Joana Angélica: diferenças entre revisões

Conteúdo apagado Conteúdo adicionado
Marcado que carece de mais notas, usando FastButtons
Linha 1:
{{Sem-fontesmais notas|data=janeiro de 20132016}}
 
{{Ver desambig|prefixo=Se procura|o filme de Walter Lima Jr.|Joana Angélica (filme)}}
{{Info/Sacerdote
Linha 17 ⟶ 18:
|ordem =[[Ordem da Imaculada Conceição]]
}}
[[Sóror]] '''Joana Angélica de Jesus''', registrada ''Joanna Angélica de Jesus'' ([[Salvador (Bahia)|Salvador]], {{dni|12|12|1761|si}} — {{morte|19|2|1822}}) foi uma religiosa [[Imaculada Conceição|concepcionista]] [[Bahia|baiana]], nascida no [[Brasil colônia]], que morreu defendendo o [[Convento da Lapa]] em Salvador (Bahia) contra soldados [[portugalPortugal|portugueses]].
[[Ficheiro:Joana Angelica martirio.jpg|thumb|300px|direita|Martírio de Sóror Angélica.]]
 
Linha 35 ⟶ 36:
Sólida construção colonial, ainda hoje existente na capital baiana, o [[Convento da Lapa]] compõe-se de uma [[clausura]], cuja principal entrada é guarnecida por um portão de ferro.
 
Os gritos da soldadesca são ouvidos no interior. Imediatamente a abadessa, pressentindo certamente objetivos da [[estupro|profanação da castidade]] de suas internas<ref>{{citar web|URL=http://patrimonioespiritual.org/2015/03/05/convento-de-nossa-senhora-da-conceicao-da-lapa-salvador/|título=Convento de Nossa Senhora da Conceição da Lapa - Salvador - BA|autor=|data=5 de março de 2015|publicado=Patrimônio Espiritual|acessodata=19 de janeiro de 2016}}</ref>, ordena que as monjas fujam pelo quintal. O portão é derrubado e, num gesto grandioso, Joana Angélica abre a segunda porta, postando-se como último empeço à inusitada invasão. Conta a tradição, reproduzida por diversos historiadores, que então exclamou:
{{citação2|Para trás, bandidos. Respeitem a casa de [[Deus]]. Recuai, só penetrareis nesta casa passando por sobre o meu cadáver.|Joana Angélica}}<ref>{{citar web|URL=http://www.filologia.org.br/xv_cnlf/tomo_2/161.pdf|título=Joana Angélica - saindo dos papéis à beatificação|autor=SANTOS, Antônia da Silva|data=2011|publicado=Anais do XV Congresso Nacional de Linguística e Filologia|acessodata=19 de janeiro de 2016}}</ref>
 
Abrindo os braços, num gesto comovente, tenta impedir que os invasores passem. É, então, assassinada a golpes de [[baioneta]]. Penetrando no sagrado recinto, encontram apenas o velho [[capelão]], o [[cônego]] Daniel da Silva Lisboa (cujos irmãos (dentre eles Domingos e [[José da Silva Lisboa|José]]), a quem espancam a golpes de [[coronha]]s, deixando-o como morto, mas que sobreviveu ao ataque, falecendo na década de 1830<ref>{{citar web|URL=ftp://ftp.ufrn.br/pub/biblioteca/ext/bdtd/JoseCAS.pdf|título=As Aulas Régias na Capitania da Bahia (1759-1827): pensamento, vida e trabalho de "nobres" professores|autor=SILVA, José Carlos de Araújo|data=2006|publicado=Universidade Federal do Rio Grande do Norte|acessodata=19 de janeiro de 2016}}</ref>.
 
Joana Angélica tornou-se, assim, a primeira [[mártir]] da grande luta que continuaria, até a definitiva libertação da Bahia, no ano seguinte, a [[2 de julho]], data efetiva da independência baiana, data marcante num contexto de rompimentos entre as partes da então [[América Portuguesa]] com a [[Reino de Portugal|Metrópole]]<ref>{{citar web|URL=http://www.novospesquisadores.ufba.br/downloads/Textos/DESCONSTRUINDO%20UMA%20TRAJET%C3%93RIA%20PARA%20A%20INDEPEND%C3%8ANCIA%20-%20BAHIA,%201808-1823%20%28Elisa%20de%20Moura%20Ribeiro%29.pdf|título=Desconstruindo uma trajetória para a Independência: Bahia 1808-1823|autor=RIBEIRO, Elisa de Moura|data=|publicado=Universidade Federal da Bahia|acessodata=19 de janeiro de 2016}}</ref>.
Abrindo os braços, num gesto comovente, tenta impedir que os invasores passem. É, então, assassinada a golpes de [[baioneta]]. Penetrando no sagrado recinto, encontram apenas o velho [[capelão]], Padre Daniel da Silva Lisboa, a quem espancam a golpes de [[coronha]]s, deixando-o como morto.
 
{{Referências}}
Joana Angélica tornou-se, assim, a primeira [[mártir]] da grande luta que continuaria, até a definitiva libertação da Bahia, no ano seguinte, a [[2 de julho]], data efetiva da independência baiana.
 
{{biografias}}