Centro de Mídia Independente: diferenças entre revisões

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[[Ficheiro:Indymedia Edinburgh DSC04945.JPG|thumb|300px|CMI Edinburgh na Confêrencia do [[G8]].]]
O '''Centro de Mídia Independente''' ('''CMI'''), também chamado de '''Indymedia''', é uma rede internacional formada por produtores e produtoras de informação caracterizada principalmente como de ordem política e social que se autodeclaram livres e independentes de quaisquer interesses empresariais ou governamentais.<ref>{{u|Pablo Ortellado}} é um dos fundadores do Centro de Mídia Independente[http://revistagalileu.globo.com/Revista/Common/0,,EMI341647-17773,00-CMI+O+COLETIVO+QUE+FUNDOU+O+ATIVISMO+DIGITAL.html] e professor da Escola de Artes, Ciências e Humanidades da USP. Pablo Ortellado teve a perna quebrada durante uma passeata na [[Avenida Paulista]] contra a ALCA, em abril de [[2001]], que resultou em tumulto e foi reprimida pela Polícia Militar. Quando [[Noam Chomsky]] esteve no [[Brasil]], concedeu uma entrevista a Pablo Ortellado.</ref> O CMI afirma ser parcial<ref>[http://docs.indymedia.org/view/Local/CmiBrasilOqueEh#Independ_ncia CMI Brasil - "A diferença com relação aos veículos tradicionais é que o CMI abertamente afirma sua parcialidade.."]</ref> e apresenta uma filosofia [[anticapitalismo|anticapitalista]].<ref>[http://www.midiaindependente.org/pt/blue/static/policy.shtml CMI Brasil - Política Editorial do CMI Brasil]</ref>.
 
O sítio eletrônico da rede permite [[publicação aberta]] para que qualquer pessoa possa contribuir<ref>[http://docs.indymedia.org/view/Global/PrinciplesOfUnity "Princípios de união" do CMI (em inglês)]</ref>, caso assim deseje.
O projeto declara visar a [[democracia|democratizar]] a produção de [[mídia]]: o CMI desenvolve diversos projetos dando voz a atores sociais que considera excluídos da mídia, capacitando-os a produzir seus próprios meios de comunicação. Muitas das iniciativas utilizam a [[tecnologia]] da [[internet]] mas, dado o seu acesso ainda muito restrito, combinam essa tecnologia com mídias tradicionais, potencializando-as.
 
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== História ==
[[File:Belgian Indymedia media centre.jpg|thumb|Indymedia na [[Bélgica]].]]
O projeto Indymedia nasceu no final de [[1999]], para coordenar uma cobertura jornalística alternativa dos [[Batalha de Seattle|protestos ocorridos em Seattle]] contra o encontro da [[Organização Mundial do Comércio]] (OMC) <ref name="1aNot">[http://seattle.indymedia.org/en/1999/11/2.shtml Primeira notícia publicada no site do Indymedia, em 24 de Novembro de 1999]</ref>. O projeto original consistia em um [[site]] para a publicação livre, no qual diferentes órgãos de [[imprensa]] alternativa publicariam relatos, entrevistas, análises e imagens em [[copyleft]], promovendo o intercâmbio de informações e a cooperação mútua. Durante os protestos, no entanto, não apenas jornalistas independentes, mas os próprios ativistas se manifestaram, publicando seus pontos de vista, fotos e depoimentos. A junção da cobertura dos meios jornalísticos independentes e com os relatos diretos dos participantes provocou um crescimento do site, com mais de um milhão de acessos.
 
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Os sites do Indymedia funcionam em diversas plataformas de [[software livre]], muitos desenvolvidos pelos próprios participantes do CMI como os softwares DadaIMC, [http://mir.indymedia.org/ Mir], Oscait, Active, [http://sfactive.indymedia.org/ SF-Active] e outros softwares distribuidos livremente como [[Drupal]] e [[Plone]].
 
[[Ficheiro:Forte prenestino roma.jpg|miniaturadaimagem|Centro social Forte Prenestino, em [[Roma]], na [[Itália]].]][[Ficheiro:Koepi berlin.jpg|miniaturadaimagem|Centro social Köpi ou Køpi, em [[Berlim]], na [[Alemanha]].]] No Brasil o CMI funciona no Instituto de Cultura e Ação Libertária, em [[São Paulo (cidade)|São Paulo]].<ref>http://passapalavra.info/2011/08/42780</ref><ref>http://www.fotolog.com/ordinariahit/16531093/</ref> Segundo Pablo Ortellado,<ref>http://veja.abril.com.br/blog/rodrigo-constantino/lei-e-ordem/os-defensores-dos-black-blocs-saem-das-sombras-novamente/</ref> em declaração ao Sindicato de Jornalistas do Paraná:<ref>https://web.archive.org/web/20030605124600/http://www.sindijorpr.org.br/extrapauta/edicao57/pag25.htm</ref>{{Cquote|''Desde o dia 21 de abril do ano passado, quando o FBI entrou com um processo pedindo os logs que permitiriam identificar os 1 milhão e meio de acessos que a rede CMI teve e que acabaria com o direito à privacidade dos nossos usuários, decidimos não mais registrar os acessos. A história do motivo pelo qual o FBI pediu os logs é longa, mas basicamente ela foi motivada por uma matéria que tornava público o esquema de segurança durante os protestos de Quebec contra a Cúpula das Américas que iria discutir a Alca. Se entregássemos os logs, e tivemos uma batalha judicial para impedir isso, o governo americano saberia exatamente quem acessou qual das nossas matérias e a que horas. Seria um atentado enorme contra a liberdade dos usuários. Por esse motivo não registramos os logs. Porém, durante os protestos em Gênova em julho do ano passado tivemos um problema com o software e registramos os logs por algumas horas. Fazendo um pouco uma projeção com os dados antigos e o que soubemos em julho, o CMI Brasil tem uns 3 mil acessos diários e uns mil usuários e durante as crises esse acesso triplica ou quadruplica. Na rede global, são uns 600 mil acessos e 100 mil usuários, boa parte concentrada no site global que é administrado por um coletivo internacional. Mas, em tempos de crise, o número pode subir para até um milhão de usuários.''}}
 
[[Ficheiro:Rote_Flora_juli_07.jpg|miniaturadaimagem|direita|Centro social [[:an:Rote Flora|Rote Flora]], em [[Hamburgo]], na [[Alemanha]], em [[2007]].]][[Ficheiro:Rote Flora 2006.jpg|miniaturadaimagem|direita|Centro social [[:an:Rote Flora|Rote Flora]], em [[Hamburgo]], na [[Alemanha]], em [[2006]].]][[Ficheiro:Onkel Otto - Kneipe, Hamburg.jpg|miniaturadaimagem|Bar e restaurante ''Onkel Otto'' (''Tio Otto'') na Bernhard-Nocht-Straße 22, em [[Hamburgo]], na [[Alemanha]], onde tocam bandas de [[punk rock]] e de [[reggae]].]] Segundo Elisa Ximenes, as pessoas não estão protegendo seus dados virtuais como deveriam. Elisa revelou que não tem [[Facebook]] ou [[Twitter]] e faz parte do Saravá (sarava.org), projeto que cria ferramentas livres de comunicação e oferece infraestrutura tecnológica para os movimentos sociais.<ref>http://www.revistaforum.com.br/blog/2014/04/servidor-grupo-sarava-pode-ser-apreendido/</ref><ref>http://www.em.com.br/app/noticia/tecnologia/2013/11/07/interna_tecnologia,468140/vigilancia-na-internet-e-paranoia-ou-realidade.shtml</ref><ref>http://revistagalileu.globo.com/Revista/Common/0,,EMI341647-17773,00-CMI+O+COLETIVO+QUE+FUNDOU+O+ATIVISMO+DIGITAL.html</ref><ref>https://docs.indymedia.org/view/Sysadmin/MarietaInfo</ref>
 
==Bernhard-Nocht-Straße==
[[File:Hafenstraße 1.jpg|thumb|right|''Hafenstraße'' em [[1989]].]]
A misteriosa Bernhard-Nocht-Straße<ref>http://www.golocal.de/hamburg/kneipen/onkel-otto-YUItT/fotos/</ref> é um endereço conturbado da [[:an:Hafenstraße|Hafenstraße]], em St. Pauli ([[Hamburgo]]), na [[Alemanha]]. Durante os anos 1980 houveram invasões de casarões abandonados por membros do que seria o movimento [[Okupa]], que prega o ato de ocupar um espaço ou construção abandonada ou desabitada, com o objetivo de criar uma esfera de sociabilidade e vivência libertária. Após muitas manifestações e prisões, a área é administrada atualmente pelo movimento que a ocupou, o [[Okupa]] e o [[Black bloc|Black Bloc]].<ref>https://books.google.com.br/books?id=2x3qBIhIH80C&pg=PA79&lpg=PA79&dq=Bernhard+Nocht+Strasse+26&source=bl&ots=_Z__4eBhuc&sig=P6y4ZCbUxCxGwLD7N_Zea1Pq1xE&hl=pt-BR&sa=X&ei=2nhWVbyeA8XSUZ-dgeAF&ved=0CFUQ6AEwCQ#v=onepage&q=Bernhard%20Nocht%20Strasse%2026&f=false</ref>
 
== Principais projetos ==
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* {{Link|pt|2=http://brasil.indymedia.org/media/2008/04//416621.mov|3=Vídeo da cerimônia de entrega da ''Medalha Chico Mendes de Resistência'' de 2008 com destaque para o CMI}}
{{Commonscat|Indymedia}}
* {{Facebook|cmi.saopaulo}}
* {{Facebook|ColetivoDeMidiaIndependente}}
 
[[Categoria:Mídia]]