Mestre dos soldados: diferenças entre revisões

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[[Imagem:DIOCLETIANUS-RIC VI 299-77000989.jpg|thumb|esquerda|[[Áureo]] de [[Diocleciano]] {{nwrap|r.|284|305}}]]
[[Imagem:CONSTANTINUS I RIC VII 100-80000773.jpg|thumb|esquerda|[[Soldo (moeda)|soldoSoldo]] decunhado em [[ConstantinoAntioquia]] em 335-336 com efígie de {{lknb|Constantino,|o Grande}} {{nwrap|r.|306|337}}]]
 
Convencido da necessidade de proteger as fronteiras, [[Diocleciano]] {{nwrap|r.|384|305}} reformou a administração provincial, dobrando o número de províncias e criando [[Diocese romana|dioceses]] regidas por [[vigário (governador)|vigários]] e agrupadas em quatro [[prefeito do pretório|prefeituras pretorianas]]: [[Prefeitura pretoriana da Gália|Gália]], [[Prefeitura pretoriana da Itália|Itália]], [[Prefeitura pretoriana da Ilíria|Ilíria]] e [[prefeitura pretoriana do Oriente|Oriente]].{{harvref|Kazhdan|1991|p=1710}}{{harvref|Jones|1964|p=55-58}} Seu exército permaneceu essencialmente composto de [[Legião romana|legiões]] (infantaria), que foram auxiliadas por destacamentos de cavalaria (''vexillationes''). No entanto, ele legou em algumas zonas fronteiriças a gestão para comandantes militares distintos dos governadores provinciais, que foram chamados [[duque (Roma Antiga)|duques]] ({{langx|la|''dux''}}; plural: ''duces''), e que com o tempo adquiriram funções civis.{{harvref|Jones|1964|p=607-608}} [[Constantino]] {{nwrap|r.|306|337}} reformou profundamente o exército: reforçou o exército de campanha e acrescentou unidades de infantaria de um tipo novo, os [[Tropas auxiliares romanas#Séculos IV|auxiliares]]. Para comandar estas forças, privou os prefeitos pretorianos de seus deveres militares e criou os ofícios de mestre da infantaria e mestre da cavalaria.{{harvref|Jones|1964|p=608}} Diretamente subordinados ao imperador, estes mestres da milícia, recrutados entre os oficiais de carreira, muitas vezes de [[Bárbaros|origem bárbara]], presidiram uma hierarquia militar, paralela a hierarquia civil. [[Comandante-em-chefe|Comandantes-em-chefe]] do exército controlado pelo imperador, também tiveram um lugar na hierarquia palacial, se situando após os prefeitos pretorianos e [[prefeito urbano]], mas antes de outras grandes dignidades imperiais.{{harvref|Jones|1964|p=97}} Este é também o período em que, nas províncias, vemos a administração civil e militar se dividir, o [[conde dos assuntos militares]] (''comes rei militaris''){{notaNT|Este título parece ter sido dado a oficiais dos [[comitatenses]], de importância variável, que estavam sendo atribuídos a tarefas específicas ou uma região geográfica determinada, como o Egito.{{harvref|Jones|1964|p=124}}}} surgir e os duques se multiplicarem. Comandantes dos corpos de fronteiras, [[Conde (Roma Antiga)|condes]] ({{langx|la|''comes''}}; plural: ''comites'') e duques passaram gradualmente sobre a autoridade dos mestres (''magistri'') e puderam comandar os destacamentos de várias províncias civis.{{harvref|Jones|1964|p=608-609}}{{notaNT|No Egito, o duque sob Diocleciano e Constantino teve jurisdição sobre as forças do Egito, Tebaida e das duas Líbias.{{harvref|Jones|1964|p=101}}}}