Barcos: diferenças entre revisões

Conteúdo apagado Conteúdo adicionado
+ distrito de Viseu
Linha 22:
|extra =
}}
'''Barcos''' é uma [[freguesia]] [[Portugal|portuguesa]] do concelho de [[Tabuaço]], [[distrito de Viseu]], com 9,81 km² de área e 592 habitantes (2011). Densidade:A sua densidade populacional é de 60,3 hab/km². É uma '''aldeia vinhateira do [[Douro]]'''.
 
Foi sede de concelho entre [[1263]] e [[1855]]. Era constituído pelas freguesias de [[Adorigo]], Barcos, [[Santa Leocádia (Tabuaço)|Santa Leocádia]] e [[Santo Adrião (Armamar)|Santo Adrião]]. Tinha, em [[1801]], 1 499 habitantes. Após as reformas administrativas do início do liberalismo foram integradas no município as freguesias de [[Folgosa (Armamar)|Folgosa]], [[Vila Seca (Armamar)|Vila Seca]], [[Pinheiros (Tabuaço)|Pinheiros]] e [[Vale de Figueira (Tabuaço)|Vale de Figueira]]. Tinha, em [[1849]], 3 193 habitantes.
Linha 110:
Conta-se que perto da povoação de Barcos existiu, nos primórdios da Nacionalidade, um castelo medieval que terá sido construído pelo donatário da terra para defesa das investidas mouriscas. <br />
Outros autores referem que a antiquíssima paróquia de Santa Maria do Sabroso, anterior à fundação da nacionalidade, terá dado lugar, nos séculos XIV/XV, à paróquia de Nossa Senhora da Assunção de Barcos, para a qual se terá mudado a sede abacial, que também era colegiada. No entanto, o templo gótico de Barcos, ainda de inspiração românica, deveria já existir desde, pelo menos, o século XIII. Santa Maria do Sabroso aparece taxada, aquando do arrolamento paroquial do Reino de 1321, em 300 libras. Mesmo depois da mudança da sede da Colegiada para Barcos, continuou a Igreja de Santa Maria do Sabroso a servir de sede paroquial de Pinheiros, Carrazedo e Santa Leocádia, até à primeira metade do século XVIII. <br />
Embora incluída no extenso Couto de Leomil, que chegava ao [[Douro]], a povoação de Barcos cedo se constituiu como concelho, com extenso termo, quando comparado com os demais concelhos limítrofes, e respectivas justiças apresentadas pelos Senhores do couto e seus descendentes. As Inquirições de 1258 referem-no como concelho subordinado ao Couto de Leomil. <br />
Autores antigos, como o Pe. António Carvalho da Costa, referem que D. Afonso III lhe deu foral em 1263, enquanto outros aludem ao facto de ter sido outorgado no ano de 1255. Ora, se Barcos foi uma herdade regalenga, embora dentro do Couto de Leomil, e desse modo se identifica com a povoação que recebeu aquele foral, ou carta de foro, ficarão desvanecidas diversas dúvidas relativamente à outorga do mesmo, havendo, até, a possibilidade de terem coexistido determinadas excepções, talvez derivadas de direitos sucessórios de alguns dos descendentes dos Senhores de Leomil, em que parte dos bens herdados dentro de uma mesma área territorial tivesse revertido para a Coroa. Poderá, talvez, ser essa a razão da mudança da sede paroquial do lugar do Sabroso para o de Barcos.<br />
Por outro lado, entre os séculos XVI e XVII, os dízimos da paróquia de Barcos, e suas anexas, que chegaram a render 4000 cruzados, foram sustento dos cónegos da Catedral de Tânger, que apresentavam os párocos. Extinto o cabido de Tânger e Ceuta, passaram os dízimos para a colegiada de Barcos e o padroado para a Coroa, que abusou dos seus rendimentos, fazendo perigar por diversas vezes a existência da colegiada, ao atribuir os seus rendimentos, ainda que de forma temporária, a outras causas públicas. <br />
Linha 126:
Na área da arquitectura de equipamento há a referir o Fontanário setecentista do Largo do Adro, a Fonte Velha, que sofreu obras no século XIX ou o antigo Forno do Povo. O sóbrio e majestoso Cruzeiro dos Centenários de Barcos ergue-se perto da Matriz.
Como marcos da arquitectura civil residencial, temos, entre outros inúmeros imóveis edificados ao longo de séculos, o Solar dos Cunhas, a Casa Magalhães Coutinho e a Casa dos Aguiar.
No seu território existem inúmeras quintas agrícolas e de produção vitivinícola, nomeadamente as Quintas de Paradela, da Pereira, do Ramiro, da Raposeira, de Vale da Busa, do Vale do Barco e a principal e mais histórica da freguesia, a quinta do Monte Travesso, com capela dedicada a Nossa Senhora das Graças, que ao longo dos últimos dois séculos tem estado ligada a figuras importantes da história da região do [[Douro]].
 
== Património ==
* [[Mata da Forca]]
* [[Capela de Santa Maria de Sabroso]] ou [[Antiga Igreja de Santa Maria de Sabroso]]
 
{{referências}}
 
{{Tabuaço/Freguesias}}