Curandeirismo: diferenças entre revisões

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==Curandeirismo hoje==
Observe-se como assinala Witter <ref>WITTER, Nikelen Acosta. Curar como Arte e Ofício: contribuições para um debate historiográfico sobre saúde, doença e cura. Tempo, Rio de Janeiro, nº 19, pp. 13-25 [http://www.scielo.br/pdf/tem/v10n19/v10n19a02 PDF] Jul. 2014</ref> que os estudos sobre as práticas de cura, especialmente no Brasil, inicialmente fundamentavam-se nas teorias antropológicas reiteirando as hipóteses evolucionistas que consideravam os curandeiros como feiticeiros e charlatões, justificados pela ausência de serviços médicos e mais recentemente desenvolveram-se os estudos não-etnocêntricos e abordagens historiográficas capazes de reconhecer os laços de solidadriedade, altruísmo e mesmo heroísmo dos que atreviam-se a desafiar o poder associado ao saber hegemônico de sua época. Observe-se também que tais práticas de feitiçaria ou curandeirismo ainda persistem em sociedades modernas com ampla difusão de serviços médicos. <ref>WILKER, Nikelen A. Curandeirismo: Um outro olhar sobre as práticas de cura no Brasil do Século XIX. Vidya,Vol 19 nº34 Julho 2000. Santa Maria- RS. p.183-197.</ref><ref>REIS, João José. Domingos Sodré, um sacerdote africano: escravidão, liberdade e candomblé na Bahia do século XIX. SP, Companhia das Letras, 2008</ref>
 
=== Fosfoetanolamina ===
A [[Universidade de São Paulo]] foi envolvida na polêmica do uso de uma substância química, a [[fosfoetanolamina]], anunciada como cura para diversos tipos de cânceres. Essa substância não é remédio e foi estudada na USP como um produto químico. Não existe demonstração cabal de que tenha ação efetiva contra a doença. A USP não desenvolveu estudos sobre a ação do produto nos seres vivos, muito menos estudos clínicos controlados em humanos. Não há registro e autorização de uso dessa substância pela [[Agência Nacional de Vigilância Sanitária]] e, portanto, ela não pode ser classificada como medicamento, tanto que não tem bula. Além disso, não foi respeitada a exigência de que a entrega de medicamentos deve ser sempre feita de acordo com prescrição assinada por médico em pleno gozo de licença para a prática da medicina. Cabe ao médico assumir a responsabilidade legal, profissional e ética pela prescrição, pelo uso e efeitos colaterais – que, nesse caso, ainda não são conhecidos de forma conclusiva – e pelo acompanhamento do paciente.<ref>{{citar web|URL=http://www5.usp.br/99485/usp-divulga-comunicado-sobre-a-substancia-fosfoetanolamina/|título=USP divulga comunicado sobre a substância fosfoetanolamina|autor=|data=13 de outubro de 2015|publicado=|acessodata=}}</ref><ref>{{citar web|URL=http://drfelipeades.com/2015/08/30/fosfoetanolamina-sintetica-fosfoamina-entenda-porque-essa-substancia-nao-e-um-medicamento-contra-o-cancer/|título=Fosfoetanolamina sintética (fosfoamina), entenda porque essa substância não é um medicamento contra o câncer|autor=|data=|publicado=|acessodata=}}</ref>
 
==Referências==