Vila Pouca de Aguiar: diferenças entre revisões

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É sede de um [[município]] com 437,07&nbsp;km² de área<ref>Instituto Geográfico Português, [http://www.dgterritorio.pt/ficheiros/cadastro/caop/caop_download/caop_2013_0/areasfregmundistcaop2013_2 ''Carta Administrativa Oficial de Portugal'' (CAOP), versão 2013] (ficheiro Excel zipado)</ref> e 13 187 habitantes (2011)<ref>INE (2012) – [http://censos.ine.pt/xportal/xmain?xpid=CENSOS&xpgid=censos2011_apresentacao "Censos 2011 (Dados Definitivos)"], [http://www.ine.pt/investigadores/Quadros/Q101.zip "Quadros de apuramento por freguesia"] (tabelas anexas ao documento).</ref>, subdividido em 14 [[freguesia]]s<ref>''Diário da República'', [http://www.dre.pt/util/getdiplomas.asp?iddip=20130210 Reorganização administrativa do território das freguesias], Lei n.º 11-A/2013, de 28 de janeiro, Anexo I.</ref>. O município é limitado a norte por [[Chaves (Portugal)|Chaves]], a leste por [[Valpaços]] e [[Murça]], a sul por [[Alijó]], [[Sabrosa]] e [[Vila Real]], a oeste por [[Ribeira de Pena]] e a noroeste por [[Boticas]].
 
=== História ===
Conhecidas nos primórdios da nacionalidade como as terras de Aguiar de Pena, nome tirado do velho castelo roqueiro com a mesma designação, ou seja da Pena, assente num [[Penedo (geologia)|penedo]] colossal que seria uma das referências da região, com o nome de Aguiar advinha-lhe do facto de ser um povoado de [[águia]]s.
 
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Em meados do [[século XIX]] as reformas administrativas efectuadas ao nível autárquico, deram a actual configuração ao município.
 
=== Património histórico e cultural ===
====Antas da Serra do Alvão====
As [[Anta]]s da Serra do Alvão (freguesia da Lixa do Alvão), estão classificadas como Monumento Nacional desde [[1910]], erguem-se numa planície junto ao Rio Torno, nas proximidades de [[Lixa do Alvão]].
 
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Quanto aos artefactos recolhidos no local, dever-se-á relembrar que o conhecido espólio do Alvão, composto de várias dezenas de placas gravadas, fragmentos cerâmicos, machados executados em pedra, pontas de seta e contas de colar, entre outros elementos, procede, precisamente, deste arqueossítio, a revelar, no fundo, a sua relevância para um melhor entendimento deste período do Noroeste peninsular.
 
====Castelo de Aguiar====
O [[Castelo de Pena de Aguiar|Castelo de Aguiar]], singular conjugação da natureza com o engenho humano, está localizado nos contrafortes da Serra do Alvão, junto da aldeia do Castelo, na freguesia de [[Telões]] está classificado como '''Monumento Nacional''' desde [[26 de Fevereiro]] de [[1982]].
 
Na zona abundam gigantescos blocos graníticos. O Castelo, isolado e inexpugnável, como um ninho de águias, dominando o vale fértil de Aguiar e as serras vizinhas, está apoiado no mais elevado deles. Com o desenvolvimento das vilas e cidades, no fim da [[Idade Média]], a estabilização de fronteiras e as múltiplas reformas administrativas e políticas, o Castelo de Aguiar, como muitas outras fortalezas isoladas, perdeu importância. A passagem do tempo e a erosão foram-no degradando, até chegar ao estado ruinoso em que hoje se encontra apesar mesmo da sua classificação.
 
====Pelourinho de Alfarela de Jales====
O Pelourinho de Alfarela de Jales (freguesia de Alfarela de Jales, lugar de Alfarela de Jales), datado do século XVI este elemento está classificado como Imóvel de Interesse Público desde [[1933]].
 
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No ano de 1953 o pelourinho foi deslocado para sul a fim de dar lugar a um fontanário.
====Estátua–Estela de Jales====
Estátua – Estela (freguesia da Vreia de Jales, lugar de Barrela), escultura em granito, de forma antropomórfica, está em processo de classificação desde 1997. Tem 2.30 metros de altura, e encontra-se ainda no que se presume ser a sua implantação original. Situa-se ao lado da via romana que segue para o campo mineiro de Jales e Trêsminas. A cronologia destas estátuas-estelas é, genericamente, atribuída ao bronze final/idade do ferro, se bem que esta poderá talvez ser mais tardia, podendo mesmo ser de época romana.
 
A Mamoa do Alto do Catorino (freguesia da Lixa do Alvão), é um dos maiores monumentos megalíticos do concelho de Vila Pouca de Aguiar, e talvez aquele que se encontra em melhor estado de conservação, está classificado como Imóvel de Interesse Público desde 1990.
 
====Minas Romanas de Tresminas====
Complexo Mineiro de Tresminas, neste importante centro mineiro classificado como Imóvel de Interesse Público em [[1997]], segundo um investigador espanhol, já eram explorados metais nos fins do [[Neolítico]] e sobretudo na idade do [[bronze]] e do [[ferro]]. Mas é sobretudo a romanização que marca profundamente a actividade mineira neste local.
 
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O estacionamento de militares em Covas, além de soldados da sétima legião está comprovada a estadia de secções da cohors I Gallica equitata civium romanorum, reflecte sem dúvida, um ponto alto das actividades na primeira metade do século II. Aponta também para o status legal da mina como domínio imperial, ou seja, propriedade fiscal. É altamente provável que o distrito de Covas tivesse estado ligado ao de Jales formando uma unidade administrativa, territorium metallorum.
 
====Covas====
A aldeia mais próxima das minas romanas de Jales, onde se acredita que se estabeleceram os descendentes dos mineiros. Acredita-se que foram exploradas por um vasto período de tempo, minérios de ouro e cobre, como evidenciam as galerias de acesso ao interior das minas. O património pode ser visitado em vários percursos pedestres, no mais puro ar da Serra da Padrela, em espectaculares vistas do planalto do nordeste transmontano. O acesso pode ser feito a partir da estrada que liga Vila Pouca de Aguiar a Valpaços na saída para a freguesia de Tresminas, onde se localiza uma antiga Igreja Românica.
====Cidadelha de Aguiar====
Recinto fortificado de Cidadelha (freguesia da Vila Pouca de Aguiar, Cidadelha de Aguiar), classificado como Imóvel de Interesse Público em [[1990]], ergue-se no topo de um pequeno cabeço da Serra do Alvão, sobranceiro ao Rio Avelames, ao vale de Vila Pouca de Aguiar e à própria aldeia de Cidadelha.
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A zona intermuralhas, de forma relativamente elíptica, apresenta múltiplos afloramentos graníticos de reduzidas dimensões, não tendo sido encontrados, até ao momento, quaisquer vestígios indicadores de uma provável existência de estruturas de carácter doméstico, como seria, certamente, de esperar num povoado fortificado da [[Idade do Ferro]], como este.
 
====Igreja de Santa Eulália====
A Igreja de Santa Eulália (freguesia de Pensalvos, lugar de Pensalvos) encontra-se em processo de classificação desde 2003.
 
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Painéis com motivos emblemáticos, Adão e Eva e o pecado original, motivos hagiológicos, as Santas Virgens e Mártires, os doutores da Igreja (Santo Agostinho segura na mão um coração em chamas). O tecto desta Igreja, com os seus caixotões pintados é de facto um precioso livro pictural com motivos Bíblicos, Cristológicos e Hagiológicos.
 
==Economia==
Os produtos que movimentam milhões de euros na economia de Vila Pouca de Aguiar são a castanha, o cogumelo e o cabrito.<br />
O concelho possui uma produção de castanha a rondar as mil toneladas, com cerca de 2 milhões de euros de rendimento. Existem cerca de 300 a 400 famílias do concelho que retiram rendimento da castanha. O concelho está inserido na área de Denominação de Origem Protegida (DOP) da Padrela.<br />
Em Vila Pouca de Aguiar os cogumelos são também sector em expansão. A apanha movimenta centenas de pessoas, algumas das quais apenas para consumo próprio, mas uma percentagem significativa também recolhe para comercialização, o que representa um rendimento complementar ao orçamento familiar.<br />
Pelo concelho espalham-se ainda cerca de cinco mil cabeças de cabra bravia e serrana.<ref>Gazeta Rural n.º 258 (31 de outubro de 2015). pág. 12.</ref>
 
==Património==