A. C. Grayling: diferenças entre revisões

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== Juventude e Educação ==
Grayling nasceu e foi criado em Luanshya, Rodésia do Norte (atual Zâmbia), dentro da comunidade expatriada Britânica, enquanto seu pai trabalhava para o ''Standard Chartered Bank''. <ref> Treharne, Rhys. [4http://www.varsity.co.uk/features/2697 "The Interview: A. C. Grayling"], Varsity, 19 October 2010.</ref> Ele participou de várias escolas de embarque, incluindo o ''Falcon College'', em Zimbabwe, no qual fugiu após ser açoitado. <ref> Lacey, Hester. [5http://www.ft.com/cms/s/2/738df0c8-9177-11e0-b1ea-00144feab49a.html#axzz1OvYJMIyS "The Inventory: Anthony Grayling"], The Financial Times, 10 June 2011.</ref> A sua primeira exposição a escrita filosófica foi na idade de doze anos, quando ele encontrou uma tradução em Inglês do Cármides, um dos diálogos de Platão, em uma biblioteca local. [4] Aos quatorze anos, ele leu a História da Filosofia do Biógrafo G.H. Lewes (1846), que confirmou a sua ambição por estudar filosofia; ele disse que isto "sobrepôs a ordem na leitura aleatória que o havia precedido, e estabeleceu-se como minha vocação." [6]<ref> Grayling, A.C. Life, Sex, and Ideas: The Good Life Without God. University of Oxford Press, 2002, p. 224.</ref>
 
Grayling é o terceiro irmão. Quando ele tinha 19 anos, sua irmã mais velha Jennifer foi assassinada em Joanesburgo. Ela tinha nascido com danos cerebrais, e depois de uma cirurgia no cérebro para aliviá-la com a idade de 20 teve problemas de personalidade experientes que levaram-na a vários comportamentos impróprios e um casamento prematuro. Ela foi encontrada morta em um rio logo após o casamento; ela tinha sido esfaqueada. Quando seus pais foram identificá-la, sua mãe teve um ataque cardíaco e morreu. Grayling disse ele lidou com seu pesar se tornando um trabalhador compulsivo. [7]<ref> Long, Camilla. "AC Grayling: Is it safe to come out now?", The Sunday Times, 12 June 2011.</ref>
 
Depois de se mudar para a Inglaterra em sua adolescência, ele passou três anos na Universidade de Sussex, mas disse que, embora ele apreciasse sua intenção de educar generalistas, ele queria ser um estudioso, portanto, além de seu Bacharelado da Sussex, ele também completou um extra em filosofia na Universidade de Londres. [5] Ele passou a obter um mestrado na Sussex, em seguida, participou do ''Magdalen College'', Oxford, onde foi ensinado por P.F. Strawson e A.J. Ayer, obtendo seu doutorado em 1981 com uma tese sobre "''O ceticismo epistemológico e os argumentos transcendentais''". [8]<ref> For his teachers, see Life, Sex, and Ideas: The Good Life Without God, p. 226.</ref>
 
=== Carreira ===
Grayling lecionou filosofia no ''St. Anne College'', Oxford, antes de assumir o cargo em 1991, no Birkbeck, Universidade de Londres, onde em 1998 tornou-se um leitor de filosofia, e professor em 2005 [9]<ref> Debrett's People of Today, 2009, p. 677.</ref>. Ele se demitiu do Birkbeck em junho de 2011 para tornar-se o primeiro mestre da ''New College of the Humanities'', uma faculdade de graduação independente de Londres. Ele é membro supranumerário do ''St. Anne College'', Oxford. Grayling também presidiu o conselho de juízes para o Prêmio Booker em 2014. <ref>[10http://www.themanbookerprize.com/news/meet-man-booker-prize-2014-judges Man Booker 2014 Judges]. Retrieved 2013-12-16</ref>
 
== Advocacia Pública ==
Para Grayling, o trabalho sobre problemas técnicos é apenas um aspecto da filosofia. Outro aspecto, um que tem estado no centro do lugar da filosofia da história e tem aplicação mais imediata para a vida diária: "Como se deve viver?", as questões de ética, que giram sobre o que Grayling chama de 'a grande questão socrática'. Em busca do que ele descreve como "contribuir para a que sociedade tenha conversas com si mesma sobre as possibilidades de uma boa vida em boas sociedades". Grayling escreve amplamente sobre questões contemporâneas, incluindo crimes de guerra, legalização das drogas, eutanásia, secularismo e direitos humanos. Ele articulou posições sobre ética humanista e sobre a história e a natureza dos conceitos de liberdade aplicada na vida cívica. Em apoio a sua crença de que o filósofo deve participar do debate público, ele traz essas perspectivas filosóficas para as questões do dia em seu trabalho como escritor e comentarista de rádio e televisão.
 
Entre suas contribuições para a discussão sobre a religião na sociedade contemporânea, ele argumenta que há três questões distintas, embora estejam naturalmente ligadas:<blockquote>(a) um debate metafísico sobre o que o universo contém; como negar que ele contém agentes sobrenaturais de qualquer tipo; isso faz dele um ateu;</blockquote><blockquote>(b) um debate sobre a base da ética; tomar o mundo como sendo um reino natural composto de leis naturais exige que a humanidade pense por si mesma sobre o certo e o bom, com base em nossa melhor compreensão da natureza humana e da condição humana; isto faz dele um humanista;</blockquote><blockquote>(c) um debate sobre o lugar dos movimentos religiosos e organizações do domínio público; como Grayling argumenta que estes devem ver a si mesmos como organizações da sociedade civil em pé de igualdade com os sindicatos e outras ONGs, com todo o direito de existir e de ter uma palavra a dizer, mas não mais certo do que qualquer outro, o interesse de grupos auto-selecionados e auto-constituídos</blockquote>Sobre este último ponto, a visão de Grayling é que, por razões históricas, as religiões têm um lugar exagerado no domínio público fora de qualquer proporção com o número de seus seguidores ou os seus méritos intrínsecos, de modo que a sua voz é influenciada e amplificada desproporcionalmente: com o resultado que eles podem distorcer tais assuntos como política pública (por exemplo, sobre o aborto) investigação científica e educacional (por exemplo, sobre as células-tronco ou o ensino de evolução). Ele argumenta que ganhar os debates metafísicos e éticos, devemos diminuir os problemas associados com (c) nas sociedades ocidentais mais avançadas, até mesmo os EUA. Ele vê o seu próprio contributo como importante para a promoção da compreensão da ética humanista decorrente da tradição filosófica. <ref> Aitkenhead, Decca. [11http://www.guardian.co.uk/books/2011/apr/03/grayling-good-book-atheism-philosophy "AC Grayling: 'How can you be a militant atheist? It's like sleeping furiously'"], The Guardian, 3 April 2011.</ref>
 
Entre 1999 e 2002 Grayling escreveu uma coluna semanal no The Guardian chamado "''The Last Word''", no qual ele voltou sua atenção para um tema diferente a cada semana. Nessas colunas, que também cria a base de uma série de livros para um grande público, começando com o ''The Meaning of Things'' em 2001, Grayling deu o básico de filosofia disponível para o público leigo. Ele foi colaborador regular do blog do ''The Guardian'' "''Comment is Free''", e escreve colunas para, entre outras, a ''Prospect Magazine'' e ''New Scientist''.
 
Grayling é credenciado com o Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas, e é um patrono da ''British Humanist Association'', um Membro Honorário da ''National Secular'' ''Society'', patrono das Forças Armadas Britânicas e curador da Biblioteca de Londres. Ele também é membro da diretoria da Sociedade de Autores. Em 2003, ele foi juiz do ''Booker Prize''. Em 2005, Grayling debateu com o filósofo Cristão William Lane Craig sobre se Deus pode existir em um mundo mau. <ref>[12http://www.bethinking.org/suffering/advanced/bill-craig-vs-a-c-grayling-debate-transcript.htm "Suffering"]. Bethinking.org. 2011. Retrieved January 15, 2014.</ref> <ref>[13http://www.premierradio.org.uk/listen/ondemand.aspx?mediaid={F618B42A-0AE0-4483-BA6B-440406249B51} "Unbelievable? 5 Jul 2011 - William Lane Craig vs AC Grayling debate on God & Evil"]. Premier Christian Radio. Retrieved January 15, 2014.</ref>
 
O livro de Grayling sobre a ofensiva aérea estratégica aliada na Segunda Guerra Mundial, onde ele fala do bombardeio dos Aliados na Segunda Guerra Mundial (2006) foi bem recebido como um contributo para o debate sobre a ética da guerra. <ref>[14http://books.guardian.co.uk/reviews/politicsphilosophyandsociety/0,,1722904,00.html Charmley, John. Methods of Barbarism], The Guardian, 4 March 2006.</ref> Em setembro de 2010, Grayling foi uma das 55 figuras públicas que enviaram uma carta ao The Guardian expressando sua oposição ao Papa Bento XVI e sua visita de Estado ao Reino Unido. <ref>[http://www.guardian.co.uk/world/2010/sep/15/harsh-judgments-on-pope-religion "Harsh judgments on the pope and religion"], The Guardian, 15 September 2010.</ref> Em agosto de 2014, Grayling foi uma das 200 figuras públicas que foram signatárias a uma carta ao ''The Guardian'' contrários a independência escocesa no período que antecedeu o referendo de Setembro sobre essa questão. [16]<ref>[http://www.theguardian.com/politics/2014/aug/07/celebrities-open-letter-scotland-independence-full-text "Celebrities' open letter to Scotland – full text and list of signatories | Politics"]. theguardian.com. 2014-08-07. Retrieved 2014-08-26.</ref>
 
== Vida Pessoal ==
Grayling vive em Peckham com sua esposa, a romancista Katie Hickman. Eles têm uma filha, Madeleine, e um enteado, Lucas, ambos frequentando intercâmbio. Grayling também tem dois filhos adultos de seu primeiro casamento. <ref>[17http://www.ft.com/cms/s/2/9d3f6e78-fb44-11e1-87ae-00144feabdc0.html#axzz26G2Q6gDF Grayling profile at ft.com]</ref>
 
== Cargos Ocupados ==
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* Patrono da ''British Armed Forces Humanist Association'' ''UK Armed Forces Humanist Association'' (UKAFHA)
* Representante do Conselho das Nações Unidas por direitos humanos pela ''International Humanist and Ethical Union''
* Vice-presidente da ''British Humanist Association''. Em junho de 2011 ele havia anunciado que não seria mais Presidene da BHA.<sup><ref>[18http://humanism.org.uk/2011/06/17/news-781-2/ BHA, Anthony Grayling has decided not to take office as BHA President, 17 June 2011]</ref></sup>
* Membro do ''C1 World Dialogue group'' sobre relações entre o Islã e o Ocidente