Agência de classificação de risco de crédito: diferenças entre revisões

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{{Quote|''"As três agências de notação de crédito'' [''[[Moody's]], [[Standard & Poor's]] e [[Fitch]]''] ''foram elementos fundamentais da [[crise financeira de 2008|crise financeira]]. Os títulos relacionados com hipotecas que estão no centro da crise não poderiam ter sido comercializados e vendidos sem o seu selo de aprovação. Os investidores confiaram nelas, muitas vezes cegamente. Em alguns casos, eles foram obrigados a usá-las, ou as normas regulatórias do capital eram articuladas a elas. Esta crise não poderia ter acontecido sem as agências de 'rating' "'' <ref name=Comm>[http://www.gpo.gov/fdsys/pkg/GPO-FCIC/pdf/GPO-FCIC.pdf ''The Financial Crisis Inquiry Report. Final Report of the National Commission on the Causes of the Financial and Economic Crisis in the United States.] Official Government Edition. The Financial Crisis Inquiry Commission.'' Janeiro de 2011</ref>|''Financial Crisis Inquiry Commission'' - FCIC|''"The three credit rating agencies were key enablers of the financial meltdown. The mortgage-related securities at the heart of the crisis could not have been marketed and sold without their seal of approval. Investors relied on them, often blindly. In some cases, they were obligated to use them, or regulatory capital standards were hinged on them. This crisis could not have happened without the rating agencies."'|língua=}}
 
Todavia, os critérios e fundamentos econômicos, bem como o rigor dessas avaliações têm sido questionados.<ref>[http://neweconomicperspectives.org/2015/09/credit-rating-agencies-and-brazil-why-the-sps-rating-about-brazil-sovereign-debt-is-nonsense.html Credit Rating Agencies and Brazil: Why The S&P’s Rating About Brazil Sovereign Debt Is Nonsense]. Por Felipe Rezende. ''New Economic Perspectives", 12 de setembro de 2015.</ref> <ref>[http://neweconomicperspectives.org/2015/09/reactions-to-sp-downgrade-sp-analyst-confirms-there-is-no-solvency-issue.html Reactions to S&P Downgrade: S&P analyst confirms there is no solvency issue]. Por Felipe Rezende. ''New Economic Perspectives", 17 de setembro de 2015.</ref><ref>[http://www.nakedcapitalism.com/2015/07/the-ideology-of-the-sp-threat-to-downgrade-brazil-to-junk.html The Ideology of the S&P Threat to Downgrade Brazil to Junk]. Por Yves Smith. ''Naked capitalism'', 31 de julho de 2015</ref>Após o escândalo da Enron, o então senador americano [[Joe Lieberman]] defendeu que as agências de ''[[rating]]'' deveriam ser submetidas a vigilância por parte da [[Comissão de Títulos e Câmbio dos Estados Unidos]] (SEC) e a uma regulamentação mais rigorosa das suas atividades, incluindo [[auditoria]]s periódicas para avaliar o rigor e a precisão dos avaliadores. Outros críticos acreditam que um choque de concorrência obrigaria as ''Big Three'' - as três grandes agências de ''rating'', que, na prática, atuam como um [[oligopólio]] - a serem mais cuidadosas nas suas avaliações, lembrando que pelo menos uma agência menor, a [[Egan-Jones Ratings Company]], havia rebaixado os títulos da Enron a "lixo" um mês antes das grandes agências.<ref name=Bloom/> Mais recentemente, um antigo analista da Moody's, William J. Harrington, que trabalhou na agência por 11 anos, apresentou um relatório à [[SEC]], referindo-se a casos de conflitos de interesse e gerenciais que perpassavam os processos da agência. Segundo Harrington, "as agências de ''rating'' têm sido os bichos-papões da crise. De fato, elas têm uma grande responsabilidade, mas esse foco exclusivo sobre as agências encobre os problemas que perpassam todo o sistema - envolvendo grandes bancos, empresas de contabilidade, de advocacia financeira e de investimentos, agências reguladoras e a imprensa financeira.  As agências de ''rating'' prestam um desserviço permitindo que grande parte da culpa recaia sobre elas. Elas estão de fato protegendo esses outros atores - que parecem muito satisfeitos com esse arranjo." <ref>[http://www.theguardian.com/commentisfree/2012/dec/17/ex-moodys-analyst-william-harrington Ex-Moody's analyst: 'By 2006 it was toxic everywhere']. Por Joris Luyendijk. ''[[The Guardian]]'', 17 de dezembro de 2012</ref>
 
== Notas ==