Mosteiro de São Dinis: diferenças entre revisões

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Introdução de informação sobre o edifício.
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O mosteiro, da [[Ordem de Cister]], foi fundado por [[Dinis de Portugal|D. Dinis]]. A construção primitiva, em [[estilo gótico]], iniciou-se em 1295 e teve como arquitetos os mestres Antão Martins e Afonso Martins, e ainda Frei João Turriano, engenheiro-mor do reino. Devido à extensão dos danos causados pelo [[terramoto de 1755]], da construção gótica inicial restam apenas alguns troços dos claustros e a cabeceira da igreja – com o seu portal lateral sul –, constituída pela abside e capelas laterais, com [[abóbada|abóbadas]] de nervuras chanfradas. O mosteiro reflete a diversidade estilística das sucessivas intervenções a que foi submetido, apresentando, a par dos elementos tipicamente góticos da edificação inicial, outros de características [[manuelino|manuelinas]], [[barroco|barrocas]] e [[neoclassicismo|neoclássicas]].<ref name="Mosteiro">{{citar web|URL=http://www.mosteirodeodivelas.org/o-mosteiro-de-odivelas-e-as-suas-profundas-alteracoes/
|título=O mosteiro de Odivelas e as suas profundas alterações|autor=|data=|publicado=Mosteiro de Odivelas|acessodata=03-08-2015}}</ref>
 
==Edifício==
 
Localizado intencionalmente no coração do [[recinto odivelense]], o Mosteiro de S. Dinis e [[S. Bernardo]] implanta-se sobre uma antiga pedreira num terreno em ligeiro declive, enquadrado entre os montes de [[Nossa Senhora da Luz]] a Sul, [[Tojais]] a Nascente e S. Dinis a Ponte. Trata-se de um edifício retangular, constituído por duas torres flanqueadas que se decompõem em três naves.<ref>Barbosa, I. V . ''Mosteiro de Odivelas'', Ocidental, vol.IX . Lisboa: Alfa. 1886, p.40</ref>
O edifício apresenta uma planta retangular irregular, composta por dois claustros quadrangulares, dos quais algumas alas se prolongam para Norte e para Nascente, a primeira com dois braços adossados, de nave simples formada pela cabeceira, [[capela-mor]] e absidíolos, todos eles poligonais e por sacristia adossada à fachada lateral direita de volumes articulados e escalonados, com coberturas diferenciadas em telhados de duas (naves), três (sacristia) e cinco (cabeceira) águas.<ref>Barbosa, I. V. ''Mosteiro de Odivelas'', Ocidental, vol.IX. Lisboa: Alfa, 1886, p.55</ref>
 
A [[cabeceira]] é marcada por quatro corpos facetados, tendo, nos ângulos, [[contrafortes]]; alguns dos panos são rasgados por arcos apontados, sustentados por colunas, mas de dimensões distintas. Sobre a cabeceira, dois óculos circulares rasgam a parede sobre o arco triunfal.<ref>Figueiredo, B. ''O Mosteiro de Odivelas'': os casos de reis e memórias de freiras. Lisboa: Livraria Ferreira, 1889, pp. 15-18</ref>
 
Na [[capela]] absidial do lado do Evangelho localiza-se o túmulo D. Dinis, da 1ª metade do século XIV, importante monumento da tumulária medieval portuguesa (muito danificado pelo terramoto de 1755 e pelas invasões francesas; o jacente, reconstituído no século XIX, não respeita a traça original). Na outra capela, ao lado da epístola, encontra-se o túmulo (vazio) de [[Maria Afonso|D. Maria Afonso]], filha de [[Dinis de Portugal|D. Dinis]]. Destaquem-se ainda a antiga cozinha e o refeitório, bem como os claustros originais, quinhentistas – Claustro da Moura, de dois andares, e Claustro Novo, decorado com azulejos do século XVII.