Paz Eterna (532): diferenças entre revisões
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{{Info/Tratado
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A '''Paz Eterna''' ({{langx|el|ἀπέραντος εἰρήνη}}{{harvref|Procópio de Cesareia|século VI|p=I.XXII.17}}), assinada em 532 entre o [[Império Bizantino]] e o [[Império Sassânida]], foi um tratado de paz de duração indefinida, que concluiu a [[Guerra Ibérica]] (527-531) entre os dois poderes. Anunciou um período de relações relativamente cordiais, mas durou apenas até 540, quando hostilidades recomeçaram sobre o controle de [[Lázica]].
== História ==
A Guerra Ibérica, provocada pela revolta dos ibéricos contra os persas em 524/525, tinha sido largamente indecisiva: os persas rapidamente esmagaram a revolta, mas foram incapazes de fazer qualquer ganho em território bizantino, exceto em dois fortes, Escanda e Sarapanis, em Lázica. Os bizantinos recuperaram de alguns reveses iniciais, infligindo duas grandes derrotas aos persas em 530 em [[Batalha de Dara|Dara]] e [[Batalha de Satala (530)|Satala]]. Em seu rescaldo, eles ganharam os fortes fronteiriços de [[Bolo (fortaleza)|Bolo]] e [[Farângio]] (atual [[İspir]]), na [[Armênia persa]], mas foram, por sua vez, derrotados em [[Batalha de Calínico|Calínico]] em 532. Ao longo destes conflitos, períodos de trégua e negociações foram intercalados com campanhas, mas estes levaram a nenhum resultado concreto.{{harvref|Greatrex|2002|p=82-96}}▼
▲[[Imagem:Roman-Persian Frontier in Late Antiquity-pt.svg|thumb|Fronteira romano-persa entre os séculos IV-VII]]
[[Imagem:IUSTINIANUS I - CONOB DOC 7 - 851082.jpg|thumb|upright=1.05|[[Soldo (moeda)|Soldo]] de [[Justiniano]] {{nwrap|r.|527|565}}]]
▲A Guerra Ibérica, provocada pela revolta dos ibéricos contra os persas em 524/525, tinha sido largamente indecisiva: os persas rapidamente esmagaram a revolta, mas foram incapazes de fazer qualquer ganho em território bizantino, exceto em dois fortes, Escanda e Sarapanis, em Lázica. Os bizantinos recuperaram de alguns reveses iniciais, infligindo duas grandes derrotas aos persas em 530 em [[Batalha de Dara|Dara]] e [[Batalha de Satala (530)|Satala]]. Em seu rescaldo, eles ganharam os fortes fronteiriços de Bolo e [[Farângio]] (atual [[İspir]]), na [[Armênia persa]], mas foram, por sua vez, derrotados em [[Batalha de Calínico|Calínico]] em 532. Ao longo destes conflitos, períodos de trégua e negociações foram intercalados com campanhas, mas estes levaram a nenhum resultado concreto.{{harvref|Greatrex|2002|p=82-96}}
[[Imagem:Khosrawi.jpg|thumb|upright=1.05|Moeda com efígie de [[Cosroes I]] {{nwrap|r.|531|579}}]]
Com a morte do [[xá sassânida]]
Os dois governantes reconheceram mais uma vez um ao outro como iguais e prometeram assistência mutua. Os anos seguintes foram marcados por uma atmosfera extremamente cordial e cooperação entre os dois grandes poderes do [[Oriente Médio]]. Durante este tempo, contudo, como Justiniano focou suas energias e recursos nas guerras de reconquista contra os [[Reino Vândalo|vândalos]] e na [[península Itálica]] contra os [[Reino Ostrogótico|ostrogodos]], as defesas do Oriente foram negligenciadas. Isto mostrou-se uma oportunidade de ouro para Cosroes, que, instado por emissários godos, e ansioso para encher os cofres do Estado com butim, começou uma [[Guerra Lázica|nova guerra]] no verão de 540.<ref name=Mass488 />{{harvref|Greatrex|2002|p=97-102}}
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