Ístria: diferenças entre revisões

Conteúdo apagado Conteúdo adicionado
ajustes
acréscimos
Linha 623:
 
== Subdivisões administrativas no Império Austro-Húngaro ==
Em 1910,<ref name="Gemeindelexikon">''ISTRIEN'' in: [http://www.kozina.com/premik/1910-03.pdf Gemeindelexikon, der im Reichsrate Vertretenen Königreiche und Länder. . Herausgegeben von der K.K. Statistischen Zentralkommission. VII. Österreichisch-Illyrisches Küstenland (Triest, Görz und Gradiska, Istrien). Wien 1910]</ref> o ''Margraviato d'Istria'' ({{Lang-de|''Markgrafschaft Istrien''}}, {{lang-sl|''Mejna grofovija Istra''}}, {{Lang-hr|''Markgrofovija Istra''}}) contava com {{Fmtn|403566}} habitantes em 4.956&nbsp;km² e era subdividido em sete distritos administrativos (''Politischer Bezirk''). Em cada distrito administrativo existiam diversos distritos judiciários (''Gerichtsbezirk''), que compreendiam uma ou mais comunas (''Ortsgemeinde''). A cidade de [[RovignoRovinj]] (''Rovigno'') era regulada por um estatuto autônomo. Os nomes das localidades reportadas no esquema seguinte são registradas no repertório especial das regiões do império, algumas vezes diferentes em relação aos nomes utilizados pelas populações locais na época ou em épocas posteriores, assim como em qualquer caso resultam diferentes em respeito aos nomes oficiais da época ou de épocas posteriores.<ref>[http://www.sistory.si/publikacije/pdf/repertoriji/Spezialortsrepertorium_der_Osterreichischen_Lander_VII_1918.pdf ''Spezialortrsrepertorium der österreichischen Länder (...) Österreichisch-Illyrisches Küstenland'', Wien 1918.]</ref>
 
=== Entre a Primeira e a Segunda Guerra Mundial: a Ístria italiana ===
 
{{Imagem dupla|right|Litorale 1.png|250|Venezia Giulia province.png|140|<small>Com o [[Tratado de Rapallo (1920)]] a Itália obteve <br/> todo o "Litoral Austríaco", a Carníola oriental já incorporada à Caríntia e o Carso oriental já incorporada à Carníola.</small>|<small>Divisão administrativa da Ístria entre as províncias de Trieste (cor verde), Pola (amarelo) e Fiume (vermelho)</small>|}}
 
Em seguida à vitória italiana na [[Primeira Guerra Mundial]] com o [[Tratado de Saint-Germain-en-Laye]] (1919) e o [[Tratado de Rapallo (1920)]], a Ístria torna-se parte do [[Reino de Itália (1861-1946)|Reino de Itália]].
 
O censo de 1921 derrubou os resultados da pesquisa austríaca de 1910, seja quando refere-se à Veneza Júlia no conjunto, seja pela Ístria em particular, indicando na região uma maioria de população culturalmente italiana. Segundo o censo daquele ano, a população istriana pertencente ao grupo linguístico italiano era composta de {{Fmtn|199942}} pessoas (58,2% do total). Seguia-se o grupo croata, predominante segundo os dados do censo anterior, com {{Fmtn|90262}} falantes (26,3%), e o esloveno com {{Fmtn|47489}} (13,8%). As restantes {{Fmtn|5708}} pessoas (1,7%) estavam classificadas como "outros"<ref>Guerrino Perselli, ''I censimenti della popolazione dell'Istria, con Fiume e Trieste, e di alcune città della Dalmazia tra il 1850 e il 1936'', Trieste-Rovigno, Unione Italiana-Università Popolare di Trieste, 1993, p. 469</ref>. Também este censo, como o precedente, foi objeto de críticas: muitos istrianos de língua croata definiram-se como italianos e em algumas localidades (Briani, fração de Fianona, Sanvincenti, etc.) os dados obtidos eram escassamente representativos da realidade linguística das respectivas comunas. Apesar dessas críticas, durante a conferência de paz os dados desse censo sãoforam geralmente utilizados{{esclarecer|os tratados são de 1919 e 1920:Como é possível?}}, junto àqueles de 1910, pelos representantes dos países participantes.{{Nota de rodapé|''Come si verificò poi alla conferenza per la pace dopo la seconda guerra mondiale, normalmente venivano prese in considerazione soltanto le statistiche austriache del 1910, che denunciarono una maggioranza slava, e il censimento italiano del 1921, che confermava le speranze degli italiani circa una loro superiorità numerica''<ref>''Trieste, 1941-1954, la lotta politica, etnica e ideologica'' di Bogdan C. Novak, pag.21 Milano 1973, traduz. italiana da: Trieste, 1941-1954. ''The ethnic, political and ideological struggle'', di Bogdan C. Novak, Chicago-London 1970</ref>}}. {{Nota de rodapé|Secondo Jean-Baptiste Duroselle il confine jugoslavo tracciato nel 1947 era basato sui dati del censimento austriaco <ref>''Le conflit de Trieste 1943-1954'' di Jean-Baptiste Duroselle, Bruxelles, 1966, pag.229</ref>. In realtà non venne tenuto conto neppure del censimento del 1910 perché come ebbe a rilevare lo storico istriano [[Diego De Castro]] <ref>''Il problema di Trieste, Genesi e sviluppi della questione giuliana in relazione agli avvenimenti internazionali'', 1943-1952, Bologna, 1953</ref> la Jugoslavia incorporò nel 1947 territori da sempre etnicamente italiani.}}
 
O historiador [[Carlo Schiffrer]] retificou os resultados do censo de 1921 {{Esclarecer|com base em que?}} como se pode evidenciar na tabela reproduzida em seguida. Com as retificações de Schiffrer, a etnia italiana na Ístria continuava a ter uma predominância numérica sobre o grupo nacional de origem eslava, mas menos acentuada em relação à aquela resultante dos dados do censo de 1921.
Linha 678 ⟶ 677:
* Foi proibido o ensino da língua croata e da língua eslovena em todas as escolas da região. Com a introdução da Lei n. 2185 de 01/10/1923 (Reforma Gentile), foi de fato abolido nas escolas o ensino das línguas croata e eslovena. Em cinco anos, todo o ensino croata de 130 escolas com língua de ensino croata e todo o ensino de 70 escolas com língua de ensino eslovena, presentes na Ístria, foi substituído com professores oriundos da Itália, que impuseram aos alunos o uso exclusivo da língua italiana.<ref>Pavel Strajn, La comunità sommersa – Gli Sloveni in Italia dalla A alla Ž, - Editoriale Stampa Triestina, Trieste 1992</ref><ref>Boris Gombač, Atlante storico dell'Adriatico orientale (op.cit.)</ref>
 
[[Imagem:Fascist italianization.jpg|thumb|esquerda|upright=0.8|Folheto do período [[Fascismo|fascista]] proibindo o uso público de [[línguas eslavas]] nas ruas de [[Vodnjan]], no sudoeste da Ístria.]]
* Com o Real Decreto N. 800 de 29 de março de 1923, foram impostos nomes italianos a todas as localidades dos territórios assignados à Itália com o [[Tratado de Rapallo (1920)|Tratado de Rapallo]], inclusive àqueles anteriormente sem denominação em língua italiana, habitados quase exclusivamente por croatas ou eslovenos (este decreto afetou somente um pequeno número de "frazione" - divisão territorial administrativa de uma [[comuna italiana|comuna]]).<ref>Paolo Parovel, L'identità cancellata, Eugenio Parovel Editore, Trieste 1986</ref>
 
Linha 685 ⟶ 684:
* Com o Real Decreto N.800 de 29 de março de 1923 foram impostos de ofício nomes italianos a todas as localidades do território designados à Itália com o Tratado de Rapallo, inclusive onde precedentemente não havia denominação italiana, por serem habitados quase exclusivamente por croatas ou eslovenos (esse decreto afetou somente um pequenos número de "frazioni").<ref>Paolo Parovel, L'identità cancellata, Eugenio Parovel Editore, Trieste 1986</ref>
 
* Com base no Real Decreto Lei N. 494 de 7 de abril de 1926 as autoridades fascistas italianas italianizaram os sobrenomes de vários croatas e eslovenos.<ref>Paolo Parovel, L'identità cancellata, Eugenio Parovel Editore, Trieste 1985</ref>.
 
Tais atos foram denunciados por muitos italianos anti-fascistas e do próprio prefeito Giuseppe Cocuzza que, em um pro-memória de 2 de setembro de 1943 colocava em evidência "um difuso sentimento de medo de vingança" que teria podido depois motivar a população eslava a agir contra os italianos da Ístria.
 
[[Imagem:Kapitulacija Italije i ustanak u okupiranoj Jugoslaviji 1943.png|thumb|Zonas onde atuava a resistência iugoslava (1943)]]
Em seguida à assinatura do [[Armistício de Cassibile]] (8 de setembro de 1943), a comunidade italiana ficou à mercê do exército alemão e da resistência croata. Esta última era mais eficiente e preparada militarmente que o movimento de liberação esloveno que operava na parte setentrional da península. Boa parte da região caiu, por um breve período, sob controle dos [[partisan]]s eslavos aderentes ao movimento partisano de [[Josip Broz Tito]]. Em 13 de setembro de 1943, em [[Pazin]] (''Pisino'') o Governo Provisório Insurreicional Croata ({{Lang-it|''Comitato circondariale di liberazione popolare per l'Istria''}}, {{Lang-hr|''Narodno oslobodilački odbor za Istru''}}) proclamou com a "Decisão de Pazin" <ref>[http://hrcak.srce.hr/file/141669 Vjesnik istarskog arhiva, Vol.1 (32) No.(1991.) Ožujak 1991.] Lj. Drndić: Historijat i značaj Odluka Okružnog NOO-a za Istru od 13. rujna 1943., p. 40 "In oltre, nel Movimento Popolare di Liberazione in Istria, esistevano contemporaneamente due partiti comunisti: il PCI ed il PCJ, tra i quali si verificano spesso conflitti ideologici, ma esisteva anche in pratica una collaborazione fatta di tolleranza e di pazienza. I comunisti italiani, specie dopo le decisioni di [[Pazin]] (''Pisino''), aderirono al PC della Croazia, come al tempo della dittatura fascista molti rivoluzionari Croati dell'Istria e di Fiume erano entrati nelle file del PCI. In Istria, inoltre, era avvenuto un fenomena del tutto originale: il PCJ, rispettivamente il PCC aveva condotto un'insurrezione antifascista delle più ampie dimensioni sulla seia delle tradizioni rivoluzionarie di un altro partito comunista, il PCI, e delle tradizioni del patriotismo (»narodnjaštvo«)."</ref> a anexação da Ístria à Croácia<ref>''U ovim odlučnim časovima naš narod pokazao je visoku nacionalnu svijest. Dokazao je svima i svakome da je Istra hrvatska zemlja i da će hrvatska ostati'' ''Istra se priključuje matici zemlji i proglašuje ujedinjenje s ostalom našom hrvatskom braćom.'' A palavra "Iugoslávia" não se encontra nas decisões. [http://www.labin.com/web/neobavezna.asp?id=8275&idkat=53 Labin] Zanimljivosti - Pazinske odluke (25.9.2009.)</ref><ref>[http://istra.lzmk.hr/clanak.aspx?id=2041 Pazinske odluke] Istarska enciklopedija, LZMK</ref>. Pouco depois, em 16 de setembro, o Conselho Supremo da Frente de Liberação do Povo Esloveno proclamou a anexação à futura entidade estatal eslovena <ref>{{Nota de rodapé|Na proclamação de anexação do Litoral Esloveno está declarado a intenção “... de incluir o Litoral Esloveno na independente e unida [[Eslovênia]] parte de uma [[Iugoslávia]] democrática ...”</ref>}} do Litoral Esloveno (''Slovensko Primorje'') que compreendia o litoral setentrional da Ístria. Nesse breve período, que precedeu a ocupação alemã, verificaram-se os primeiros episódios de violência anti-italiana, que provocaram um número impreciso de vítimas (entre 250 e 500).
 
=== Ocupação alemã ===
[[Imagem:Paul Hausser.jpg|thumb|upright=0.8|esquerda|General [[Paul Hausser]], comandante da ''2. Panzerkorps-SS'' que executou a Operação Nubifragio, com a qual os alemães assumiram o controle militar da Zona de Operações do Litoral Adriático.]]
Em seguida ao [[Armistício de Cassibile]], desde 2 de outubor de 1943 até a derrota da Alemanha nazista,a Ístria foi ocupada por forças militares alemãs, que a incorporaram oficialmente à chamada Zona de Operações do Adriático (OZAK - ''Operations Zone Adriatisches Küstenland'') retirando-as totalmente do controle da recém-nascida [[República Social Italiana]], e anexando-a de fato à Alemanha do [[Terceiro Reich]], ainda que formalmente não tenha sido pproclamada a anexação.
 
A ocupação teve início na noite de 2 de outubro de 1943, sob o comando do general [[SS]] [[Paul Hausser]]. Os alemães penetraram na Ístria com três colunas, precedidas de fortes bombardeamentos aéreos, alcançando em poucos dias todas as principais localidades. Os destacamentos partisans foram derrotados ou obrigados a fugir. A operação iniciada nos primeiros dias de outubro, concluiu-se em 9 de outubro com a conquista de [[Rovinj]] (''Rovigno'').
 
A administração civil foi confiada ao supremo comissário [[Friedrich Rainer]]. Realizou-se assim o projeto de [[Adolf Hitler]], [[Heinrich Himmler]], e [[Joseph Goebbels]] de ocupar militarmente e depois da guerra concluída anexar todos os vastos territórios que já estiveram sob domínio do [[Império Austro-Húngaro]]. o supremo comissário alemão criou o Tribunal Especial de Segurança Pública para julgar atos de hostilidade à autoridade alemã, a colaboração com o inimigo, as ações de sabotagem. O tribunal não era obrigado a seguir as normas processuais normais e pedidos de clemência podiam ser acolhidos só por Rainer.
 
[[Imagem:Litorale Adriatico.svg|thumb|upright=1.0|Zona de operações do Litoral Adriático (setembre 1943 – maio 1945)]]
[[Imagem:1945-05-01GerWW2BattlefrontAtlas.jpg|thumb|right|Mapa militar americano que representa a situação dos frontes europeus em 1º de maio de 1945]]
O comandante militar da região, [[Ludwig Kübler]], travou uma luta cruel e sem quartel ao movimento partisan comandado por [[Josip Broz Tito]], através do uso de forças armadas colaboracionistas italianas (além de forças eslovenas, croatas, sérvias e russas). No Litoral Adriático, operaram de fato várias formações entre as quais dois destacamentos regulares do exército da [[República Social Italiana]] (''Battaglione Bersaglieri Mussolini'' e ''Reggimento Alpini Tagliamento''), a ''Milizia Difesa Territoriale'' (o novo nome desejado por Rainer para a Guarda Nacional Republicana na OZAK), as brigadas negras, a Ispetoria Especial de Pública Segurança para a Veneza Júlia (da qual fez parte a famigerada Banda Collotti), a Guarda Cívica, os batalhões italianos voluntários de polícia, a polícia alemã e váriso destacamentos de colaboracionistas eslovenos, croatas, sérvios e russos-cossacos do Cáucaso.
 
Entre o fim de abril e os primeiros dias de maio de 1945, a Ístria, graças ao esforço conjunto da resistência local (eslava e italiana), foi liberada da ocupação alemã pela armada iugoslava de Tito.
Em seguida à assinatura do [[Armistício de Cassibile]] (8 de setembro de 1943), a comunidade italiana ficou à mercê do exército alemão e da resistência croata. Esta última era mais eficiente e preparada militarmente que o movimento de liberação esloveno que operava na parte setentrional da península. Boa parte da região caiu, por um breve período, sob controle dos [[partisan]]s eslavos aderentes ao movimento partisano de [[Josip Broz Tito]]. Em 13 de setembro de 1943, em [[Pazin]] (''Pisino'') o Governo Provisório Insurreicional Croata ({{Lang-it|''Comitato circondariale di liberazione popolare per l'Istria''}}, {{Lang-hr|''Narodno oslobodilački odbor za Istru''}}) proclamou com a "Decisão de Pazin" <ref>[http://hrcak.srce.hr/file/141669 Vjesnik istarskog arhiva, Vol.1 (32) No.(1991.) Ožujak 1991.] Lj. Drndić: Historijat i značaj Odluka Okružnog NOO-a za Istru od 13. rujna 1943., p. 40 "In oltre, nel Movimento Popolare di Liberazione in Istria, esistevano contemporaneamente due partiti comunisti: il PCI ed il PCJ, tra i quali si verificano spesso conflitti ideologici, ma esisteva anche in pratica una collaborazione fatta di tolleranza e di pazienza. I comunisti italiani, specie dopo le decisioni di [[Pazin]] (''Pisino''), aderirono al PC della Croazia, come al tempo della dittatura fascista molti rivoluzionari Croati dell'Istria e di Fiume erano entrati nelle file del PCI. In Istria, inoltre, era avvenuto un fenomena del tutto originale: il PCJ, rispettivamente il PCC aveva condotto un'insurrezione antifascista delle più ampie dimensioni sulla seia delle tradizioni rivoluzionarie di un altro partito comunista, il PCI, e delle tradizioni del patriotismo (»narodnjaštvo«)."</ref> a anexação da Ístria à Croácia<ref>''U ovim odlučnim časovima naš narod pokazao je visoku nacionalnu svijest. Dokazao je svima i svakome da je Istra hrvatska zemlja i da će hrvatska ostati'' ''Istra se priključuje matici zemlji i proglašuje ujedinjenje s ostalom našom hrvatskom braćom.'' A palavra "Iugoslávia" não se encontra nas decisões. [http://www.labin.com/web/neobavezna.asp?id=8275&idkat=53 Labin] Zanimljivosti - Pazinske odluke (25.9.2009.)</ref><ref>[http://istra.lzmk.hr/clanak.aspx?id=2041 Pazinske odluke] Istarska enciklopedija, LZMK</ref>. Pouco depois, em 16 de setembro, o Conselho Supremo da Frente de Liberação do Povo Esloveno proclamou a anexação à futura entidade estatal eslovena <ref>Na proclamação de anexação do Litoral Esloveno está declarado a intenção “... de incluir o Litoral Esloveno na independente e unida Eslovênia parte de uma Iugoslávia democrática ...”</ref> do Litoral Esloveno (''Slovensko Primorje'') que compreendia o litoral setentrional da Ístria. Nesse breve período, que precedeu a ocupação alemã, verificaram-se os primeiros episódios de violência anti-italiana, que provocaram um número impreciso de vítimas (entre 250 e 500).
 
{{Notas|col=2}}
Linha 707 ⟶ 719:
 
{{Referências|col=2}}
{{Tradução/ref|it|Istria|oldid=78339357}}
 
==Ligações externas==