Rico-homem: diferenças entre revisões

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Sendo em muito pequeno número no conjunto da nobreza, gozavam, no entanto, de um imenso prestígio e autoridade. Na governação assumiam um papel de relevo na [[Cúria Régia|cúria ordinária]], como colaboradores próximos do rei, além de que sempre participavam nas [[Cúria Régia|cúrias plenas]], as assembleias que mais tarde originarão as [[Cortes]]. Tinham a seu cargo as ''terras'', as circunscrições em que no plano administrativo o [[reino]] se dividia à época. As suas funções, dentro do respectivo distrito, equivaliam às do conde da [[Reino de Leão|monarquia leonesa]], sendo a sua obrigação principal a de se apresentar ao rei, em campanha, com um determinado número de lanças. A estes contingentes militares era o rico-homem que os alimentava, e daí a sua designação de ''senhor de pendão e caldeira''. Pelos cargos públicos exercidos recebia remuneração da Coroa na forma de determinada quantia (soldada), de [[alcaidaria]]s, de [[préstamos]] (réditos ou terras), de rendimentos fiscais, de acordo com as funções territoriais que desempenhava e os encargos militares.<ref name="dhp" />
 
Nos seus domínios próprios exercia jurisdição completa e gozava de total imunidade face ao fisco. Possuía numerosos vassalos, vivendo inteiramente à sua custa ou servindo-o mediante a paga de determinado soldo, que lhe deviam fidelidade em troca da sua protecção. Tinha direito ao título de Dom ''([[dominus)]]'') e gozava de inúmeros privilégios, em geral, comuns a toda a nobreza.<ref name="dhp" />
 
Com o passar dos tempos, devido ao reforço da autoridade real, a importância política do rico-homem foi desaparecendo e no [[século XV]] essa expressão já se dissociava de qualquer ideia de cargo público.<ref name="dhp" />