso proferido na Audiência de [[12 de janeiro]] de [[1966]], que “''dado o caráter [[pastoral]] do Concílio, ele evitou pronunciar de uma maneira extraordinária [[dogma]] algum, comportando a nota de infalibilidade''”.
* Papa [[Bento XVI]], num discurso seu proferido em 2005.<ref name="B1"/> É alegado que o Papa aceitou que "''um concílio, cujo objetivo primeiro e confessado foi de se adaptar ao que este mundo presente tem de contingente, não pode senão ser ele mesmo contingente. Contingente, logo reformável, por uma reforma que será ela mesma o fruto de uma sã crítica.''"<ref name="Tradici1" />
É de conhecimento geral tanto para a visão predominante como para os tradicionalistas que os textos do Vaticano II tem uma quantidade de ambigüidades muito grande. Os equívocos foram introduzidos voluntariamente nos textos conciliares para enganar os sacerdotes [[Conservadorismo|conservadores]]. Enchia-se-lhes de ilusões, insistindo sobre o fato de que o texto não queria, no fundo, dizer nada diferente do que o que a Igreja havia sempre ensinado. Mas, na seqüência, foi possível apoiar-se sobre essas passagens para defender teses totalmente [[Heterodoxia|heterodoxas]].
 
[[Karl Rahner]] e [[:en:Herbert_Vorgrimler|Herbert Vorgrimler]] confirmam a coisa, quando eles escreveram, por exemplo, que se “deixou aberto um certo número de questões teológicas importantes, sobre as quais não se chegaria a acordo, escolhendo-se formulações que poderiam no Concílio ser interpretadas diferentemente pelo grupos e tendências teológicas particulares”<ref>K.Rahner e H.Vorgrimler, Kleines Konzilskompendium. Sämtliche Texte des Zweiten Vatikanums,Fribourg, Herder, 1986, p.21.</ref>
 
Essa fluidez deliberada era justificada pelo fato de o Concílio Vaticano II se querer apenas como um Concílio “pastoral” e, que, então, não era mais necessário que se exprimisse com toda a clareza [[Teologia Católica|teológica]] requerida para um Concílio dogmático.
 
Um exemplo de [[Ambiguidade|ambigüidade]] é dado pela famosa expressão “''subsistit in''” introduzida na [[Lumen gentium|Constituição Dogmática Lumen Gentium]] sobre a Igreja (I,8). Declarou-se ali que a Igreja de Cristo “subsiste na” Igreja Católica.
 
O ensinamento tradicional da Igreja diz, expressamente, que a Igreja de Cristo '''É''' a Igreja Católica. Essa palavra “''est''” se acha ainda nos primeiros projetos dessa Constituição sobre a Igreja. A palavra foi, em seguida, substituída pela expressão “''subsistit in''”. É evidente que essa mudança não foi operada sem motivo.
 
A nova expressão foi revindicada pelo [[Pastor (religião)|pastor]] protestante Wilhelm Schmidt, como se pode ver por sua declaração:<ref>Pastor Wilhelm Schmidt (não confundir com o etnólogo homônimo), carta de 03 de abril de 2000 ao autor deste Catecismo (o pastor Schmidt precisa em sua carta: “Nada tenho a objetar à publicação desta informação”)</ref>{{Quote|text = “Era, então, pastor da igreja da Santa Cruz, em Bremem-Horn, e, durante a terceira e a quarta sessões, observador no Concílio, como representante da Fraternidade Evangélica Michael, a convite do Cardeal Bea. Propus, por escrito, a formulação “subsistit in” àquele que era, então, o conselheiro teológico do Cardeal Frings: Joseph Ratzinger, que a transmitiu, então, ao Cardeal.”|fonte = Pastor Wilhelm Schmidt (não confundir com o etnólogo homônimo), carta de 03 de abril de
2000 ao autor deste Catecismo (o pastor Schmidt precisa em sua carta: “Nada tenho a objetar
à publicação desta informação”)|sign = Wilhelm Schmidt}}Segundo a doutrina católica, a Tradição (diferenciando-se de "tradições" com "t" minúsculo) é imutável. A Tradição (com um T maiúsculo) é a Tradição apostólica; isto é, o Depósito da Fé, que foi confiado, de uma vez por todas, aos Apóstolos e que o Magistério deve transmitir e proteger até ao fim do mundo.
 
O Depósito Revelado por Deus e transmitido pela Tradição é absolutamente imutável, já que a Revelação se encerrou com a morte do último Apóstolo<ref>Consulta a 21ª proposição condenada pelo Papa São Pio X no Decreto Lamentabili (DS
3421).</ref>. Mas esse Depósito imutável é expresso de modo cada vez mais preciso pelo [[Magistério da Igreja Católica|Magistério]], que o inventoria e que o classifica, ao mesmo tempo em que o transmite e em que o defende.
 
Ela deve ser conservada pelos Romanos Pontífices de geração em geração, rejeitando novidades e sendo sempre transmitida de forma a melhor ensinar o povo católico sobre sua fé. Para o movimento tradicionalista, isso não aconteceu no Concílio Vaticano II, onde estava sendo formulada uma Missa que não evolui dos apóstolos conforme os séculos tal qual a [[Missa Tridentina]], a codificação dos ritos apostólicos surgidos desde esses tempos pelo papa [[São Pio V]] . O Concílio modificou matéria e forma dos sacramentos, coisa que também foi criticada pelo movimento tradicionalista por ser algo que foi instituído divinamente.<ref>Catecismo de São Pio X >
 
Os sacramentos instituídos por Jesus Cristo são sete :1) Batismo. 2) Confirmação. 3) Eucaristia. 4) Penitência ou Confissão. 5) Extrema Unção. 6) Ordem. 7) Matrimônio.
</ref>
 
É também criticado a influência modernista, protestante e maçônica no Concílio, que se pode ver pelo principal autor do Novus Ordo Missae, padre Annibal Bugnini, cujo o nome se encontrou na lista de prelados maçons publicados pela imprensa italiana<ref>Listas publicadas em Panorama nº538 (10.08.76), depois em L’Osservatore Politico de Mino Pecorelli (12.09.1978). Notemos que o jornalista Mino Pecorelli era , ele mesmo, maçom. Foi assassinado a tiros alguns meses mais tarde (20 de março de 1979). Sobre esse caso, ver a pesquisa do professor Carlo-Alberto Agnoli, La Maçonnerie à La conquête de l’Eglise, Versailles, Publications Du Courrier de Rome, 2001.</ref> . Foi então demitido de suas funções de Secretário da Congregação para o Culto Divino, antes de ser nomeado pró-núncio em Teerã (janeiro de 1976)<ref>Listas publicadas em Panorama nº538 (10.08.76), depois em L’Osservatore Politico de Mino Pecorelli (12.09.1978). Notemos que o jornalista Mino Pecorelli era , ele mesmo, maçom. Foi assassinado a tiros alguns meses mais tarde (20 de março de 1979). Sobre esse caso, ver a pesquisa do professor Carlo-Alberto Agnoli, La Maçonnerie à La conquête de l’Eglise, Versailles, Publications Du Courrier de Rome, 2001.</ref>. Também sofre críticas por ter enganado o papa Paulo VI afirmando que os especialistas em liturgia eram a favor das mudanças introduzidas na Missa Nova.<ref>Relatado pelo padre francês, Mons. Jacques Masson.
Entrevista privada do padre Boyer com papa Paulo VI.
Mgr Jacques Masson, site Hermas - 1º de outrubro de 2009
</ref>
 
Não apenas o movimento tradicionalista viu com maus olhos o Concilio Vaticano II, mas também muitos dos próprios bispos e cardeais que participaram. Entre eles, Cardeal Ottaviani <ref>Carta dos Cardeais Ottaviani e Bacci contra a promulgação da Missa Nova:
 
http://www.montfort.org.br/old/index.php?secao=cartas&subsecao=doutrina&artigo=20070303023113&lang=bra
</ref>, que havia sido Pró-Prefeito do Santo Ofício – e, pois, número dois do Vaticano –sob três Papas sucessivos , Mons. [[Marcel Lefebvre]], que trocou diversas cartas com o então cardeal Ratzinger (Posteriormente, papa Bento XVI) sobre o assunto e Cardeal Bacci.<ref>Carta dos Cardeais Ottaviani e Bacci contra a promulgação da Missa Nova:
 
http://www.montfort.org.br/old/index.php?secao=cartas&subsecao=doutrina&artigo=20070303023113&lang=bra
</ref>
 
A principal resistência ao Concílio era principalmente por causa da Missa Nova - que estava sendo pensada e criada já nessa época - , acusada de ter espírito revolucionário e de tentar tornar a missa "menos católica", já que introduziu a recitação do Cânon em voz alta (que implica uma dessacralização do Cânon), modificou-se a fórmula consecratória (aproximada do rito luterano), removeu-se os numerosos sinais-da-cruz, removido também várias orações milenares, como o salmo ''Judica me (sec XII)''<ref>Missa Tridentina, Dom Prósper Gueranger p. 22.</ref>; reformas de orações também milenares como no ''Confiteor (sec VIII, XII)''<ref>Missa Tridentina, Dom Prósper Gueranger p. 24.</ref>: antes o sacerdote dizia que se confessa não somente a Deus, mas também à Virgem Maria, ao arcanjo São Miguel, a São João Batista e aos apóstolos: <ref>''Confiteor Deo omnipotenti, beatae Mariae semper Virgini, beato Michaeli Archangelo, beato Joanni Baptistae, sanctis Apostolis Petro et Paulo, omnibus Sanctis, et tibi pater: quia peccavi nimis cogitatione verbo, et opere: '''mea culpa, mea culpa, mea maxima culpa'''. Ideo precor beatam Mariam semper Virginem, beatum Michaelem Archangelum, beatum Joannem Baptistam, sanctos Apostolos Petrum et Paulum, omnes Sanctos, et te Pater, orare pro me ad Dominum Deum Nostrum''.</ref>{{Quote|text = "Eu, pecador, me confesso a Deus todo-poderoso, à bem-aventurada sempre Virgem Maria, ao bem-aventurado são Miguel Arcanjo, ao bem-aventurado são João Batista, aos santos apóstolos são Pedro e são Paulo, a todos os Santos e a vós, Padre, porque pequei ..."}}Depois da reforma, a oração foi modificada. Essa modificação também foi acusada de ter sofrido influência protestante.
 
Segue-se a modificação:{{Quote|text = "Eu, pecador, me confesso a Deus todo-poderoso e a vós, irmãos, que pequei..."}}
 
Com relação ao [[Novus Ordo Missae]], Mons. Jacques Masson, que relata a conferência do cardeal Thiandoun, (na época não era cardeal), então arcebispo de [[Dakar (região)|Dakar]], disse sobre a nova Missa:<ref>Missa Tridentina, Dom Prosper Guéranger -
 
Prefácio p. 10
</ref>{{Quote|text = "O senhor talvez não saiba, mas quando Mons. Bugnini fez celebrar, na reunião do Sínodo dos Bispos, ad experimentum, seu projeto de Missa Nova, o Novus Ordo, houve uma reação de protestos da parte dos bispos presentes. Apesar disso, sem entendermos bem como, Bugnini conseguiu reverter a situação e fez prevalecer suas idéias junto ao Papa Paulo VI, o qual promulgou o Novus Ordo. O Papa promulgou: Roma locuta est... só podíamos obedecer! Mas ninguém queria essa missa revolucionária".|sign = Mons. Jacques Masson|fonte = Missa Tridentina, Dom Prosper Guéranger -
Prefácio p. 10}}O padre Bugnini falava em relação a Nova Missa:<ref>Annibal Bugnini, DC nº 1445(1965), col.604. Annibal Bugnini comentando as modificações trazidas à Liturgia da Sexta-Feira Santa.</ref>{{Quote|text = “A Igreja foi guiada pelo amor às almas e pelo desejo de tudo fazer para facilitar a nossos irmãos separados o caminho da união, removendo toda pedra que poderia constituir qualquer sombra de risco de obstáculo ou de desprazer”|sign = Pe. Annibal Bugnini|fonte = Annibal Bugnini, DC nº 1445(1965), col.604. Annibal Bugnini comentando as modificações trazidas à Liturgia da Sexta-Feira Santa.}}Conforme o juízo dos Cardeais Ottaviani e Bacci, o novo rito da Missa, promulgado em 1969:<ref>Cardeais Ottaviani e Bacci, Carta entregue a Paulo VI, em 29 de setembro de 1969, acompanhada de um Breve exame Crítico do novo Ordo missae, redigido por um grupo de teólogos.</ref>{{Quote|text = “Distancia-se, de modo impressionante, no todo, como no detalhe, da teologia católica da Santa Missa.”|fonte = Cardeais Ottaviani e Bacci, Carta entregue a Paulo VI, em 29 de setembro de 1969,
acompanhada de um Breve exame Crítico do novo Ordo missae, redigido por um grupo de
teólogos.|sign = Cardeais Ottaviani e Bacci}}O Papa Paulo VI declarou, no ano de 1968, a frase bem famosa, falando de uma Igreja em estado de “autodemolição”:<ref>Paulo VI, Discurso de 07 de dezembro de 1968, DC nº 1531(1969), p.12</ref>{{Quote|text = “A Igreja se acha em uma hora de inquietude, de auto-crítica, diríamos mesmo de auto-demolição. É como uma instabilidade interior, aguda e complexa, ao qual ninguém teria esperado depois do Concílio.(...). É como a Igreja se golpeasse a si mesma.”|sign = Papa Paulo VI|fonte = Paulo VI, Discurso de 07 de dezembro de 1968, DC nº 1531(1969), p.12}}
 
A [[Fraternidade Sacerdotal São Pio X]], fundada por Mons. [[Marcel Lefebvre]] é uma associação católica, pois foi criada antes das modificações obrigatórias do Concílio e teve toda a permissão e documentação de Roma para existir<ref>A FSSPX, fundada por Sua Exc. Dom Marcel Lefebvre, foi aprovada pela Igreja, por decreto do Bispo de Lausana-Friburgo (Suíça), Dom Charriere, em 1o de Novembro de 1970. A FSSPX recebeu a Carta Laudatória do Prefeito da Sagrada Congregação para o Clero, Cardeal Wright, em 18 de fevereiro de 1971.
 
http://www.fsspx.com.br/sobre-a-fraternidade-sao-pio-x/
</ref>.Posteriormente, a Fraternidade recusou sua aderência à liberdade religiosa, colegialidade espicopal, missa nova e ecumenismo, sendo então o Arcebispo Lefebvre suspenso "a divinis" por sagrar sacerdotes segundo o rito antigo da sagração sacerdotal para continuar sua obra sacerdotal da Fraternidade de modo pré-Vaticano II.
 
Foi excomungado junto com [[Antônio de Castro Mayer|Dom Antônio de Castro Mayer]] ao sagrar bispos, também excomungados, sem permissão de Roma que, embora com mandato apostólico para a sagração de um bispo, era sempre adiada o máximo possível a data para essa sagração, impossibilitando-a até que o Arcebispo resolveu ele mesmo marcar a data para a sagração, alegando que estava com a saúde muito debilitada e que o acordo assinado por ele e pelos bispos para essa sagração era só para dar aparência de que Dom Lefebvre poderia continuar sua obra. Não podendo esperar mais, removeu sua assinatura do acordo e sagrou os bispos.
 
Carta de Dom Lefebvre ao Papa [[João Paulo II]], encerrando as negociações:
 
{{Quote|text = "Beatíssimo Padre,
Os colóquios e encontros com o Cardeal Ratzinguer e com os seus colaboradores, embora tenham decorrido numa atmosfera de cortesia e de caridade, convenceram-nos de que o momento de uma colaboração franca e eficaz ainda não tinha chegado. Com efeito, se qualquer cristão está autorizado a pedir às autoridades competentes da Igreja que seja conservada a fé do seu batismo, que dizer em relação aos sacerdotes, religiosos e religiosas? Foi para manter intacta a fé do nosso batismo que tivemos de nos opor ao espírito do Vaticano II e às reformas que ele inspirou. O falso ecumenismo, que está na origem de todas as inovações do Concílio, na liturgia, nas novas relações da Igreja e do mundo, na concepção da própria Igreja, conduziu a Igreja à sua ruína e os católicos à apostasia. Radicalmente opostos a esta destruição da nossa fé, e decididos a mantermo-nos na doutrina e na disciplina tradicional da Igreja, especialmente no que diz respeito à formação sacerdotal e à vida religiosa, sentimos necessidade absoluta de ter autoridades eclesiásticas que partilhem as nossas preocupações e nos ajudem a premunir-nos contra o espírito do Vaticano II e contra o espírito de Assis. Foi por isso que pedimos vários bispos, escolhidos na Tradição, e, na Comissão Romana, a maioria dos membros, para nos protegermos da possibilidade de comprometerem os acordos. Tendo em conta a recusa em considerar os nossos pedidos, e sendo evidente que o objetivo desta reconciliação não é em absoluto o mesmo para a Santa Sé e para nós, julgamos preferível esperar tempos mais propícios ao regresso de Roma à Tradição. É por isso que nos dotaremos dos meios para prosseguir a Obra que a Providência nos confiou, certos, pela carta de S. E. o Cardeal Ratzinguer de 30 de maio, de que a consagração episcopal não é contrária à vontade da Santa Sé, uma vez que é concedida para 15 de agosto. Continuaremos a rezar para que a Roma moderna, infestada de modernismo, torne a ser a Roma católica e reencontre a sua Tradição bi-milenar.
 
Então o problema da reconciliação deixará de ter a razão de ser, e a Igreja encontrará uma nova juventude.Dignai-vos aceitar, Beatíssimo Padre, a expressão dos meus sentimentos muito respeitosos e filialmente devotos em Jesus e Maria."|sign = Mons. Lefebvre}}
 
No início da cerimônia de sagração espiscopal, pede-se ao Bispo que consagra que apresente o mandato ou delegação da Santa Sé<ref>Cân. 953, CIC 1917</ref> :
 
'''-- Tendes um mandato apostólico?'''
 
'''-- Temos.'''
 
'''-- Leiam-no.'''{{Quote|text = “Esse mandato, temo-lo da Igreja Romana, sempre fiel à Santa Tradição que recebeu dos Apóstolos. Essa Santa Tradição é o depósito da Fé, que a Igreja nos manda transmitir fielmente a todos os homens, para a salvação das almas.
“Desde o Concílio Vaticano II até hoje, as autoridades da Igreja Romana estão animadas do espírito do modernismo; agiram contrariamente à Santa Tradição: “Já não suportarão a sã doutrina (...). Hão de afastar os ouvidos da verdade, aplicando-os a fábulas”, como diz S. Paulo na segunda epístola a Timóteo (IV, 3-5). É por isso que consideramos sem nenhum valor todas as sanções e todas as censuras dessas autoridades. “Quanto a mim, quando “já me ofereci em sacrifício e já chegou o momento da minha partida”, ouço o apelo dessas almas que pedem que lhes seja dado o Pão de Vida que é Jesus Cristo. Tenho pena dessa multidão. Constitui, pois, para mim uma grave obrigação transmitir a graça do meu episcopado aos caros padres que aqui estão, para que possam, por sua vez, conferir a graça sacerdotal a outros clérigos, numerosos e santos, instruídos segundo as santas tradições da Igreja Católica. “É em virtude desse mandato da Santa Igreja Romana, sempre fiel, que escolhemos para o Episcopado na Santa Igreja Romana os padres aqui presentes, como auxiliares da Fraternidade Sacerdotal São Pio X:|sign = }} “[[Bernard Tissier de Mallerais|P. Bernard Tissier de Mallerais]],
 
“[[Richard Williamson|P. Richard Williamson]],
 
“[[Alfonso de Galarreta|P. Alfonso de Galarreta]],
 
“[[Bernard Fellay|P. Bernard Fellay]]”
 
.
 
De fato, Mons. Lefebvre tinha [[câncer]] e morreu poucos anos depois<ref>Ordenou os bispos em 1988, morreu em 1991.</ref>. A FSSPX alega que as excomunhões foram inválidas, pois estavam sob proteção do [[Estado de necessidade|Estado de Necessidade]]<ref>Estado de Necessidade: http://www.fsspx.com.br/breve-catecismo-do-estado-de-necessidade/ </ref> visto no antigo e novo [[Código de Direito Canônico]]<ref>CIC 1917, Cânon 2.205, n. 2 e 3; NCIC 1983, Cânones 1323 n. 4 e 1324 n. 1 e 5</ref>. Atualmente, numerosos esforços faz Roma para que a Fraternidade entre em comunhão com ela, porém, como exigência a aceitação do Vaticano II, motivo da FSSPX, mosteiros e conventos aliados a ela<ref>Mosteiro de Notre Dame de Bellaigue, França - Tradicionalista
 
Mosteiro Our Lady of Guadalupe, EUA, Silver City - Tradicionalista
</ref> não aceitarem esses acordos<ref>http://www.fsspx.com.br/acordos-com-roma/
 
Acordos com Roma?
</ref>; diferente de grupos dissidentes dela que fizeram acordos, tais como: <ref>{{Citar web|título = protocolo4|URL = http://www.capela.org.br/Crise/protocolo4.htm|obra = www.capela.org.br|acessadoem = 2015-08-13}}</ref>
 
1. Fraternidade Sacerdotal São Pedro (FSSP).
 
2. Os Beneditinos de Dom Augustin, em Flavigny, França.
 
3. Os Beneditinos de Fontgombault, França.
 
4. O Seminário Mater Ecclesiae.
 
5. O Instituto Cristo-Rei.
 
6. O Instituto do Verbo Encarnado, Argentina.
 
7. A Administração Apostólica São João Maria Vianney.
 
Embora celebrem a Missa Tradicional, não têm permissão para criticar aberta e livremente os erros do Concílio.
Enchia-se-lhes de ilusões, achando que poderiam celebrar a Missa dita de São Pio V sem nenhum problema e poderiam criticar livremente o Vaticano II, mas pouco a pouco foi-se suprimindo essas liberdades e suas promessas foram pouco a pouco expostas como mentiras. Algumas dessas viraram birritualistas e todas perderam a possibilidade de criticar os erro do Concílio, trocando essa possibilidade por uma crítica "Educativa e Construtiva".<ref>{{Citar web|título = A escandalosa vinda de Dom Williamson ao Brasil {{!}} Permanência|URL = http://permanencia.org.br/drupal/node/3310|obra = permanencia.org.br|acessadoem = 2015-09-17}}</ref>
 
O Cardeal Silvio Oddi fala em relação ao Seminário Mater Ecclesiae:<ref>Cardeal Silvio Oddi, em entrevista à revista Valeurs Actuelles, de agosto de 1988</ref>
 
{{Quote|text = "Segui de perto a primeira tentativa, há cerca de 12 anos, pois os estudantes estavam instalados na Via Pompeo Magno, no colégio onde moro.
Devo dizer que ela fracassou, porque não respeitaram os compromissos que tinham assumido com os seminaristas. Tinham prometido à dezenas de saídos de Êcone, que aí foram acolhidos, que poderiam prosseguir em Roma, no Espírito da Tradição, a sua formação sacerdotal.
Na realidade, propuseram-se apenas a "desintoxicá-los", antes de lhes dizer que, se quisessem continuar os seus estudos, deviam encontrar eles próprios um bispo que os aceitasse no seu seminário ..."|sign = Cardeal Silvio Oddi}}
 
Mgr. Decourtray, Arcebispo de Lyon, França, disse à respeito dos "tradicionalistas recuperados" da FSSPX para a FSSP:<ref>Mgr. Decourtray, acebispo de Lyon, França, para a revista France Catholique </ref>
 
{{Quote|text = "Eu espero dos tradicionalistas recuperados que eles façam um esforço de leitura e compreensão do Concílio a fim de que possam também assimilá-lo. Que trabalhem particulamente a questão da liberdade religiosa ou do diálogo com as outras religiões [...]. Gostaria que os padres da FSSP tivessem a autorização de celebrar nos dois ritos ( e não somente no antigo ) [...] e que os seminaristas sejam preparados para celebrar no rito de Paulo VI."|sign = Mgr. Decourtray}}
 
O bispo de Luçon, Mgr. de Garnier fala:<ref>Mgr. De Garnier, bispo de Luçon, conferência em 18 de agosto de 1991</ref>
 
{{Quote|text = "Eu só poderia aceitar que se celebrasse no rito de Paulo VI nas condições pedidas no Motu Proprio, a saber, que os que a pedem abracem profundamente o Concílio Vaticano II"|sign = Mgr. de Garnier}}
 
=== Posição ''neo-modernista'' ===