Castelo de Windsor: diferenças entre revisões

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| função_atual = Residência real e ponto turístico
}}
O '''Castelo de Windsor''' é uma residência real localizado na cidade de [[Windsor (Berkshire)|Windsor]], em [[Berkshire]], [[Inglaterra]], [[Reino Unido]]. A edificação é notável por sua longa associação com as famílias reais inglesa e [[Família real britânica|britânica]] e também por sua arquitetura. O castelo original foi construído no século XI, após a [[conquista normanda da Inglaterra]] por [[Guilherme I de Inglaterra|Guilherme I]]. Ele é usado pelos monarcas desde o reinado de [[Henrique I de Inglaterra|Henrique I]] e é o castelo há mais tempo habitado de toda a [[Europa]]. Seus luxuosos Apartamentos de Estado do início do século XIX são arquiteturalmente significantes, descritos pelo historiador Hugh Roberts como "uma sequência soberba e iniguilávelinigualável de quartos amplamente considerados como a expressão mais completa do posterior gosto [[Arquitetura georgiana|jorgiano]]". O castelo também conta com a [[Capela de São Jorge (Castelo de Windsor)|Capela de São Jorge]] do século XV, considerada pelo historiador John Martin Robinson como "uma das realizações supremas da arquitetura perpendicular gótica inglesa". Mais de quinhentas pessoas vivem e trabalham no Castelo de Windsor.
 
Originalmente projetado para proteger a dominação [[Dinastia normanda|normanda]] nos arredores de [[Londres]], além de vigiar uma parte estrategicamente importante do [[rio Tâmisa]], o Castelo de Windsor foi construído como um [[castelo de mota]], com três alas cercando uma colina central. Ele foi gradualmente substituído por fortificações de pedra e aguentou um longo cerco durante a [[Primeira Guerra dos Barões]] no início do século XIII. [[Henrique III de Inglaterra|Henrique III]] construiu um palácio luxuoso dentro do castelo durante a metade do século, com [[Eduardo III de Inglaterra|Eduardo III]] indo além e reconstruindo a fortificação para produzir um conjunto ainda mais grandioso de edifícios que tornariam-se tornariam "o mais caro projeto de construção secular em toda [[Idade Média]] na Inglaterra". A maior parte do projeto de Eduardo durou até o período [[Casa de Tudor|Tudor]], quando [[Henrique VIII de Inglaterra|Henrique VIII]] e [[Isabel I de Inglaterra|Isabel I]] passaram usar o castelo cada vez mais como uma corte real e o centro do [[entretenimento]] diplomático.
 
O Castelo de Windsor sobreviveu ao tumultuado período da [[Guerra civil inglesa|Guerra Civil Inglesa]], quando foi usado como quartel-general militar para as forças parlamentares e como cativeiro de [[Carlos I de Inglaterra|Carlos I]]. Durante a [[restauração inglesa]], [[Carlos II de Inglaterra|Carlos II]] reconstruiu grande parte da edificação com a ajuda do arquiteto [[Hugh May]], criando um conjunto de extravagantes interiores no estilo [[barroco]] que até hoje são admirados. [[Jorge III do Reino Unido|Jorge III]] e [[Jorge IV do Reino Unido|Jorge IV]] renovaram e reconstruiramreconstruíram o palácio de Carlos II após um período de negligência no século XVIII, produzindo à um custo colossal os atuais projetos dos Apartamentos de Estado, repletos de móveis nos estilos [[rococó]], [[Arquitetura gótica|gótico]] e barroco. [[Vitória do Reino Unido|Vitória]] fez pequenas mudanças no castelo, que se transformou no centro do entretenimento real durante grande parte de seu reinado. O Castelo de Windsor foi usado como refúgio da família real durante os bombardeios da [[Segunda Guerra Mundial]] e sobreviveu a um incêndio em 1992. Ele é atualmente um ponto turístico popular, sediando várias visitas de estado, e é a casa de fim de semana preferida de [[Isabel II do Reino Unido|Isabel II]].
 
==Arquitetura==
[[Ficheiro:Windsorcastleplan.png|thumb|upright=1.5|{{colunas-lista|2|'''A''': Torre Redonda<br/>'''B''': Ala Superior<br/>'''C''': Apartamentos de Estado<br/>'''D''': Apartamentos Privados<br/>'''E''': Ala Sul<br/>'''F''': Ala Inferior<br/>'''G''': Capela de São Jorge<br/>'''H''': Claustro da Ferradura<br/>'''K''': Portão de Henrique VIII<br/>'''L''': Longo Passeio<br/>'''M''': Portão Normando<br/>'''N''': Terraço Norte<br/>'''O''': Torre de Eduardo III<br/>'''T''': Torre de Recolher}}]]
O Castelo de Windsor ocupa um enorme terreno de mais de cinco hectares e combina as características de fortificação, palácio e cidade pequena.<ref> {{harvnb|Robinson|2010|pp=7, 156}} </ref> O castelo de hoje foi criado durante uma sequência de projetos de construção, culminando em um trabalho de reconstrução depois do incêncioincêndio de 1992.<ref> {{harvnb|Nicolson|1997|pp=3–4}} </ref> É em sua essência um projeto [[Arquitetura georgiana|jorgiano]] e vitoriano baseado em uma estrutura medieval, com características [[Arquitetura gótica|góticas]] reinventadas em um estilo moderno. A arquitetura do castelo tem tentado desde o século XIV produzir uma reinterpretação contemporânea das antigas tradições e modas, imitando repetidas vezes estilos ultrapassados e antiquados.<ref name=nicolson123 > {{harvnb|Nicolson|1997|p=123}} </ref> Como resultado, o arquiteto sir William Whitfield salientou que a arquitetura do Castelo de Windsor possui "uma certa qualidade ficcional", com os desenhos gótico e [[pitoresco]] gerando "uma sensação que uma interpretação teatral está sendo colocada aqui" apesar de tentativas do final do século XX de expor mais das estrtuturasestruturas antigas para aumentar a sensação de autenticidade.<ref> {{harvnb|Brindle & Kerr|1997|p=61}}; {{harvnb|Nicolson|1997|p=78}} </ref> Mesmo que haja algumas críticas, sua arquitetura e história lhe dão um "lugar entre os maiores palácios europeus".<ref> {{harvnb|Robinson|2010|p=156}} </ref>
 
===Ala Central===
No centro do Castelo de Windsor está a Ala Central, um colherão formado ao redor de uma [[Castelo de mota|mota]] ou morro artificial no centro da ala. A mota tem 15 [[Metro|m]] de altura e é feita de [[giz]] originalmente escavado de um fosso ali perto. A fortaleza no topo da mota, chamada de Torre Redonda, é baseada na fortificação original do século XII, ampliada para cima em 30 m no início do século XIX pelo arquiteto [[Jeffry Wyatville]] a fim de produzir uma altura e silhueta mais imponente. O interior da Torre Redonda foi reformado em 1991–93 para dar mais espaço para a [[Royal Collection]], com uma sala adicional sendo construída no espaço deixado pela expansão oca feita por Wyatville.<ref> {{harvnb|Robinson|2010|p=142}} </ref> A torre na realidade não é cilíndrica, mas sim [[epitrocoide]] devido a forma da estrutura e a mota embaixo. A altura atual da torre foi criticada como sendo desproporcional para sua largura; por exemplo, o arquiteto Tim Tatton-Brown a descreveu como uma multilaçãomutilação da antiga estrutura medieval.<ref> {{harvnb|Tatton-Brown|2007|p=14}} </ref>
 
A entrada leste da Ala Central está agora aberta, com os portões levando para o norte a partir da ala até o Terraço Norte. A saída oeste é protegida pelo Portão Normando.<ref> {{harvnb|Mackworth-Young|1992|p=1}} </ref> O portão, que apesar de seu nome data do século XIV, é bem abobadado e decorado com entalhes, incluindo máscaras de leões medievais, símbolos tradicionais de majestade, para formar uma impressionante entrada para a Ala Superior.<ref name=nicolson120 > {{harvnb|Nicolson|1997|p=120}} </ref> Wyatville redesenhou o exterior e seu interior foi convertido no século XIX para uso residencial.<ref> {{harvnb|Mackworth-Young|1992|p=234}} </ref>
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====Apartamentos de Estado====
[[Ficheiro:Windsor Castle Upper Ward Quadrangle 2 - Nov 2006.jpg|thumb|350px|Os Apartamentos de Estado na Ala Superior. ''Da esquerda para direita'': a Entrada Oficial, a o Salão de São Jorge e a Entrada dos Convidados.]]
Os Apartamentos de Estado formam a maior parte da Ala Superior e estão ao longo do lado norte do quadrângulo. O prédio moderno segue as fundações medievais colocadas por [[Eduardo III de Inglaterra|Eduardo III]], com o andar térreo sendo formado por porões e câmaras e o mais grandioso primeiro andar formando a parte principal do palácio. No primeiro andar, o desenho do canto oeste dos Apartamentos de Estado é principalmente obra do arquiteto Hugh May, enquanto a estrutura do lado leste representa os planos de Jeffry Wyatville.{{nota de rodapé|A Sala de Desenho da Rainha, o Salão de Baile da Rainha, Câmara de Audiências da Rainha, Câmara de Presença da Rainha, Câmara da Guarda da Rainha, Câmara de Presença do Rei, Sala de Audiências do Rei, Câmara de Desenho do Rei e a Câmara de Jantar do Rei estão na estrutura do século XVII de May. Wyatville transformou os desenhos do canto leste dos Apartamentos de Estado, formando o Grande Salão de Recepção, a Sala de Desenhos Branca, Sala de Desenhos Verde, Sala de Desenhos Carmesim, a Câmara de Waterloo, o Salão de Jantar de Estado e o Salão de Jantar Octogonal.}} Os interiores foram em sua maior parte projetados por Wyatville no início do século XIX. Ele tinha a intenção que cada aposento ilustrasse um estilo particular aquitetônicoarquitetônico e que combinasse com móveis e obras de arte do período.<ref> {{harvnb|Nicolson|1997|p=79}} </ref>
 
O conceito de Wyatville continua a dominar os apartamentos até hoje, apesar de algumas alterações com o passar dos anos. Aposentos diferentes seguem os estilos [[Arquitetura do neoclassicismo|clássico]], gótico e rococó, juntos com elementos jacobinos em alguns lugares.<ref> {{harvnb|Nicolson|1997|pp=79, 172–173}} </ref>Vários aposentos no canto leste do castelo foram restaurados após o incêndio de 1992, utilizando métodos de "restauração equivalente" – as salas foram restauradas para que ficassem similares a sua aparência original, mas usando materiais modernos e escondendo melhoramentos estruturais.{{nota de rodapé|"Restauração autêntica" envolve o uso de materiais e métodos originais. "Restauração equivalente", como foi o caso de Windsor, pode integrar "compartimentação resistente ao fogo, dutos de serviço, materiais higiênicos e pisos fortalecidos" modernos, contanto que não sejam vistos.<ref name=nicolson78 > {{harvnb|Nicolson|1997|p=78}} </ref> }}<ref name=nicolson78 /> Esses aposentos também foram ao mesmo tempo parcialmente redesenhados para corresponder mais de perto ao gosto moderno. O historiador de arte Hugh Roberts elogiou os Apartamentos de Estado como "uma sequência soberba e iniguilávelinigualável de quartos amplamente considerados como a expressão mais completa do posterior gosto jorgiano"<ref> {{harvnb|Nicolson|1997|p=79}} </ref> Outros, como o arquiteto Robin Nicolson e o crítico Hugh Pearman, os descreveram como "brandos" e "nitidamente maçantes".<ref> {{harvnb|Nicolson|1997|p=70}} </ref>
 
[[Ficheiro:Windsor Castle Crimson Drawing Room.jpg|thumb|left|upright|A Sala de Desenhos Carmesim em 2007, reforma pós-incêndio de 1992.]]
As obras mais famosas de Wyatville são os aposentos no estilo rococó. Essas salas pegam os aspectos fluidos e lúdicos do movimento artístico, incluindo muitas peças originais de decoração de [[Luís XV de França|Luís XV]], porém os projeta em uma escala "amplamente inflada".<ref name=ireland > {{citar livro|autor=Ireland, Ken|título=Cythera Regained?: the Rococo Revival in European Literature and the Arts, 1830–1910|local=Cranbury|editora=Fairleigh Dickinson Press|ano=2006. pp. 92–93|isbn=978-0-8386-4078-4 }} </ref><ref> {{harvnb|Nicolson|1997|p=191}} </ref> Investigações feitas após o incêndio de 1992 mostraram que muitos dos artefatos e características rococós do castelo moderno são, ao contrário de acessórios do século XVIII transferidos da [[Carlton House|Casa Carlton]] ou da [[França]], na verdade imitações do século XIX em gesso e madeira criados para se misturarem aos originais.<ref> {{harvnb|Nicolson|1997|p=176}} </ref> O Grande Salão de Recepção é o projeto rococó mais proeminente, com 30 m de comprimento e 12 m de altura, ocupando o local do antigo grande salão de Eduardo III.<ref> {{harvnb|Brindle & Kerr|1997|p=28}}; {{harvnb|Nicolson|1997|pp=123, 174}} </ref> Esse aposento, restaurado após o incêndio, inclui um enorme teto francês rococó, caracterizado pelo restaurador chefe Ian Constantinides como possuindo uma "grosseria de forma e crueza de mão ... completamente ofuscado pelo puro efeito espetacular quando você estiver a uma distância". Esse aposento é decorado com um conjunto de tapeçarias francesas Gobelins restauradas.<ref> {{harvnb|Nicolson|1997|p=190}} </ref> Apesar de decorado com menos folheamentos a ouro que na década de 1820, o resultado mantém-se como "um dos melhores conjuntos de decoração da Regência".<ref> {{harvnb|Brindle & Kerr|1997|p=28}}; {{harvnb|Nicolson|1997|p=184}} </ref> As Salas de Desenho Branca, Verde e Carmesim possuem um total de 62 troféus: paineispainéis de maderiamadeira pintados a ouro e entalhados com ilustrações de armas e espolhosespelhos de guerra, muitos com significados [[Maçonaria|maçônicos]]. Restaurados ou trocados após o incêndio de 1992, esses troféus são famosos por sua "vitalidade, precisão e qualidade tridimencionaltridimensional", tendo sido originalmente trazidos da Casa Carlton em 1826, alguns importados da França e outros entalhados por Edward Wyatt.<ref> {{harvnb|Nicolson|1997|pp=197–198}} </ref> Mesmo sendo luxuosos, os movéismóveis suaves desses aposentos são mais modestos que os originais da década de 1820, tanto em questões de gosto moderno quanto em preço.<ref> {{harvnb|Nicolson|1997|pp=206–207}} </ref>
 
O projeto de Wyatville mantém três aposentos construídos originalmente por Hugh May no século XVII em parceria com o pintor Antonio Verrio e o entalhador Grinling Gibbons. A Câmara de Presença da Rainha, a Câmara de Audiências da Rainha e o Salão de Jantar do Rei são desenhados no estilo barroco e franco-italiano, caracterizados por "interiores dourados enriquecidos com murais floridos", apresentados na Inglaterra pela primeira vez entre 1648–50 na [[Wilton House|Casa Wilton]].<ref name=watkin > {{citar livro|autor=Watkin, David|título=A History of Western Architecture|local=Londres|editora=Laurence King|ano=2005. pp. 335, 345|isbn=978-1-85669-459-9 }} </ref> As pinturas de Verrio são "banhadas em alusões medievalistas" e imagens clássicas.<ref> {{harvnb|Nicolson|1997|p=128}} </ref> Essas salas tinham a intenção de mostrar uma nova "fusão barroca" inglesa das artes até então separadas da arquitetura, pintura e escultura.<ref> {{harvnb|Rowse|1974|p=95}} </ref>
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Algumas partes dos Apartamentos de Estado foram completamente destruídas no incêndio de 1992, com essa área sendo reconstruída em um estilo chamado "downesiano gótico", nomeado em homenagem ao arquiteto Giles Downes.{{nota de rodapé|Os aposentos completamente destruídos, ou em grande parte, foram o Salão de São Jorge, o Saguão da Lanterna, o Salão de Jantar Octogonal, a Capela Privada e a Grande Cozinha.}}<ref> {{harvnb|Nicolson|1997|p=212}} </ref> O estilo compreende "da coerência despojada, legal e sistemática do modernismo costurado em uma reinterpretação da tradição gótica".<ref> {{harvnb|Nicolson|1997|p=233}} </ref> Downes afirma que o estilo evita "decorações floridas", enfatizando uma estrutura gótica fluída e orgânica.<ref> {{harvnb|Nicolson|1997|p=234}} </ref> Três novos aposentos foram construídos ou remodelados pelo arquiteto. O novo teto de Downes para o Salão de São Jorge é a maior estrutura de carvalho verde construída desde a [[Idade Média]], decorada com escudos coloridos celebrando os elementos heráldicos da [[Ordem da Jarreteira]]; o projeto tenta criar uma ilusão de altura adicional através de uma marcenaria gótica ao longo do teto.<ref> {{harvnb|Nicolson|1997|pp=211, 214, 218}} </ref> O Saguão da Lanterna possuia colunas de carvalho formando um teto abobadado, imitando uma flor [[Zantedeschia|copo-de-leite]].<ref> {{harvnb|Nicolson|1997|p=235}} </ref> A nova Capela Privada é relativamente pequena, capaz de comportar apenas trinta pessoas, porém combina elementos arquitetônicos do teto do Salão de São Jorge com o Saguão da Lanterna e a estrutura de arcos em salto da capela abobadada de [[Henrique VIII de Inglaterra|Henrique VIII]] em [[Hampton Court]].<ref> {{harvnb|Nicolson|1997|pp=244–246}} </ref> O resultado é uma "rede rendilhada extraordinária, contínua e atentamente moldada", complementada por um vitral celebrando o incêndio, projetado por Joseph Nuttgen.<ref> {{harvnb|Nicolson|1997|pp=246, 264}} </ref> A Grande Cozinha, com sua recém exposta clarabóia do século XIV junto com as lareiras, chaminés e mesas góticas de Wyatville, também é o produto da reconstrução após o incêndio.<ref> {{harvnb|Brindle & Kerr|1997|p=26}}; {{harvnb|Nicolson|1997|p=146}} </ref>
 
O andar térreo dos Apartamentos de Estado mantém várias famosas características medievais. A Grande Galeria Subterrânea permanece, com 60 m de comprimento e 9 m de largura, dividida em treze baías.<ref> {{harvnb|Emery|2006|p=197}} </ref> A galeria havia sido dividida em pequenas salas na época do incêndio de 1992; a área atualmente está aberta para formar um espaço único a fim de ecoar as galerias substerrâneassubterrâneas da [[Abadia de Fountains]] e da Abadia de Rievaulx, apesar do chão permanecer elevado pela conveniência do uso.<ref> {{harvnb|Nicolson|1997|pp=166–167}} </ref> A "lindamente abobadada" passagem Larderie{{nota de rodapé|"Landarie" significa "passagem de carne".}} do século XIV passa ao longo do Pátio da Cozinha e é decorada com entalhes de rosas, marcando sua construção por Eduardo III.<ref> {{harvnb|Nicolson|1997|pp=125, 152}} </ref>
 
===Ala Inferior===
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==História==
===Séculos XI e XII===
[[Ficheiro:Round Tower, Windsor Castle, England - Nov 2006.jpg|thumb|left|250px|A Torre Redonda, contruídaconstruída por Henrique II e reformada no século XIX.]]
O Castelo de Windsor foi construído por [[Guilherme I de Inglaterra|Guilherme I]] na década seguinte a [[conquista normanda da Inglaterra]]. Ele estabeleceu um anel de defesa de [[Castelo de mota|castelos de mota]] ao redor de [[Londres]]; cada um estava a um dia de marcha – por volta de 32 km – da cidade e do castelo seguinte, permitindo reforços rápidos durante uma crise.<ref> {{harvnb|Mackworth-Young|1992|p=6}} </ref> Windsor era uma dessas fortificações e era estrategicamente importante por estar próximo tanto do [[rio Tâmisa]], uma importante rota para Londres, quanto da Floresta de Windsor, uma reserva real de caça usada anteriormente pelos reis saxões.<ref> {{harvnb|Robinson|2010|p=13}}; {{harvnb|Rowse|1974|p=12}} </ref> O assentamento próximo de Clivore, ou Clewer, era uma antiga residência saxã. O castelo inicial de madeira era formado por uma [[torre de menagem]] no alto de uma mota artificial, protegida por uma pequena muralha de colherão ocupando um penhasco de giz 30 m acima do rio.<ref> {{harvnb|Emery|2006|p=193}}; {{harvnb|Robinson|2010|p=11}}; {{harvnb|Tatton-Brown|2007|p=18}} </ref> Um segundo colherão de mandeira foi construído ao leste da torre, formando a posterior Ala Superior. Outro colherão foi construído ao oeste no final do século, criando o formato básico do castelo moderno.<ref name=emery193 > {{harvnb|Emery|2006|p=193}} </ref>{{nota de rodapé|Tim Tatton-Brown diz que apenas o colherão central e inicial foi constrúido por Guilherme I, sugerindo uma data psoterior para a construção dos outros dois.<ref> {{harvnb|Tatton-Brown|2007|p=18}} </ref> }} No projeto, Windsor era similar ao [[Castelo de Arundel]], outra importante fortificação normanda, apesar do desenho de colherão duplo também ser encontrado nos castelos de Rockingham e [[Castelo de Alnwick|Alnwick]].<ref> {{harvnb|Brown|1989|p=227}}; {{harvnb|Robinson|2010|p=11}} </ref>