Revolução Constitucional Persa: diferenças entre revisões

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A Revolução Constitucional Persa foi o primeiro evento do gênero na [[Ásia]]. A revolução abriu o caminho para uma mudança cataclísmica na [[Pérsia]], anunciando a era moderna. Ela viu um período de debate sem precedentes em uma imprensa em expansão. A revolução criou novas oportunidades e abriu possibilidades aparentemente ilimitadas para o futuro da Pérsia. Muitos grupos diferentes lutaram para moldar o curso da revolução, e todos os segmentos da sociedade acabaram sendo, de alguma forma alterados por ela. A velha ordem, que [[Nasser al-Din Shah|Nasser al-Din Shah Qajar]] havia lutado por tanto tempo para sustentar, finalmente morreu, para ser substituída por novas instituições, novas formas de expressão, e uma nova ordem social e política.
 
O sistema de [[monarquia constitucional]] criado pelo decreto de [[MozafarMozaffar alad-Din Shah Qajar]], que foi estabelecido na Pérsia como resultado da revolução, chegou ao fim em [[1925]] com a dissolução da [[dinastia Qājār]] e a ascensão de [[Reza Shah Pahlavi]] ao trono.
 
O movimento não terminou com a revolução, mas foi seguido pelo [[Movimento Constitucionalista de Gilan]].
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=== Contexto ===
 
A fraqueza e extravagância continuaram durante o breve reinado de [[Mozaffar ad-Din Shah Qajar|Mozaffar al-Din Shah Qajar]] (1896-1907). Muitas vezes ele confiou em seu [[Chanceler]] para gerenciar o seu estado descentralizado. A sua terrível situação financeira o levou a assinar muitas concessões às potências estrangeiras, em uma crescente lista de itens que variavam desde o comércio de [[armas]] ao [[tabaco]]. As classes nobres estabelecidas, as autoridades religiosas e a elite educada, começaram a exigir um freio à autoridade real e o estabelecimento do [[Estado de Direito]], enquanto a sua preocupação com estrangeiros e, especialmente, a influência russa cresceram.
 
Mozaffar também havia retirado diversos grandes empréstimos provenientes da [[Rússia]] e [[Grã-Bretanha]] para pagar por seu estilo de vida extravagante e os custos do governo central. Em [[1900]], o Shah financiou uma visita da realeza européia por meio de empréstimos de 22 milhões de [[rublos]] da Rússia. As receitas aduaneiras iranianas serviram como garantia.