Crise do subprime: diferenças entre revisões

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Como os empréstimos subprime eram dificilmente liquidáveis, isso é, não geravam nenhum [[fluxo de caixa]] para os bancos que os concediam, esses bancos arquitetaram uma estratégia de [[securitização]] desses créditos. Para diluir o risco dessas operações duvidosas os bancos americanos credores juntaram-nas aos milhares, e transformaram a massa daí resultante em [[derivativos]] negociáveis no [[mercado financeiro]] internacional, cujo valor era cinco vezes superior ao das dívidas originais.
 
Assim, criaram-se títulos negociáveis cujo lastro eram esses "[[títulos podres|créditos podres]]". Foi a venda e compra, em enormes quantidades, desses títulos lastreados em hipotecas ''subprime'' o que provocou o alastramento da crise, de origem estadunidense, para os principais bancos do mundo.
 
Por uma razão que se desconhece (embora possa estar ligada a um [[lobby]] ou pressão de alguns congressistas americanos para o lastreamento desses títulos, por haver interesse da parte deles pelos rendimentos do ''subprime'' (o que sugere uma ligação com alguns banqueiros), e que hoje, após o estouro, ainda deixa pasmos muitos analistas, tais papéis, lastreados em quase nada, obtiveram o [[aval]] das agências internacionais de [[classificação de risco]] - de renome até então inquestionável -, que deram a eles a sua chancela máxima - AAA - normalmente dada a títulos tão sólidos quanto os do [[Tesouro dos EUA]], tornando-os muito mais confiáveis do que os [[Título público|títulos]] do [[Secretaria do Tesouro Nacional |governo brasileiro]], por exemplo. Com essa benevolente classificação de risco, tanto os investidores, como os fundos de investimento e os bancos passaram a disputar a aquisição desses títulos, no mundo todo, e esses títulos passaram a servir como garantia para a tomada de novos empréstimos bilionários, [[alavancagem financeira|alavancados]] na base de 20 para 1.