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De acordo com a linha filosófica de [[advaita]] [[vedanta]], conforme estabelecida por [[Shankara]] e fundamentada em preceitos de [[advaita]]-vada ancestrais e seguindo a tradição védica, o brâman é tudo o que existe e nada pode existir além do brâman. Portanto, ele é a Verdade Absoluta, ou a Realidade Suprema, que envolve, absorve e harmoniza todos os conceitos duais. O Vedanta caracteriza Brahman como realidade (Sat), consciência (Cit) e beatitude (Ānanda).<ref>BIANCHINI, Flávia. [https://www.academia.edu/4500983/Brahman_e_Ananda._Flavia_Bianchini Brahman é Ānanda]. Pp. 101-125, in: GNERRE, Maria Lúcia Abaurre; POSSEBON, Fabrício (orgs.). ''Cultura oriental: língua, filosofia e crença''. Vol. 2. João Pessoa: Editora da UFPB, 2012.</ref> Brahman é também a essência de cada indivíduo, o Eu mais interno ou [[atman|ātman]].<ref>MARTINS, Roberto de Andrade. ''Muṇḍaka-Upaniṣad: o conhecimento de Brahman e do Ātman''. Rio de Janeiro: Corifeu, 2008.</ref> Várias upanishads e outros textos indianos indicam que Brahman não pode ser atingido pelo pensamento, embora possa ser captado através de uma vivência direta, por uma pessoa em estado de [[samadhi]].<ref>MARTINS, Roberto de Andrade. [https://www.academia.edu/7044193/O_indizivel_no_pensamento_indiano_a_sabedoria_que_ultrapassa_os_conceitos._Roberto_de_Andrade_Martins O indizível no pensamento indiano: a sabedoria que ultrapassa os conceitos]. Pp. 85-102, in: SANTOS, João Marcos Leitão (org.). ''Religião, a herança das crenças e as diversidades de crer''. Campina Grande: Editora da Universidade Federal de Campina Grande, 2013.</ref>
 
A entidade viva imersa em ''avidya'' ("ignorância") se considera diferente do Brahman devido aos seus conceitos de ''[[Adi-aham|aham]]'' e ''[[mamata]]'', "ego" e "egoísmo", que desaparecem através de ''[[jñanajnana]]'' ("filosofia"), que promove ''[[vidya]]'' ("sabedoria" ou "ciência") e que leva ao ''[[moksha]]'' ("liberação"), eliminando o ''[[samsara]]'', ou ciclo de nascimentos e mortes.
 
Conceitos como o de ''Parabrahman'', segundo esta óptica, são absurdos, uma vez que nada pode ser maior, superior, menor ou inferior ao ''Brahman'', que por definição é não dual e absorve, elimina e harmoniza os conceitos duais, nada existindo além dele.