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Malinalli não era indígena. Era uma princesa, filha de Tetcozingo e Ikoki. Foi vendida pela mãe aos 14 anos, logo após a morte do pai.
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[[Ficheiro:Malinche Tlaxcala.jpg|thumb|Malinche e [[Cortés]] na cidade de [[Tlatelolco]], num desenho retirado da [[História de Tlaxcala]]]]
Malinalli, filha de Tetcozingo, nasceu provavelmente em 1504, em Panalla — atual região de Veracruz —, no atual estado de Tabasco, na fronteira entre o antigo Império Asteca e o país maia. Teve uma infância feliz ao lado da mãe, Ikoki, e do adorado pai. Ele lhe falava sobre os deuses e os deveres dos seres humanos um para com o outro, e lhe contava a história do seu povo. Quando completou 7 anos, foi celebrada uma grande festa em sua honra, “a cerimônia do nome escondido”. Esse nome secreto — “bela que é destinada a um país vermelho e dourado” — profetizava um destino excepcional, o que foi confirmado pelos adivinhos. No entanto, seu pai estava apreensivo, pois os acontecimentos funestos multiplicavam-se: a terra tremeu e o vulcão Ixtaccihuatl cuspia fogo. Um estranho cometa também surgiu no céu. Além disso, o rei de Texcoco, Nezahualpilli, que possuía o dom da vidência, previu calamidades. Montezuma II, o imperador asteca, também se mostrou muito preocupado diante daqueles sinais nefastos.
'''Malinche''' ([[1496]] – [[1529]] ou [[1551]]), também conhecida como '''Malintzin''' e '''Doña Marina''', foi uma indígena (certamente da etnia [[Nahua]]) da costa do [[Golfo do México]], que acompanhou [[Hernán Cortés]] e teve um papel decisivo no auxílio da [[Conquista do México]], uma vez que falava ao menos três línguas.
 
Malinalli perdeu o pai no início de 1515, quando tinha apenas 11 anos de idade. Estava arrasada, tomada pela tristeza. Inversamente, após o período oficial de luto, sua mãe passou a dar festas em seu palácio, convidando príncipes, e conheceu um certo Cuitlazin, com quem se casaria dois anos mais tarde.
A expressão ''la malinche!'' às vezes é utilizada no sentido de ''tradutor, traidor!''<ref> [http://www.tihof.org/honors/malinche-esp.htm La Malinche: Creadora o traidora?] (texto em [[Língua castelhana|castelhano]])</ref><ref> [http://www.tihof.org/honors/malinche.htm La Malinche: Creator or traitor?] (texto em [[Língua inglesa|inglês]])</ref> no [[México]] e em países adjacentes. Isto é, universalmente, quando e se alguém atuar como intérprete ou [[tradutor]], servindo de ponte entre dois ou mais grupos culturais e lingüísticos, presumidamente, ele ou ela pode ou deve ser tido como um inimigo e traidor de uma das partes, tratando-se nestas ocasiões do conceito clássico da confusão da [[mensagem]] com o [[mensagem|mensageiro]]. Para muitos mexicanos, Malinche foi uma traidora pois passou para o lado espanhol.
 
'''Vendida pela própria mãe''' 
 
Quando nasceu um menino dessa segunda união, a mãe decidiu se livrar da pequena Malinalli. Dando-a como morta, vendeu-a para um mercador de escravos, aos 14 anos. Algum tempo depois, a menina foi comprada por Chocanputun, um cacique de Tabasco. Malinalli foi colocada em uma escola de cortesãs. Aprendeu a servir, a ser simpática e educada; praticou canto, dança e música, do que gostava; e estudou a linguagem mayachontal. A jovem princesa não estava muito insatisfeita com a vida que levava, pois podia se instruir e se vestir elegantemente. Além disso, ela surpreendia as pessoas à sua volta com seus diversos talentos.
 
Seu destino sofreria uma nova guinada com a chegada dos conquistadores espanhóis. Em 18 de fevereiro de 1519, Hernán Cortez, a serviço do imperador Carlos V, deixou a ilha de Cuba e partiu para a conquista da Nova Espanha. Após alguns dias de navegação, chegou à ilha de Cozumel, ao largo da península de Yucatán, com seus 11 navios e 400 soldados. Desembarcou com alguns homens e resgatou Jerônimo de Aguilar, um espanhol capturado pelos maias durante uma expedição anterior. Em seguida, Cortez deu ordem para zarpar, navegando ao longo da costa de Tabasco.
 
Ele fez escala perto da foz do rio Grijalva. Canoas vieram ao encontro daquelas estranhas embarcações com velas enormes. Um cacique se adiantou, como era o costume, trazendo presentes: ouro, prata, pedras preciosas, mas também 20 jovens mulheres índias, entre as quais a bela Malinalli. Ela ainda não tinha 17 anos.
 
Antes de seguir viagem, Cortez convidou seus tenentes para partilhar as mulheres. Malinalli destacou--se por sua beleza, mas também por sua gentileza. Todos a admiraram e a respeitaram. Ela, no entanto, não sabia o que pensar daqueles homens vestidos de armaduras que brilhavam ao sol, mas se sentiu protegida e a salvo da condição de cortesã à qual parecia destinada.
 
== Malinche ==
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== Referências ==
 
<references group="HISTÓRIA VIVA:http://www2.uol.com.br/historiaviva/reportagens/a_princesa_escrava_que_ajudou_a_derrubar_montezuma.html" />
<references/>
 
[[Categoria:História do México]]