Constituição do Império Romano: diferenças entre revisões

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Quando &nbsp;Augusto morreu em 14, o [[Principado Romano|Principado]] legalmente terminou. Tibério sabia que se conseguisse o apoio do exército, o resto do governo iria em breve acompanhá-lo. Portanto, Tibério assumiu o comando da [[guarda pretoriana]] e usou seu poder de procônsul para forçar os exércitos a jurar fidelidade a ele. Assim que isso ocorreu, o senado e os magistrados aquiesceram. Sob Tibério, o poder de eleger magistrados foi transferido das [[Assembleias romanas|assembleias]] para o senado. Quando Tibério morreu, [[Calígula]] {{nwrap|r.|37|41}} foi proclamado imperador pelo senado. Em 41, Calígula foi assassinado e, durante os dois dias seguindo ao seu assassinato, o senado discutiu os méritos de&nbsp;restaurar&nbsp;a república<ref name=":0" />. Devido às exigências do exército, no entanto, [[Cláudio]] {{nwrap|r.|41|54}} foi finalmente declarado imperador. Interesses tradicionalistas<ref>Livy, ''Ab Urbe Condita'' 7.3.7: também citado em (Oxford: Clarendon Press, 1982, 1985 reedição), p. 1132, a entrada em ''monumentum'', como um exemplo do significado 4b ", tradição registrada."</ref> de Cláudio resultaram em tentativas de reavivar o antigo cargo de [[Censor romano|censor]], mas ele acabou morto em 54.{{notaNT|Morreu a 3 dos [[idos]] de outubro, sob o consulado de Asínio Marcelo e de Acílio Aviola, aos sessenta e quatro anos de idade e quatorze de reinado. <ref>Suetônio.''Cláudio'', 2, em: ''Vida dos Doze Césares''.</ref>}}
 
Nas décadas seguintes, após a morte de Augusto, o Império Romano foi, em certo sentido, uma união de principados incipientes, o que poderia ter se desintegrado a qualquer momento. Em 68, o governador da [[Tarraconense|Hispânia Tarraconense]] [[Galba|Sérvio Sulpício Galba]] {{nwrap|r.|68|69}} foi proclamado imperador por suas tropas. Em Roma, o imperador [[Nero]] {{nwrap|r.|54|68}} rapidamente perdeu seus apoiantes e suicidou-se, apesar de Galba não vir a ser um líder judicioso. O governador da [[Germânia Inferior]], [[Vitélio|Aulo Vitélio Germânico]] {{nwrap|r.|69}}, logo foi proclamado imperador por suas tropas, e em Roma, a [[guarda pretoriana]] proclamou imperador [[Otão|Marco Sálvio Otão]] {{nwrap|r.|69}}. Em janeiro de 69, Galba foi assassinado, e o senado proclamou Otão Imperador. Otão levou um exército para a [[Alemanha]] para vencer Vitélio, mas derrotado por Vitélio, Otão cometeu suicídio. Vitélio foi proclamado imperador pelo senado, mas um outro general, [[Vespasiano]] {{nwrap|r.|69|79}}, logo o derrotou. Vitélio foi executado, e Vespasiano, enquanto estava na [[administração provincial romana|província]] do [[Egito (província romana)|Egito]] em dezembro de 69, foi nomeado Augusto<ref>[[Dião Cássio]], ''[[História Romanaromana (Dião Cássio)|História romana]]'', LXVI.2</ref>, eleito [[cônsul]], e investido de poderes tribunícios. Sob o imperador Vespasiano, a constituição romana começou a se inclinar em direção à monarquia absoluta, em parte porque o senado voltou ao seu papel original como um conselho consultivo<ref name=":0" />. Vespasiano morreu em 79, e foi sucedido por seu filho, [[Tito (imperador)|Tito]] {{nwrap|r.|79|81}}<ref>[[Suetônio]], ''[[Vidas dos Doze Césares]]'', Vida de Tito [http://penelope.uchicago.edu/Thayer/E/Roman/Texts/Suetonius/12Caesars/Titus*.html#1 2]</ref>. O reinado de Tito não durou tempo suficiente para ele para promulgar muitas mudanças constitucionais. Seu reinado, no entanto, viu um enfraquecimento adicional nos poderes do senado. Ele foi sucedido por seu irmão, [[Domiciano]], em 81. Domiciano, em última instância, era um tirano com o caráter que sempre faz a tirania repulsiva e isso derivou em parte de sua própria paranoia, o que em si mesma foi uma consequência do fato de que ele não tinha filho. Desde que ele não tinha nenhum filho, e, portanto, nenhum óbvio herdeiro, ele estava constantemente em perigo de ser derrubado<ref name=":0" />. Assim, a questão não resolvida do sucessor novamente provou ser letal, e em setembro de 96, Domiciano foi assassinado por uma série de oficiais da corte.<ref name="jones-domitian-193">Jones (1992), p. 193</ref>
 
==Senado==