Batalha do Salado: diferenças entre revisões

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A '''Batalha do Salado''' foi travada a [[30 de outubro]] de [[1340]], entre [[Cristãos]] e [[Mouros]], junto da [[ribeira do Salado]], na província de [[Cádis]] (sul de [[Espanha]]).<ref name="Infopédia"/><ref>Castro, João Bautista de. ''Mappa de Portugal''. (1762). pp. 307.</ref>
 
== HistóriaAntecedentes ==
[[Abul-Hassan]], rei de [[Fez]] e de [[Marrocos]], aliado com o [[Reino de Granada|emir de Granada]], decidira reapossar-se a todo o custo dos domínios cristãos, e as forças muçulmanas já haviam entrado em acção contra [[Reino de Castela|Castela]].<ref name="Infopédia">{{citar web |url=http://www.infopedia.pt/$batalha-do-salado |título=Batalha do Salado |acessodata=29 de outubro de 2012 |autor= |coautores= |data= |ano= |mes= |formato= |obra=Porto Editora |publicado=Infopédia |páginas= |língua= |língua2=pt |língua3= |lang= |citação= }}</ref> A frota do [[prior do Crato|prior de S. João do Hospital]], almirante castelhano, que tentara opor-se ao desembarque dos mouros, foi completamente destroçada por uma tempestade, e esse desastre obrigou [[Afonso XI de Castela]] a humilhar-se, mandando pedir à esposa - a quem tanto desrespeitara com os seus escandalosos casos amorosos com [[Leonor de Gusmão]] - que interviesse junto de seu pai, o rei português [[Afonso IV de Portugal]], para que este enviasse uma esquadra de socorro.
 
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D. Afonso IV reuniu então em [[Elvas]] junto com D. [[Martim Peres de Soveral]], o maior número possível de cavaleiros e peões, e à frente do exército, que ia aumentando durante o caminho com os contingentes formados em vários pontos, dirigiu-se a Castela, onde por ordens do genro foi recebido com todas as honras. Em Sevilha, o próprio Afonso XI acolheu festivamente o rei de Portugal e sua filha, a rainha D. Maria. Ali se desfizeram quanto menos momentaneamente, os ressentimentos de passadas discórdias.
 
== Campo de batalha ==
Assente entre os dois monarcas o plano estratégico, não se demoraram em sair de Sevilha a caminho de Tarifa, tendo chegado oito dias depois a [[Pena del Ciervo]] avistava-se o extensíssimo arraial muçulmano. Em 29 de outubro, reunido o conselho de guerra, foi decidido que Afonso XI de Castela combateria o rei de Marrocos, e Afonso IV de Portugal enfrentaria o de Granada. Afonso XI designou [[João Manuel de Castela|D. João Manuel]] para a vanguarda das hostes castelhanas, onde iam também [[João Nunes de Lara|D. João Nunes de Lara]] e o novo [[mestre de Sant'Iago]], irmão de Leonor de Gusmão. Com D. Afonso IV viam-se o [[arcebispo de Braga]] [[Gonçalo Pereira]], o prior do Crato, o mestre da [[Ordem de Avis]] e muitos denotados cavaleiros.
 
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Afonso IV, porém num dos raros gestos de desinteresse que praticou em toda a sua vida, só depois de muito instado pelo genro escolheu, como recordação, uma [[cimitarra]] cravejada de pedras preciosas e, entre os prisioneiros, um sobrinho do rei Abul-Hassan. A [[1 de novembro]] ao princípio da tarde, os exércitos vencedores abandonaram finalmente o campo de batalha, dirigindo-se para Sevilha onde o rei de Portugal pouco tempo se demorou, regressando logo ao seu país.
 
== Desdobramentos ==
Pode imaginar-se sem custo a impressão desmoralizadora que a vitória dos cristãos, na '''Batalha do Salado''', causou em todo o mundo muçulmano, e o entusiasmo que se espalhou entre o cristianismo europeu. Era ao cabo de seis séculos, uma renovação da vitória de [[Carlos Martel]] em [[Poitiers]].