Dialetos japoneses: diferenças entre revisões

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Com a modernização no século 19, o governo e os influentes da época promoveram estabelecimento e divulgação da língua padrão. As línguas regionais e dialetos foram negligenciados e suprimidos, sendo assim, os falantes locais ganharam um sentimento de inferioridade com relação aos seus “mal” e “vergonhosas” línguas. A língua de instrução foi o definido como o japonês padrão, e alguns professores administraram punições pelo uso de línguas não padronizadas, particularmente nas regiões de [[Okinawa]] e Tohoku. A partir dos anos 1940 até os anos 1960, o período de nacionalismo [[Shōwa]] e o milagre econômico pós-guerra, impulsionou a substituição das variedades regionais com o japonês padrão atingindo seu auge.
Atualmente o japonês padrão está espalhado por toda a nação, e variantes regionais tradicionais estão em declínio por causa da educação, televisão, expansão de tráfego, concentramento urbano e etc. Entretando variantes regionais não foram completamente substituídas com o japonês padrão. A propagação do japonês padrão significa que agora as variantes regionais são valorizadas como “nostálgicas”, “comoventes” e marcadores de “orgulho e identidade local”, tendo vários falantes gradativamente superado seu senso de inferioridade com relação ao seu jeito natural de falar. O contato entre variantes regionais e o japonês padrão criou novas formas de falas entre os jovens, como exemplo os japonês okinawano.<ref>{{Cite book | author = Satoh Kazuyuki (佐藤和之) | coauthors = Yoneda Masato (米田正人) | title = Dōnaru Nihon no Kotoba, Hōgen to Kyōtsūgo no Yukue | publisher = The Taishūkan Shoten (大修館書店) | year = 1999 | location = Tōkyō | language = Japanese | isbn = 978-4-469-21244-0 }}</ref>
 
==Classificação==
[[File:Japonic languages (schematic).png|thumb|250px|Dialetos Japoneses Orientais estão em azul, Dialetos ocidentais em bege. [[Tōkai–Tōsan dialect|Dialetos em verde]] possuem tanto características do Oriental como do Ocidental. Dialetos de Kyushu estão em laranja; Kyushu meridional é bem distinto.]]
[[File:Japan pitch accent map.png|thumb|250px|{{legend|#CD8080|Kyoto type (tone+downstep)}}
{{legend|#94CF97|Tokyo type (downstep)}}
Mapa dos tipos de acento tonal no japonês|.A divisão entre os tipos de acento tonal de Kyoto e Tokyo são usados como a fronteira entre o Japonês Oriental e Ocidental no mapa acima.]]
 
Há diversas maneiras genéricas de se classificar os dialetos japoneses. Misao Tōjō classifica os dialetos da ilha principal (Honshu) dentro de três grupos: Oriental, Ocidental e Dialetos de Kyushu. Mitsuo Okumura classifica os dialetos de Kyushu como uma subclasse do grupo Ocidental. Essas teorias são principalmente baseadas em diferenças gramaticais entre oriental e ocidental, mas Haruhiko Kindaichi classifica o japonês de Honshu em três grupos circulares concentricos: interno (Kansai, Shikoku, etc.), médio (Kanto ocidental, chubu, chugoku, etc.) e externo (Kanto oriental, Tohoku, Izumo, Kyushu, Hachijō, etc.) baseado no sistema de sotaque, fonema e conjugação.
 
Japonês Oriental e Ocidental
Existe uma diferença básica entre o Japonês Oriental e Ocidental. Essa é uma divisão histórica de longa data que ocorre tanto na língua quanto na cultura<ref>See also [[Ainu language]]. O mapa no topo desta página divide os dois com uma fronteira fonológica. Na parte ocidental da fronteira, se encontra o mais complexo tipo de acento tonal de Kansai; na parte oriental, se encontra o simplificado sotaque de Tokyo, embora os sotaques de Tokyo ainda ocorrem na parte ocidental, do outro lado de Kansai. Entretando, as isoglossas correspondem grandemente por distinções gramaticais diversas assim como:
Parte ocidental da isoglossa de acento tonal:<ref name=shibatani/>
 
* A forma perfectiva de verbos -u tal como harau “brincar” é harōta (ou minoritariamente haruta), mais frequente que o oriental (e padrão) haratta
** A forma perfecetiva de verbos -su assim como otosu “derrubar” também é otoita no Japonês ocidental (majoritariamente parte do dialeto de Kansai) vs. otoshita no oriente
* O imperativo de –ru ¬¬(ichidan) em verbos como miru “ver/olhar” é miyo ou mii mais frequente que o oriental miro (ou minoritariamente como mire)
 
* A forma adverbial de -i como em verbos adjetivados como em hiroi “largo” é hirō (ou minoritariamente hirū) como em hirōnaru, mais frequente que o oriental hiroku como hirokunaru.
 
* A forma negativa do verbo é -nu ou –n que é mais frequente que -nai ou -nee, e usa uma raiz verbal diferente; assim suru “fazer” torna-se senu ou sem mais frequente que shinai ou shinee (apesar que na Ilha de Sado, usa-se shinai).
* A cópula é da no japonês oriental e ja ou ya no japonês ocidental, embora Sado assim como alguns dialetos mais ocidentais tal como em San'in usa-se da.
* O verbo iru “existir” no japonês oriental e oru no japonês ocidental, embora no dialeto de Wakayama usa-se aru e alguns subdialetos de Kansai e Fukui usa-se os dois.
 
==Ver Também==