Guerra Hispano-Americana: diferenças entre revisões

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== O caminho para a guerra ==
{{Artigo principal|Guerra de Independência Cubana}}
A primeira tentativa séria para a independência de Cuba, a [[Guerra dos Dez Anos|dez anos de guerra]], entrou em erupção em 1868 e foi subjugado pelas autoridades de uma década mais tarde. Nem o combate, nem as reformas no [[Pacto de Zanjón]] (fevereiro de 1878) suprimiu o desejo de alguns revolucionários de maior autonomia e, finalmente, a independência. Um destes revolucionáriorevolucionários, [[José Martí]], continuou a promover a autonomia financeira e política cubana no exílio. No início de 1895, depois de anos de organização, Martí lançou uma invasão em três frentes da ilha.<ref name="books.google.com">{{Harvnb|Trask|1996|pp=[http://books.google.com/books?id=2f0Gf0DQfmUC&pg=PA2 2–3]}}</ref>
 
O plano chamado para um grupo de [[Santo Domingo]] liderado por [[Máximo Gómez]], um grupo da [[Costa Rica]] conduzida por [[Antonio Maceo Grajales]], e outra dos Estados Unidos (preventivamente frustrada por autoridades norte-americanas na Flórida) para desembarcar em diferentes lugares da ilha e provocar uma revolta. Enquanto a sua chamada para a revolução, o ''grito de Baíre'', foi bem sucedida, o resultado não foi a grande demonstração de força que Martí esperava. Com uma vitória rápida efetivamente perdida, os revolucionários se estabeleceram em lutar uma campanha de guerrilha prolongada.<ref name="books.google.com"/>
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[[Antonio Cánovas del Castillo]], o arquiteto da Restauração de Constituição da Espanha e o primeiro-ministro na época, ordenou o General [[Arsenio Martínez-Campos Antón]], um veterano ilustre da guerra contra a revolta anterior em Cuba, para sufocar a revolta. A relutância de Arsenio Martínez para aceitar sua nova missão e seu método de conter a revolta da província de [[Oriente (antiga província)|Oriente]] lhe rendeu críticas na imprensa espanhola.<ref name="online">Jonathan Krohn, "Review of Tone, John Lawrence, ''War and Genocide in Cuba 1895–1898''. "H-War, H-Net Reviews." May, 2008. [http://www.h-net.org/reviews/showrev.php?id=14509 online]</ref>
 
A crescente pressão obrigou Cánovas para substituir o General Arsenio Martínez com o general [[Valeriano Weyler 1º Duque de Rubí|Valeriano Weyler]], um soldado que tinha experiência em sufocar rebeliões nas províncias ultramarinas e da metrópole espanhola. Weyler privou a insurgência de armas, suprimentos e assistência, ordenando os moradores de alguns bairros cubanos para se deslocar para áreas de reconcentração perto do quartel-general militar.<ref name="online"/> Esta estratégia foi eficaz em retardar a propagação da rebelião. Nos Estados Unidos estafoi alimentado o fogo da propaganda anti-espanhola.<ref>{{Harvnb|Trask|1996|pp=[http://books.google.com/books?id=2f0Gf0DQfmUC&pg=PA8 8–10]}}; {{Harvnb|Carr|1982|pp=379–388}}.</ref> Em um discurso político o presidente William McKinley usou isso paracondenou ramas ações espanholas contra rebeldes armados. Ele mesmo disse que isso "não foi guerra civilizada", mas "extermínio"<ref>{{cite web|url=http://www.presidency.ucsb.edu/ws/index.php?pid=29538|title=William McKinley : First Annual Message|date=December 6, 1897|publisher=[[The American residency Project]]}}</ref><ref>{{citation|author=James Ford Rhodes|title=The McKinley and Roosevelt Administrations 1897–1909|url=http://books.google.com/?id=em-5IEHHTAUC|year=2007|publisher=READ BOOKS|isbn=978-1-4067-3464-5|pages=[http://books.google.com/books?id=em–5IEHHTAUC&pg=PA44 44]}}, citing an annual message delivered December 6, 1897 from {{citation|author=French Ensor Chadwick|title=The relations of the United States and Spain: diplomacy|url=http://books.google.com/?id=ozGTAAAAIAAJ|year=1968|publisher=Russell & Russell}}</ref>
 
=== Atitude espanhola ===
[[Imagem:La fallera de l'oncle Sam.JPG|thumb|370px|Um desenho satírico publicado em ''[[La Campana de Gràcia]]'' (1896), critica o comportamento dos Estados Unidos em relação a Cuba. O texto abaixo lê: "Mantenha a ilha para que ele não vai se perder."]]
O governo espanhol considerou Cuba como uma província da Espanha, em vez de uma colônia, e dependia dele para o prestígio e do comércio e, como um campo de treinamento para o exército. Primeiro-ministro Cánovas del Castillo, anunciou que "a nação espanhola está disposta a sacrificar até a última peseta do seu tesouro e até a última gota de sangue do último espanhol antes de consentir que alguém arrebatar a partir dele mesmo um pedaço de seu território."<ref>Quoted in {{Harvnb|Trask|1996|p=[http://books.google.com/books?id=2f0Gf0DQfmUC&pg=PA6 6]}}</ref> Ele tinha muito tempo dominado e estabilizado a política espanhola. Elee foiacabou assassinado em 1897, deixando um sistema político espanhol que não era estável e não podia correr o risco um golpe para o seu prestígioinstável.<ref>Octavio Ruiz, "Spain on the Threshold of a New Century: Society and Politics before and after the Disaster of 1898," ''Mediterranean Historical Review'' (June 1998), Vol. 13 Issue 1/2, pp 7–27</ref>
 
=== Resposta dos Estados Unidos ===
A erupção da revolta cubana, as medidas de Weyler, e a fúria popular nos eventos de chicoteado até provouprovaram ser uma benção para a indústria de jornais na cidade de [[Nova Iorque]], onde [[Joseph Pulitzer]] do ''[[New York World]]'' e [[William Randolph Hearst]] do ''[[New York Journal American]]'' reconheceureconheceram o potencial para grandes manchetes e histórias que iriairiam vender muitas cópias. Ambos os documentosjornais abrangiam abrangiasas ações da Espanha e as táticas de Weyler de uma forma que confirmouconfirmaram a atitude depreciativa popularespopular em direção a Espanha na América. Nas mentes, livros escolares e bolsas de estudo do público em sua maioria protestante dos Estados Unidos, o império espanhol católico era atrasado, a uniãoutilização imoraldos construídaíndios nascomo costasescravos dosera índios escravizadosimoral e era financiado com o ouro roubado dos colonos americanos.<ref>Richard L. Kagan, "Prescott's Paradigm: American Historical Scholarship and the Decline of Spain," The American Historical Review 101, no. 2 (April 1996): 423–46.</ref>
 
Os Estados Unidos tinham interesses econômicos importantes que estavam sendo prejudicados pelo conflito prolongado e o aprofundamento das incertezas sobre o futuro de Cuba. Empresas de transporte que dependiam fortemente do comércio com Cuba sofreram grandes perdas, comojá que o conflito continuacontinuava sem solução.<ref>O comércio com Cuba caiu por mais de dois terços de um máximo de 100 milhões de dólares. {{Harvnb|Offner|2004|p=51}}.</ref> Estas empresas pressionaram o [[Congresso dos Estados Unidos|Congresso]] e o Presidente McKinley para buscar o fim da revolta. Outras preocupações das empresas norte-americanas, especialmente aquelas que tinham investido em açúcar cubano, olharam paraapoiaram o Império Espanhol para restaurar a ordem.<ref>David M. Pletcher, ''The Diplomacy of Trade and Investment: American Economic Expansion in the Hemisphere, 1865–1900'' (Columbia: University of Missouri Press, 1998).</ref> Estabilidade, e não a guerra, foi o objetivo de ambos os interesses. Como a estabilidade seria alcançada vaiiria depender em grande parte da capacidade da Espanha e os Estados Unidos para resolver suas questões diplomaticamente.
 
Presidente McKinley, bem consciente da complexidade política em tornoentorno do conflito, queriadesejava acabar com a revolta pacificamente. Ameaçando a considerar o reconhecimento do estatuto de beligerante de Cuba, e, assim, permitindo que o rearmamento legal de insurgentes cubanos por empresas norte-americanas, ele enviou [[Stewart L. Woodford]] a Madrid para negociar um fim para o conflito. Com [[Práxedes Mateo Sagasta|Práxedes Sagasta]], um defensor aberto da autonomia cubana, agora primeiro-ministro da Espanha (o mais linha-dura Cánovas del Castillo havia sido assassinado antes de Woodford chegasse), a negociação correu bem. Autonomia cubana foi marcada para começar em 1 de janeiro de 1898.<ref>{{Harvnb|Offner|2004|pp=54–55}}.</ref>
 
=== USS ''Maine'' ===
{{Artigo principal|USS Maine (ACR-1)}}
[[Imagem:USSMaine.jpg|thumb|250px|O afundado [[USS Maine (ACR-1)|USS ''Maine'']] no [[porto de Havana]].]]
Onze dias depois de o governo autônomo de Cuba tomoutomar o poder, um pequeno motim eclodiu em [[Havana]]. OPensou-se motimque foio pensado quemotim tinha iniciadossido iniciado por oficiais espanhóis que se sentiram ofendidos com as críticas de jornais persistentes das políticas do general Valeriano Weyler.<ref name="google1996">{{Harvnb|Trask|1996|p=[http://books.google.com/books?id=2f0Gf0DQfmUC&pg=PA24 24]}}</ref> McKinley enviou então o USS ''Maine'' para Havana paraa fim de garantir a segurança dos cidadãos e dos interesses americanos.<ref name="google1996"/>
 
A necessidade de os Estados Unidos para enviarenviarem o ''Maine'' para Havana havia sidoera esperadoesperada há meses, mas o governo espanhol foi notificado apenas 18 horas antes da sua chegada, o que era contráriacontrário à convenção diplomática. Os preparativos para o possível conflito começoucomeçaram em outubro de 1897, quando McKinley organizou o ''Maine'' para ser implantado em [[Key West (Flórida)|Key West]], [[Florida]],<ref name="google1996"/> como parte de um maior, auma implantação global do poder naval dos Estados Unidos para atacar simultaneamente em várias frentes, se a guerra não fosse evitada. Enquanto o ''Maine'' estava a esquerda de Flórida, uma grande parte do Esquadra do Atlântico Norte foi transferida para Key West e no [[Golfo do México]]. Outros também foram transferidos ao largo da costa de [[Lisboa]], e ainda outros foram transferidos para [[Hong Kong]].<ref name=offner2004p56>{{Harvnb|Offner|2004|p=56}}.</ref>
 
Às 21:40 de 15 de fevereiro de 1898, o ''Maine'' afundou no [[porto de Havana]], depois de sofrer uma enorme explosão. Enquanto McKinley pregou paciência, a notícia da explosão e pela morte de 266 marinheiros, a opinião pública americana para exigirexigiu uma resposta rápida beligerante. McKinley pediu ao Congresso para reservar US$50 milhões para a defesa, eque o Congressofoi votouaprovado por unanimidade. A maioria dos líderes da América tomoutomaram a posição de que a causa da explosão era desconhecida, mas a atenção do público foiera agora cravada sobre a situação da Espanha não conseguir encontrar uma solução diplomática para evitar a guerra. Ele apelou para as potências europeias, os quais aconselhouaconselharam a Espanha a recuar e evitar a guerra.
 
A investigação da Marinha dos Estados Unidos, divulgada em 28 de março, concluiu que os paióis do navio foram acesas quando uma explosão externa foi detonada sob o casco do navio. Este relatório derramou combustível sobre a indignação popular nos Estados Unidos, tornando a guerra inevitável.<ref name=offner2004p57>{{Harvnb|Offner|2004|p=57}}. Para um ponto de vista minoritário que minimiza o papel da opinião pública e afirma que McKinley temiam os cubanos ganhariam a insurgência antes de os Estados Unidos poderiam intervir, veja Louis A. Pérez, "The Meaning of the Maine: Causation and the Historiography of the Spanish–American War," ''The Pacific Historical Review,'' Vol. 58, No. 3 (Aug., 1989), pp. 293–322.</ref> A investigação da Espanha chegou à conclusão oposta: a explosão foi originada dentro do navio. Outras investigações em anos mais tarde veiochegaram a várias conclusões contraditórias, mas não teve influência sobre a vinda da guerra. Em 1974, o almirante [[Hyman Rickover|Hyman George Rickover]] teve seu olharanalisou pessoalpessoalmente emos documentos e resolveuentendeu que houve uma explosão interna. Um estudo encomendado pela revista [[National Geographic (revista)|''National Geographic'']] em 1999, usando AME modelagem computacional, afirmou que a explosão pode ter sido causada por uma mina, mas não há evidência definitiva que comprove.<ref>Para um resumo de todos os estudos veja [http://loc.gov/law/help/usconlaw/pdf/Maine.1898.pdf Louis Fisher, "Destruction of the Maine (1898)" (2009)]</ref>
 
=== Declarando guerra ===
Após o ''Maine'' ser destruído,<ref>{{citation|url=http://www.history.navy.mil/faqs/faq71-2.htm|title=Casualties on USS Maine|publisher=Naval Historical Center, Department of the Navy|accessdate=2007-12-20}}</ref> editores de jornais Hearst e Pulitzer decidiram que os espanhóis eram os culpados, e divulgaram esta teoria como um fato em seus jornais de Nova Iorque usando historiashistórias sensacionalistas e surpreendentes de "atrocidades" cometidas pelos espanhóis em Cuba. SuaExageraram imprensasobre exagerou doo que estava acontecendo e de como os espanhóis tratavam os prisioneiros cubanos.<ref>Ruiz, Vicki L. 2006. "Nuestra América: Latino History as United States History." Journal of American History P.655</ref> As histórias foram baseadas em verdade, mas escritas com linguagem incendiária provocando respostas emocionais e muitas vezes acaloradas entre os leitores. Um mito comum é a resposta de estado,Hearst oao parecer do seu ilustrador [[Frederic Remington]], de que as condições em Cuba não bastassebastavam àspara levar a hostilidades, Hearstentre a Espanha e os Estados respondeuUnidos: "Você fornecerfornece as imagens e eu vou fornecer a guerra."<ref>{{cite web|url=http://academic2.american.edu/~wjc/wjc3/notlikely.htm|title=Not likely sent: the Remington-Hearst "telegrams"|first=W. Joseph|last=Campbell|date=August 2000|work=Journalism and Mass Communication Quarterly|accessdate=2008-09-06}}</ref>
 
Este novo "[[Imprensa marrom|jornalismo amarelo]]" (ou imprensa marron) foi, no entanto, incomum fora de Nova Iorque, e os historiadores não consideram a principal força de formação doda humoropinião pública nacional americana.<ref>{{harvnb|Smythe|2003|p=192}}.</ref> A opinião públicaPorém, em todo o país fizeramos aamericanos exigiam demandauma ação imediata, oprimindo os esforços do presidente McKinley, do [[Presidente da Câmara dos Representantes dos Estados Unidos|presidente da Câmara]] [[Thomas Brackett Reed]], e a comunidade empresarial para encontrar uma solução negociada.
 
Um discurso proferido pelo senador [[Partido Republicano (Estados Unidos)|republicano]] [[Redfield Proctor]] de [[Vermont]] em 17 de março de 1898, cuidadosamente analisadaanalisou a situação, concluindo que a guerra era a única resposta. O discurso ajudou a proporcionar um impulso final para os Estados Unidos a declarar guerra.<ref name="cubarmy">{{Harvnb|Dyal|1996}}</ref>{{rp|1=[http://books.google.com.ph/books?id=1wv5KHk2_dsC&pg=PA210 210]}} Muitos no negócioempresários e comunidades religiosas, que tinham, até então, se opunhamoposto aà guerra, mudaram de lado, deixando o presidente McKinley e Reed quase sozinhos em sua resistência a uma guerra.<ref>{{Harvnb|Offner|1992|pp=131–35}}; Michelle Bray Davis and Rollin W. Quimby, "Senator Proctor's Cuban Speech: Speculations on a Cause of the Spanish–American War," ''Quarterly Journal of Speech'' 1969 55(2): 131–141. ISSN 0033-5630.</ref> Em 11 de abril, McKinley terminou a sua resistência e pediu ao Congresso a autorização para enviar tropas americanas para Cuba para acabar com a guerra civil, sabendo que o Congresso iria forçar uma guerra.
 
[[Imagem:Spanish American War transport Seneca.jpg|thumb|right|250px|O navio de transporte americano ''Seneca'', um navio fretado que transportava tropas para Porto Rico e Cuba.]]
Em 19 de abril, enquanto o Congresso estava pensando em resoluções conjuntas de apoio aà independência cubana, o senador republicano [[Henry M. Teller]] de [[Colorado]] propôs a [[Emenda Teller]] para garantir que os Estados Unidos não estabelecesse oestabelecessem controle permanente sobre Cuba após a guerra. A alteração, negando qualquer intenção de anexar Cuba, foi aprovada pelo Senado por 42-35; dasendo que a Câmara concordou no mesmo dia, por 311-6. A resolução alterada exigiuexigia a retirada espanhola e autorizando o Presidente a usar a força militar muito que ele consideravaconsiderasse necessária para ajudar Cuba no ganho deda independência daem relação à Espanha. Presidente McKinley assinou a resolução conjunta em 20 de abril de 1898, e o ultimato foi enviado para ao Espanhavelho continente. Em resposta, a Espanha rompeu relações diplomáticas com os Estados Unidos no dia 21 de abril. No mesmo dia, a Marinha os Estados Unidos iniciaraminiciarou um bloqueio aà Cuba.<ref name="trask57">{{Harvnb|Trask|1996|p=[http://books.google.com/books?id=2f0Gf0DQfmUC&pg=PA57 57]}}</ref> Espanha declarou guerra em 23 de abril. Em 25 de abril, o Congresso declarou que o estado de guerra entre os Estados Unidos e a Espanha já existia desde 21 de abril, o dia em que o bloqueio de Cuba tinha começado.<ref name="trask57"/>
 
A Marinha estava pronta, mas o Exército não estava bem preparado para a guerra e fez mudanças radicais nos planos e suprimentos rapidamente adquiridos. Na primavera de 1898, a força do exército regular dos Estados Unidos tinha apenas 28.000 homens. O Exército queria 50.000 novos homens, mas recebeu mais de 220.000, através de voluntários e a mobilização de unidades da [[Guarda Nacional dos Estados Unidos|Guarda Nacional do Estado]].<ref>Graham A. Cosmas, ''An Army for Empire: The United States Army and the Spanish–American War'' (1971) ch. 3–4</ref>
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=== Filipinas ===
[[Imagem:Pacifico-98.jpg|thumb|350px|O teatro do Pacífico da Guerra Hispano-Americana.]]
Nos 300 anos de domínio espanhol, o país desenvolvidose a partirdesenvolveu de uma pequena colônia no exterior governadoextremo do [[Vice-Reino da Nova Espanha]] para uma terra com elementos modernos nas cidades. As classes médias de língua espanhola do século XIX eram em sua maioria educados nas idéias liberais vindas da Europa. Entre estes ilustrados foi o Filipino herói nacional [[José Rizal]], que exigiu maiores reformas das autoridades espanholas. Este movimento levou à [[Revolução Filipina]] contra o domínio colonial espanhol. A revolução estava em um estado de [[Cessar-fogo|trégua]] desde a assinatura do [[Pacto de Biak-na-Bato]] em 1897, com os líderes revolucionários que têm aceito o exílio fora do país.
 
[[Imagem:USS Olympia art NH 91881-KN cropped.jpg|thumb|250px|A [[Batalha de Cavite|Batalha da Baía de Manila]].]]
A primeira batalha entre as forças americanas e espanholas foi na [[Batalha de Cavite|Baía de Manila]], onde, em 1 de maio, [[Comodoro (patente)|Comodoro]] [[George Dewey]], comandando a Esquadra Asiática da Marinha os Estados Unidos a bordo do {{USS|Olympia|C-6|6}}, em questão de horas derrotou uma esquadra espanhola sob o almirante [[Patricio Montojo]]. Dewey conseguiu isso com apenas nove feridos.<ref>[http://www.history.navy.mil/faqs/faq84-1.htm Battle of Manila Bay, May 1, 1898], Department of the Navy – Naval Historical Center. Retrieved on October 10, 2007</ref><ref>[http://www.wtj.com/archives/dewey2.htm The Battle of Manila Bay by Admiral George Dewey], ''The War Times Journal''. Retrieved on October 10, 2007</ref> Com a apreensão alemã de [[Qingdao|Tsingtao]], em 1897, a esquadra de Dewey tornou-se a única força naval no Extremo Oriente, sem uma base local própria, e foi cheia de carvão e problemas de munições.<ref name=AHRJune1988p659>{{citation|title=American Imperialism: the Worst Chapter in Almost Any Book|author=James A. Field, Jr.|journal=The American Historical Review|volume=83|issue=3|month=June|year=1978|page=659|doi=10.2307/1861842|jstor=1861842|publisher=American Historical Association}}</ref> Apesar desses problemas, a Esquadra Asiática não só destruiu a frota espanhola, mas também capturou o porto de Manila.<ref name=AHRJune1988p659/>
 
Após a vitória de Dewey, Baía de Manila estava cheia de navios de guerra da Grã-Bretanha, Alemanha, França e Japão.<ref name=AHRJune1988p659/> A frota alemã de oito navios, aparentemente em águas filipinas para proteger os interesses alemães, agindo provocativamente, cortando na frente de navios americanos, recusando-se a saudar a bandeira dos Estados Unidos (de acordo com os costumes de cortesia naval).{{#tag:Ref|Dewey caracterizou os interesses alemães como uma única empresa de importação; Almirante [[Otto von Diederichs]] respondeu com uma lista de onze.<ref>{{Harvnb|Wionzek|2000|p=x}}.</ref>}}