Qualidade de vida no trabalho: diferenças entre revisões

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No inicio do [[século XX]] iniciou-se o que hoje pode-se chamar de [[Administração]], através das funções básicas definidas por [[Henri Fayol]]. Com o passar dos anos, outros nomes trouxeram contribuições para a administração, como [[Frederick Taylor]] e [[Henry Ford]]. Tais pesquisadores desenvolveram a administração clássica ([[Taylorismo]]) e científica ([[Fayolismo]]). No entanto, a concepção de Administração Científica encarava o homem como uma extensão das máquinas, sendo extremamente baseada em números, organizações, tempos e movimentos, não considerando o fator “humano” dos indivíduos como variantes da produtividade.
 
Na [[década de 50]] foram feitos estudos dentro da abordagem sócio-técnica da organização do trabalho. Tal abordagem deu origem à temática da qualidade de vida no trabalho (QVT) com o intuito de designar a relação indivíduo-trabalho-organização buscando reestruturar as tarefas para tornar a vida do indivíduo <ref></ref>menos dura e com isso buscar um ganho da motivação na produtividade dos funcionários. Apenas no final da década de 70 houve um interesse maior pela QVT devido ao aumento da competição internacional, da inflação e da ameaça de desemprego.
 
Diante de todas as transformações na economia e no mundo, as relações de trabalho ainda tendem a acompanhar essas mudanças. A necessidade humana de encontrar sentido no trabalho é cada vez maior. Quanto mais evidentes forem para o trabalhador, as importâncias de suas tarefas e como estas se ligam ao objetivo de sua área de atuação, mais sentido terá o trabalho para ele. Logo sua motivação será maior para exercer suas atividades e melhorar seu desempenho.
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Segundo Walton, se estes aspectos não forem bem gerenciados, os níveis de satisfação dos trabalhadores em geral tendem a cair, o que repercute nos níveis de desempenho e com isso são os focos de atuação do QVT.<ref>{{citar periódico|último=WALTON|primeiro=Richard|título=Quality of workine|jornal=Sloan Mangement Review|ano=1973|volume=15|páginas=11-21}}</ref>
 
==Estratégias==
 
Mudanças no mundo do trabalho, têm ampliado as exigências sobre os [[trabalhador|trabalhadores]] <ref>Burke, R. (2009). Working to live or living to work: should individuals and organizations care?. Journal of Business Ethics, 84(2), 167-172. doi: 10.1007/s10551-008-9703-6 </ref> e gerado impactos sobre a [[qualidade de vida no trabalho]]. Isso inclui o problema do [[conflito]] trabalho-família, que ocorreria quando o excesso de [[excesso|demandas]] provenientes do trabalho interferindo na vida pessoal, tais como os cuidados com os filhos e outros dependentes. As mudanças observadas na estrutura das [[família|famílias]], por sua vez, vêm contribuindo para o problema do [[conflito]] família-trabalho, observado quando as [[responsabilidade|responsabilidades]] [[família|familiares]] prejudicam o [[desempenho]] no trabalho <ref>Carr, J. C., Boyar, S. L., & Gregory, B. T. (2008). The moderating effect of work-family centrality on work-family conflict, organizational attitudes, and turnover behavior. Journal of Management, 34(2), 244-262. doi: 10.1177/0149206307309262</ref><ref name="Artigo">{{Link||2=http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S1415-65552013000400003&script=sci_arttext|3= Artigo acadêmico Scielo - Antecedentes e consequências dos conflitos entre trabalho e família (Visitado em 01 Novembro de 2015)}}</ref>.
Existem algumas estratégias que podem diminuir o conflito entre a vida pessoal e profissional gerando um impacto positivo na qualidade de vida no trabalho.
 
{| class="wikitable"
! Estratégia
! Programa ou Política
! Exemplo
|-
| Estratégia com base no tempo || Horários flexíveis
Compartilhamento de tarefas
Trabalho de meio período
Licença maternidade e paternidade
[[Telecomutação]]
| 80% dos 400 funcionários da [[Avaya no Brasil]], têm a liberdade para trabalhar a distância; a [[IBM]] concede licença maternidade e paternidade de até 3 anos com garantia no emprego.
|-
| Estratégia com base na informação || Página na intranet sobre equilíbrio entre a vida pessoal e profissional
Assistência à recolocação
Recursos para programas de terceira idade
| A consultoria [[Ernst & Young]] oferece sites em sua intranet com informações sobre como redigir pedidos de horários flexíveis, encontrar parceiro para compartilhamento de tarefa etc.
|-
| Estratégias financeiras || Convênios com creches
Benefícios flexíveis
Assistência1 para adoção
Convênios com instituições de ensino
Licenças remuneradas
| Em algumas organizações públicas, como o [[Banco Central do Brasil]], os funcionários podem pedir uma licença cursar mestrado e doutorado, mantendo seus salários integrais.
|-
| Serviços diretos
| Creche
Cuidados emergenciais
Salão de estática e saúde
Serviço de atendimento
Academia de ginásticas .
| As maiores unidades da [[Johnson & Johnson]] possuem academia de ginástica; o laboratório [[Eurofarma]] criou creches nos locais de trabalho para que as mães pudessem ficar próximas de seus filhos; na [[Visa Vale]] foi criado o ComuniCafé, onde os funcionários tem direito a aparelho de massagem e podem jogar sinuca para descontrair e reduzir o estresse.
|-
| Estratégia de mudança de cultura
| Treinamento para gestores ajudarem seus subordinados a enfrentar os conflitos entre a vida pessoal e profissional. A remuneração dos gestores é vinculada a satisfação dos funcionários. Foco no desempenho real dos funcionários e não no cumprimento de horários.
| A empresa de telecomunicação [[Lucent]], a rede de hotéis [[Marriott]], a [[Xerox]] e os laboratórios [[Merck]] e [[Pfizer]] são algumas empresas que vinculam a remuneração de seus gestores à satisfação dos funcionários.
|}
 
 
===Estratégia com base no tempo===
*Horários flexíveis
*Compartilhamento de tarefas
*Trabalho de meio período
*[[Licença-maternidade]] e paternidade
*[[Telecomutação]]
Exemplos: 80% dos 400 funcionários da [[Avaya]] no Brasil, têm a liberdade para trabalhar a distância; a [[IBM]] concede [[licença-maternidade]] e paternidade de até 3 anos com garantia no emprego. <ref name="Robbins">ROBBINS, Stephen P.; SOBRAL, Filipe; GOMES, Rita de Cássia (Trad.). Comportamento organizacional: teoria e prática no contexto brasileiro. 11. ed. São Paulo</ref><ref name="Powell"/> <ref name="C.A.Thompson">C.A.Thompson, “managing the work-life balancing act: na introductory exercise”, Journal of Management Education, abr. 2002, p.210; e R. Levering e M. Moskowitz, “The best in the worst of times’,Fortune, 4 fev. 2002, p. 60-90.</ref>
 
 
== Aplicação ==