Filipe da Sicília: diferenças entre revisões

Conteúdo apagado Conteúdo adicionado
nova página: '''Filipe''' (n. 1255/1256 - m. {{morte|||1277}}) foi um nobre francês do {{séc|XIII}} membro da casa de Anjou. Era o segundo filho do rei da Sicília Carlos de Anjou...
 
Linha 5:
Filipe aparece pela primeira vez em 1267, quando seu pai Carlos peticionou ao [[papa Clemente IV]] para nomeá-lo [[rei da Sardenha]], uma vez que o papa reclamou suserania sobre a ilha. A filha neste período estava dividida em quatro [[judicatura]]s, e foi sítio de inúmeras rivalidades: entre as cidades-estado de [[República de Gênova|Gênova]] e [[República de Pisa|Pisa]], entre os [[Guelfos e Gibelinos]] (as fações pró-papal e pró-imperial na política italiana) e entre as casas reais de [[Casa de Aragão|Aragão]] e [[Casa de Anjou|Anjou]]. A Judicatura de Lugudoro (ou Torres) esteve sob domínio genvês desde a morte do último juiz, [[Adelásia de Torres|Adelásia]], em 1259. Seu marido, [[Enzio da Sardenha|Enzio]], que havia sido nomeado rei de toda a Sardenha pelo [[sacro imperador romano-germânico]] {{lknb|Frederico|II|da Germânia}}, estava em cativeiro.{{harvref|name=He1977|Herde|1977}}
 
Em 11 de agosto de 1268,<ref name=He1977 /> em [[Sassari]], sem aprovação papal, o partido guelfo elegeu Filipe como rei da Sardenha. Os sardos imediatamente enviaram um emissário para [[Roma]] para persuadir o papa para confirmar a eleição. Apesar do fato de Gênova e o rei Carlos terem simpatias pró-guelfa e pró-papal, Clemente recusou-se a aprovar Filipe.{{harvref|Abulafia|1994|p=40}} Carlos logo teria uma ruptura com seus aliados genoveses, e a eleição de Filipe não foi reconhecida pelo rei {{lknb|Jaime|I de Aragão}} ou seu filho {{lknb|Jaime|II de Maiorca}}, que havia sido colocado como candidato rival para o trono sardenho.{{harvref|name=So184|Soranzo|1937|p=183–84}} Filipe nunca visitou a Sardenha.{{harvref|name=Abu242|Abulafia|1994|p=242–44}} A ilha, no entanto, produziu [[prata]] para os cofres de Carlos após 1270, com o qual ele cunhou algumas moedas.{{harvref|Dunbabin|1998|p=157}}
 
Consoante ao [[Tratado de Viterbo]] de 24 de maio de 1267, Carlos arranjou para Filipe casamento com [[Isabel de Vilearduin|Isabel]], filha e herdeira do [[príncipe da Acaia]] {{lknb|Guilherme|II|de Vilearduin}}. Segundo tratado, Filipe tornou-se herdeiro de Guilherme no evento do príncipe falecer sem herdeiro varão, mas caso Filipe morresse sem descendência, a herança seria revertida para Carlos ou o herdeiro de Carlos. Em junho de 1270, os representantes de Carlos trocaram juramentos e ratificações com Guilherme concernentes ao casamento. A cerimônia ocorreu "com grande esplendor" em [[Trani]], no [[Reino da Sicília]], em 28 de maio de 1271. Isabel, que tinha apenas 12 anos, foi viver na corte real siciliana no [[Castelo do Ovo]].{{harvref|Longnon|1969|p=256}}{{harvref|Fine|1994|p=168}} Em 1272, Filipe e sue irmão mais velho, o futuro {{lknb|Carlos|II|da Sicília}}, eram cavaleiros pelo pai deles.{{harvref|name=Schi1932|Schipa|1932}}