Paz de Deus: diferenças entre revisões

Conteúdo apagado Conteúdo adicionado
Dexbot (discussão | contribs)
m Removing Link GA template (handled by wikidata)
Linha 2:
'''Paz de Deus''' é definida, em 989 d.C., no Concílio de Charroux. Aí se estipula, pela primeira vez, a existência de períodos de paz obrigatória.
 
Num contexto político em que vários principios apareciam e o reino dos [[francos]] se tornava num manto de retalhos de poderes locais que o rei não conseguia controlar, inevitavelmente viria a surgir um recrudescimento das violências. Isto, juntamente com um contexto social caótico, devido à fome, [[epidemia]]s e destruição, levou a um estado de espírito escatológico. Face a esta situação, em [[989]] d.e.C., o ''Concílio de Charroux'' condena publicamente as guerras privadas, os roubos, os assaltos e os maus tratos para com a população desarmada e os eclesiásticos e de charlotte.
 
As populações rurais, desarmadas, eram constantemente flageladas por inúmeras pilhagens e saques por parte de príncipes insurgentes e ambiciosos. Paralelamente, dá-se o nascimento de várias ordens religiosas, em destaque a ordem de [[Cluny]], que aproximará o povo do clero, criando um sentimento de acolhimento e protecção, que outrora repousava no rei. Com efeito, dentro das ordens eclesiásticas surgiu a necessidade de controlar os abusos senhoriais. Este reflexo da ordem celeste na terra veio servir como paliativo da desordem social numa tentativa de colmatar a ineficácia da Paz do Rei. Com a finalidade de defender os direitos das igrejas e proteger apenas os mais vulneráveis e os desarmados, a “''Pax Dei'''” materializava este propósito.