Massacre de Lisboa de 1506: diferenças entre revisões

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''Na tarde daquele dia, acudiram à cidade o Regedor Aires da Silva e o Governador Dom Álvaro de Castro, com a gente que puderam juntar, mas (tudo) já estava quase acabado. Deram a notícia a el-Rei, na vila de Avis, (o qual) logo enviou o Prior do Crato e Dom Diogo Lopo, Barão de Alvito, com poderes especiais para castigarem os culpados. Muitos deles foram presos e enforcados por justiça, principalmente os portugueses, porque os estrangeiros, com os roubos e despojo, acolheram-se às suas naus e seguiram nelas cada qual o seu destino. (Quanto) aos dois frades, que andaram com o Crucifixo pela cidade, tiraram-lhes as ordens e, por sentença, foram queimados.''»}}
 
Garcia de Resende assim descreveu o evento:
 
{{quote |Vi que em Lisboa se alçaram
povo baixo e villãos
contra os novos christãos,
mais de quatro mil mataram
dos que houveram ás mãos : (*)
uns d'elles, vivos queimaram,
meninos despedaçaram,
fizeram grandes cruezas,
grandes roubos e vilezas
em todos quantos acharam.
 
Estando só a cidade
por morrerem muito n'ella,
se fez esta crueldade ;
mas el-rei mandou sobr'ella
com mui grande brevidade ;
muitos foram justiçados,
quantos acharam culpados,
homens baixos e bargantes,
e dois frades observantes,
vimos por isso queimados.
 
El-rei teve tanto a mal
a cidade tal fazer,
que o titulo natural
de nobre e sempre leal
lhe tirou e fez perder ;
muitos homens castigou
e officios tirou ;
depois que Lisboa viu
tudo lhe restituiu
e o titulo lhe tornou.}}<ref>https://ia902205.us.archive.org/25/items/chronicadeelrei01peregoog/chronicadeelrei01peregoog.pdf Crônica do Rei D. João 2º, [[Garcia de Resende]]
 
==Cidade da tolerância==