Luís de Camões: diferenças entre revisões

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[[Ficheiro:Jeronimos 12.jpg|thumb|left|250px|Túmulo do poeta no [[Mosteiro dos Jerónimos]].]]
 
Viveu seus anos finais num quarto de uma casa próxima da [[Convento de Santana|Igreja de Santa Ana]], num estado, segundo narra a tradição, da mais indigna pobreza, ''"sem um trapo para se cobrir"''. Le Gentil considerou essa visão um exagero romântico, pois ainda podia manter o escravo [[Jau]], que trouxera do oriente, e documentos oficiais atestam que dispunha de alguns meios de vida. Depois de ver-se amargurado pela derrota portuguesa na [[Batalha de Alcácer-Quibir]], onde desapareceu D. Sebastião, levando Portugal a perder sua independência para [[Espanha]], adoeceu, segundo Le Gentil, de [[peste]]. Foi transportado para o hospital,<ref>Fray Josepe Indio, um religioso que afirmou ter estado presente no leito de morte de Camões, traz credibilidade à história de o poeta ter morrido num hospital, ao escrever: ''"Que cosa mas lastimosa que ver un tan grande ingenio mal logrado! yo lo bi morir en un hospital en Lisbon, sin tener una sauana con que cubrirse, despues de aver triunfado en la India oriental y de aver navigado 5500 leguas por mar: que auiso tan grande para los que de noche y de dia se cançan estudiando sin provecho como la araña en urdir tellas para cazar moscas."'' Reportado em Joze Maria de Souza-Botelho (Morgado de Matteus), ''Os Lusiadas, Poema Epico'' (Didot, 1818), p. lxiii.</ref> e faleceu em 10 de junho de 1580, sendo enterrado, segundo [[Manuel de Faria e Sousa|Faria e Sousa]], numa campa rasa na [[Convento de Santana|Igreja de Santa Ana]], ou no cemitério dos pobres do mesmo hospital, segundo [[Teófilo Braga]].<ref>[http://books.google.es/books?hl=pt-BR&lr=&id=dqg4AAAAYAAJ&oi=fnd&pg=PA1&dq=%22camoes%22+lusiadas&ots=tZG7WV6roT&sig=8kM7pMEiloy-qzzlgZhUVVL_4ss#v=onepage&q&f=false Mourão e Vasconcelos, pp. 44-45]</ref><ref>[http://books.google.com/books?id=ApgtGMkV_DEC&pg=PP1&dq=cam%C3%B5es&lr=&as_drrb_is=b&as_minm_is=0&as_miny_is=1950&as_maxm_is=0&as_maxy_is=2010&as_brr=3&hl=pt-BR&cd=4#v=onepage&q&f=false Le Gentil, pp. 30-32]</ref> A sua mãe, tendo-lhe sobrevivido, passou a receber a sua pensão em herança. Os recibos, encontrados na [[Torre do Tombo]], documentam a data da morte do poeta,<ref name="Fernandes"/> embora tenha sido preservado um [[epitáfio]] escrito por D. Gonçalo Coutinho, onde consta, erroneamente, como tendo falecido em 1579.<ref>[http://books.google.es/books?hl=pt-BR&lr=&id=dqg4AAAAYAAJ&oi=fnd&pg=PA1&dq=%22camoes%22+lusiadas&ots=tZG7WV6roT&sig=8kM7pMEiloy-qzzlgZhUVVL_4ss#v=onepage&q&f=false Mourão e Vasconcelos, p. 45]</ref> Depois do [[terramoto de 1755]], que destruiu a maior parte de Lisboa, foram feitas tentativas para se reencontrar os despojos de Camões, todas frustradas. A ossada que foi depositada em 1880 numa tumba no [[Mosteiro dos Jerónimos]] é, com toda a probabilidade, de outra pessoa.<ref>[http://books.google.com/books?id=ApgtGMkV_DEC&pg=PP1&dq=cam%C3%B5es&lr=&as_drrb_is=b&as_minm_is=0&as_miny_is=1950&as_maxm_is=0&as_maxy_is=2010&as_brr=3&hl=pt-BR&cd=4#v=onepage&q&f=false Le Gentil, pp. 32-33]</ref>
 
==Aparência, carácter, amores e iconografia==