Fetichismo da mercadoria: diferenças entre revisões

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→‎Veja também: Guy Debord e Adorno
Referências+Ver também
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Em [[O Capital]] (volume 1), Marx explica o fetichismo da mercadoria:
 
{{Quotation|"Consideremos duas mercadorias, por exemplo, ferro e trigo. As proporções, quaisquer que sejam, em que elas são trocáveis, podem sempre ser representadas por uma equação em que uma dada quantidade de trigo é igualada a certa quantidade de ferro…O que nos diz tal equação? Nos diz que, em duas coisas diferentes – em um quarter de trigo e x quintais de ferro -, existe em quantidades iguais algo comum a ambos. As duas coisas devem, portanto ser iguais a uma terceira, que em si mesma não é uma nem outra. Cada uma delas, no que se refere ao valor de troca, deve ser redutível a esta terceira coisa… Este “algo” em comum não pode ser uma propriedade natural das mercadorias. Tais propriedades são consideradas apenas à medida que afetam a utilidade de tais mercadorias, em que as tornam valores de uso. Mas a troca de mercadorias é evidentemente um ato caracterizado por uma abstração total do valor de uso<ref>MARX, Karl. ''[[O Capital]]'', Capítulo I, Seção 4.</ref>.
(...)
 
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Desse fetichismo que se dá na produção e na troca de mercadorias resulta a sobrestimação teórica do processo de troca sobre o processo de produção. Daí o culto ao mercado de parte de alguns economistas, que consideram a [[lei da oferta e da procura|oferta e a procura]] como ''as'' determinações fundamentais do [[preço]] das mercadorias.
 
==Desenvolvimento posterior do conceito==
== Fonte==
 
Após Marx, vários autores posteriormente retomam o tema, como [[Theodor W. Adorno|Adorno]], que se aprofunda no tema aplicado às artes, principalmente à música e cinema, e depois [[Guy Debord]], na sua análise da [[Sociedade do Espetáculo]], mostrando que o fetiche de mercadoria, na atual situação do capitalismo foi levado muito além do que era no tempo de Marx<ref>DEBORD: ESPETÁCULO, FETICHISMO E ABSTRATIFICAÇÃO. Viana, Nildo. Revista Panorama, nº I, Agosto de 2011. ediçao on-line. Universidade Federal de Goiás. Acessível em: http://seer.ucg.br/index.php/panorama/article/viewFile/1601/1008 Visitado em: Sáb Out 10 00:37:13 BRT 2015.</ref>.
MARX, Karl. ''[[O Capital]]'', Capítulo I, Seção 4.
 
== Veja também ==
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* [http://obeco.planetaclix.pt Exit! - Crise e Crítica da Sociedade da Mercadoria]
 
{{Referências|col=21}}{{esboço-sociologia}}
 
[[Categoria:Conceitos do marxismo]]