Catulo: diferenças entre revisões
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“Para melhor fixar quanto, em toda esta transformação do gosto, é devido precisamente ao gênio de Cátulo (o único poeta novus de quem possuímos a obra) e quanto é devido às tendências herdadas da poesia helenística e difundidas em todo o cenáculo, seria necessário enfrentar o problema das características da elegia helenística: ela limitou-se a cantar histórias lendárias de amor, ou encontros também a força de exprimir, diretamente, os sentidos de cada um dos poetas? ... Só poucos ''carmina'' de Cátulo testemunham a passagem da elegia, em Roma, do tipo narrativo ao tipo meramente lírico; os carmes de amor, de Cátulo, independentemente dos metros em que são compostos, têm predominantemente forma epigramática” (1987:314-315).
A revolução literária que os poetas novos trouxeram se caracteriza, essencialmente, pelo abandono da poesia épica homérica e enianana sendo substituído pelo
enáculo dos ''poetae novi'' (também) introduz em Roma, definitivamente, o gosto da poesia helenística” (1987:312).
Catulo, imerso nesse contexto, se deixa levar pelas “seduções” do período helenístico, e com esses elementos ele acaba criando algo bastante moderno: a revolução da poesia Alexandrina. Como diz Paratore sobre Cátulo: “o gosto pela “palavra antiga” nota-se, sobretudo, através do estilo dos poetas alexandrinos, curiosos de vocábulos da antiga poesia helênica; por isso, no seu tecido linguistico, o vocábulo antiquado é como que uma pedra preciosa encastoada no elóquio moderno, isto é, não decorre com a frequência sistemática que descobrimos nos escritos doutros literatos, de várias épocas” (1987:313).
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