Mitani: diferenças entre revisões

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{{Mais notas||hist-mo|data=fevereiro de 2016}}
{{Estado extinto
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[[Imagem:Cuneiform letter to Amenhotep III.jpg|thumb|Tábua em [[cuneiforme]] contendo uma carta do rei Tushratta de Mitanni para o [[faraó]] {{lknb|Amenófis|III}}, atualmente no [[Museu Britânico]]]]
 
'''Mitani''' (''Mi-ta-an-ni'' em fontes [[assíria]]s; ''Hanigalbat, Khanigalbat'' [[cuneiforme]] ''Ḫa-ni-gal-bat'') foi um reino [[Hurrita]] no [[noroeste]] e [[nordeste]] da [[Mesopotâmia]] de {{AC|1600|x}}, até o auge de seu poder, no {{-séc|XV}}, abrangendo o que é hoje o [[sudeste]] da [[Turquia]], o [[nordeste]] da [[Síria]], [[norte]] do [[Iraque]] (o que corresponderia ao chamado [[Curdistão]]), estabelecido em torno da capital [[Washshukanni]], possivelmente a atual cidade de [[Al Hasakah]] no [[nordeste]] da [[Síria]]. Nos tempos [[Neo-assírios]], o nome era usado como um termo geográfico para a área entre o [[Rio Khabur]] e o [[Eufrates]].<ref>{{Citar web |url=http://books.google.com.br/books?id=kBR9QgAACAAJ&dq=ancient+near+east+dunstan&hl=pt-BR&ei=gR6tTdvROcjcgQe3paTxCw&sa=X&oi=book_result&ct=result&resnum=1&ved=0CCkQ6AEwAA |título= The ancient Near East | língua= inglês |autor= William Dunstan|data=1998}}</ref>
[[Ficheiro:Cuneiform letter to Amenhotep III.jpg|thumb|right| Tablete cuneiforme contendo uma carta do rei Tushratta de Mitanni para o rei [[Amenófis III]], atualmente no [[Museu Britânico]]]]
'''Mitani''' (''Mi-ta-an-ni'' em fontes [[assíria]]s; ''Hanigalbat, Khanigalbat'' [[cuneiforme]] ''Ḫa-ni-gal-bat'') foi um reino [[Hurrita]] no [[noroeste]] e [[nordeste]] da [[Mesopotâmia]] de [[1600 a.C.]], até o auge de seu poder, no [[século XV a.C.]], abrangendo o que é hoje o [[sudeste]] da [[Turquia]], o [[nordeste]] da [[Síria]], [[norte]] do [[Iraque]] (o que corresponderia ao chamado [[Curdistão]]), estabelecido em torno da capital [[Washshukanni]], possivelmente a atual cidade de [[Al Hasakah]] no [[nordeste]] da [[Síria]]. Nos tempos [[Neo-assírios]], o nome era usado como um termo geográfico para a área entre o [[Rio Khabur]] e o [[Eufrates]].<ref>{{Citar web |url=http://books.google.com.br/books?id=kBR9QgAACAAJ&dq=ancient+near+east+dunstan&hl=pt-BR&ei=gR6tTdvROcjcgQe3paTxCw&sa=X&oi=book_result&ct=result&resnum=1&ved=0CCkQ6AEwAA |título= The ancient Near East | língua= inglês |autor= William Dunstan |data= 1998 |acessodata=}}</ref>
 
== Hurritas ==
{{artigoArtigo principal|[[Hurritas]]}}
 
Os hurritas foram um povo (mais corretamente, uma denominação linguística de implicações étnicas) que adentrou o [[Oriente Próximo]] provavelmente por volta da primeira metade do segundo {{AC|milênio a.C.|n}}, instalando-se no noroeste e no nordeste da [[Mesopotâmia]], entre os rios [[Khabur]] e [[Eufrates]]. Devido à evidência linguística, os especialistas remontam suas origens às regiões montanhosas do alto Eufrates e da atual [[Turquia]] oriental, mas não da Península da [[Anatólia]] propriamente dita. Com efeito, os hurritas falavam uma língua que não era de matriz semítica nem indo-europeia, mas possivelmente parente de idiomas do [[Cáucaso]], ou então, alternativamente, mais remotamente aparentada com o [[proto-indo-europeu]], mas não era um membro direto dessa família linguística. Documentos antigos revelam a existência de pequenos estados hurritas no norte da Mesopotâmia por volta de {{AC|2200 a.C.|x}}<ref>{{Citar web |url=http://books.google.com.br/books?id=xVxwHQAACAAJ&dq=hurrians&hl=pt-BR&ei=8x6tTb69EYPfgQfrn9iNDA&sa=X&oi=book_result&ct=result&resnum=1&ved=0CCkQ6AEwAA |título= The Hurrians | língualingua3= inglês en|autor= Gernot Wilhelm, Diana L. Stein |data= 1989 |acessodata=}}</ref>
 
== Primórdios ==
{{artigoArtigo principal|[[História da Mesopotâmia]]}}
 
Durante o auge do [[Império Acadiano]] de Naram-Sin, muitos reinos hurritas primitivos estiveram sob domínio dos acadianos, e assim permaneceram até a queda do Império Acadiano (c. &nbsp;{{AC|2190 a.C.|n}}). Os príncipes hurritas mantiveram as tradições e a língua acadianas após a queda do Império e se apresentavam como sucessores do poder de [[Acádia (cidade)|Acad]], buscando legitimar seu domínio monárquico. No período que antecede o estabelecimento de um grande reino hurrita, confrontos colocaram os hurritas contra reis da [[Terceira dinastia de Ur|terceira dinastia]] de [[Ur]]. Ao final do século {{-séc|XIX a.C.}}, os hurritas passaram para a órbita de influência do Império de Shamshi-Adad I. Entre os séculos XVIII e {{AC|XVII a.C.|n}} o desenvolvimento dos estados hurritas é virtualmente desconhecido, sobretudo devido à falta de documentação, que se torna bastante mais rara com a destruição de Mari e seus arquivos por [[Hammurabi]] nesta época.
 
== Estabelecimento de Mitanni ==
 
Supõe-se que os estados hurritas independentes do século {{-séc|XIX a.C.}} se uniram gradualmente nos anos seguintes, conformando-se num Império de grandes dimensões até o século {{-séc|XVI a.C.}} Nesta época, documentos hititas e egípcios se referem a um grande poder hurrita estabelecido a leste do [[Eufrates]]. Os egípcios referem-se a esse reino pelo nome de Mitanni, cuja origem etimológica é ainda confusa. Não se sabe se o nome é efetivamente hurrita, mas ele certamente partilha uma origem comum com o nome próprio “Maitta”, que figura nos textos de [[Nuzi]] (atual Yorghun Tepe). Os nomes dos primeiros reis hurritas, aliás, são todos derivados do ramo indo-ariano das línguas indo-europeias, o que pode indicar (conforme uma opinião amplamente aceita na academia) a penetração de minorias de guerreiros arianos nas planícies do norte da [[Mesopotâmia]] e sua absorção como elite política e dinastia real nos reinos hurritas. O governante hurrita mais antigo de que temos registro foi {{lknb|Shuttarna |I}}.
 
== A expansão do reino de Mitanni ==
 
Por volta do século {{-séc|XV a.C.}} o reino de Mitanni inicia um processo de expansão, a princípio sobre os territórios que estavam anteriormente sob domínio ou influência dos Hititas. O rei {{ilc|Parrattarna||Parshatatar|Parsatatar}} I{{nwrapf|r. (c. |1500-|1450| a.C.)}} e seus sucessores avançaram sobre a região entre o [[Eufrates]] e o [[Mediterrâneo]], sobretudo as dependências sírias, aproveitando-se da fraqueza do [[Hatti]], dividido por lutas intestinas. Neste período, as fontes egípcias aplicam o termo “hurrita” às regiões que se estendem da [[Palestina]] à [[Síria]]. Por volta de {{AC|1458 a.C.|x}}, contudo, Tutmósis III do Egito enfrentou príncipes de pequenos estados do Oriente Próximo, aliados de Mitanni, num confronto pela supremacia política na região do corredor sírio-palestino, tendo sido vitorioso. No entanto, não conseguiu avançar o suficiente para forçar um confronto direto com os hurritas que, ao final do século quinze, alcançaram o ápice de seu desenvolvimento político sob o reinado de Saushtatar. Este monarca conquistou, por exemplo, a cidade de [[Assur (Assíria)|Assur]] (capital da Assíria), embora não tenhamos informações adicionais sobre sua conquista. Relatos hurritas contam como Saushtatar carregou ouro e prata saqueados de Assur para a então capital de Mitanni, Wasshukkani (até hoje não identificada pelos arqueólogos).<ref>{{Citar web |url=http://books.google.com.br/books?id=ro3rAAAAMAAJ&q=civilizations+of+the+ancient+near+east+volume+2&dq=civilizations+of+the+ancient+near+east+volume+2&hl=pt-BR&ei=Px-tTbrYA5LrgQfStdH3Cw&sa=X&oi=book_result&ct=result&resnum=2&ved=0CC8Q6AEwAQ |título= Civilizations of The Ancient Near East, volume 2 | língualingua3= inglês en|autor= Jack M. Sasson |data= 1995 |acessodata=}}</ref>
 
== Política externa ==
 
Após o confronto com [[Tutmósis III]], Mitanni deixou de ser visto como reino inimigo pelos egípcios e, com [[{{lknb|Tutmósis |IV]]}} {{nwrapf|r. (c. |1401-|1391| a.C.)}}, formou uma coalizão com o [[Antigo Egito|Egito]] contra os Hititas na Anatólia. A aliança foi selada com o casamento de uma princesa egípcia com um rei hurrita.
 
== Declínio e Quedaqueda (c. {{formatnum:1350}} a.C.) ==
 
Com a ascensão de [[Akhenaton IAquenáton]] (c{{nwrapf|r. c.|1353-|1337| a.C.)}} ao poder no Egito, contudo, os faraós não mais se interessaram pela expansão dos hititas na Ásia e passaram a centrar suas atenções nos distúrbios político-religiosos internos. Com isso, Mitanni se viu isolado num momento em que Hititas e Assírios aumentavam gradualmente seu poder militar, ameaçando seriamente as pretensões imperiais dos hurritas. O rei de Mitanni na época, Tushratta, teve sua legitimidade ao trono contestada por grupos internos, o que enfraqueceu a posição hurrita na Síria, logo reconquistada pelos hititas por volta de {{AC|1350 a.C.|x}} Por fim, os [[Assíria|assírios]] marcharam por toda a região norte da Mesopotâmia, anexando o que restara do Império de Mitanni. Por volta de {{AC|1200 a.C.|x}}, a língua hurrita havia desaparecido dos registros cuneiformes.<ref>{{Citar web |url=http://books.google.com.br/books?id=agi4O1c3UhQC&pg=PA3&dq=hurrians&hl=pt-BR&ei=8x6tTb69EYPfgQfrn9iNDA&sa=X&oi=book_result&ct=result&resnum=3&ved=0CDIQ6AEwAg#v=onepage&q&f=false |título= Studies on the civilization and culture of Nuzi and the Hurrians, volume 10 | língualingua3= inglês en|autor= Martha A. Morrison |data= |acessodata=}}</ref>
 
== Cronologia ==
{{Antiga Mesopotâmia}}
* {{AC|1532 a.C.|x}} — [[Amósis]], [[faraó]] do [[Egito]], continuou a guerra de expulsão dos hicsos, iniciada por seu pai, conseguindo seu objetivo após dez anos de guerra contra [[Khamudi]]; termina os combates com vitória de Amósis. Ele expulsou os [[hicsos]] do Egito, perseguindo-os pela [[Canaã]], [[Fenícia]] e [[Síria]] onde os hurritas talvez tivessem algum controle ou aliado, até a cidade de [[Carquemis]] junto ao rio [[Eufrates]], onde se deteve em choque militar com um povo em marcha: os hurritas do Mitanni. Teve início de uma série de conflitos que duraria 132 anos.
* {{AC|1500 a.C.|x}} — inicia-se um longo período de guerras entre o Mitanni e o Egito sobre os ricos territórios da Síria, Canaã e Fenícia; durante quase 132 anos ininterruptos os dois povos disputaram palmo a palmo as regiões em litígios — ora um Estado obtinha a supremacia, ora outro.
* Morre [[Telepinus]], rei hitita. Após sua morte, pouco se sabe sobre os reis que lhe sucederam nos dois séculos que se seguiram. Por quase 130 anos a história dos hititas se tornou um hiato: foi um período de pouca atividade militar, política e cultural fora das fronteiras naturais da Ásia Menor, somente explicado pela ascensão dos hurritas do Mitanni como potência local, entre a Ásia Menor, a Mesopotâmia e o Egito. Sucedendo a uma seqüência de reis fracos da qual Telipinus fora o último, assume o novo rei hitita, [[Alluwamnas]], que inicia um novo período de glória na história dos hititas.
* {{AC|1459 a.C.|x}} — logo após a morte de [[Hatchepsut]], [[Tutmósis III]] lançou-se em combate pela Ásia para recuperar os territórios perdidos para os mitannitas, em 17 campanhas militares entre esse ano até o ano de {{AC|1439 a.C.|x}}; recuperou Canaã de imediato, mas teve de lutar bastante na Síria, onde os mitannitas haviam estabelecido fortes posições; o conflito durou mais de uma geração. Tutmósis teve de renunciar aos pontos mais distantes do Eufrates, fixando a fronteira com os mitannitas entre a Síria e Canaã. Lançou-se também em campanhas contra a [[Núbia]], onde estabeleceu a capital provincial em [[Napata]], perto da 4.ª Catarata.
* {{AC|1423 a.C.|x}} — [[Amenófis II]] (Akheprure), assume o trono do Egito devido à morte de seu pai. Teve necessidade de afirmar sua autoridade. Seus feitos militares não passaram de demonstração de força para intimidar aqueles que conspiravam contra o seu reinado. Atacou a Síria em poder dos mitanitas, entretanto o resultado foi duvidoso, uma vez que o Egito perdeu terreno na região. O ataque foi uma resposta às constantes incursões das tropas do Mitanni em territórios egípcios e uma advertência às outras potências da região — hititas e babilônios que vinham se recuperando de um período de fraqueza.
* {{AC|1414 a.C.|x}} — no nono ano de seu governo, Amenófis recebeu presentes das outras três potências da época: hurritas, hititas e babilônios. Era um sinal de possível acordo diplomático entre os quatro grandes impérios na região. Os hititas e os babilônios vinham se recuperando de um período de relativa fraqueza, enquanto os hurritas estavam no auge de seu poder.
* {{AC|1410 a.C.|x}} — na Mesopotâmia, o sumo-sacerdote da cidade de Assur, na Assíria, faz-se aclamar rei, submetendo-se à vassalagem aos hurritas do Mitanni.
* {{AC|1400 a.C.|x}} — os hurritas do Mitanni ofereceram a paz ao Egito; de inimigos, tornaram-se aliados, cedendo-lhe os territórios em disputa. Isso porque os hititas começaram a sua expansão através de suas fronteiras ao norte da Mesopotâmia, agora decididos a construir um império na Ásia. Esse acordo evitava guerra em duas frentes, concentrando a luta contra os novos vizinhos com quem disputavam a Anatólia, a Cilícia e a Síria. Provavelmente foi Arnuwandas II quem iniciou esse primeiro ataque fora das fronteiras naturais da Anatólia. Apesar da fraqueza dos reis hititas entre os anos de {{formatnum:1590}} a {{AC|1375 a.C.|x}}, eles conseguiram preservar os domínios hititas de mudanças fundamentais, embora o império sofresse constante pressão externa dos hurritas do Mitanni. Para a sorte da terra de Hatti, os hurritas sofriam concorrência dos egípcios pelo controle da Síria e Fenícia, aliviando a pressão sobre eles, dando-lhes condições de manter-se frente aos mitânios.
* {{AC|1396 a.C.|x}} — na Mesopotâmia, com a destruição gradativa do poder dos hurritas pelos hititas, o rei de [[Assur (Assíria)|Assur]] reconquista os territórios assírios aumentando gradativamente o seu poder.
* 1386 a.C — [[Eriba-Adad I]] torna-se rei da Assíria; aliando-se aos hititas na Mesopotâmia contra os hurritas do Mittani, vai ocupando os territórios dos mitanitas à medida que estes são vencidos pelos hititas. É o início do poder da Assíria.
* {{AC|1370 a.C.|x}} — fim do reino do Mitanni; os hititas liderados por [[Shuppiluliumas]], dispondo dos mesmos recursos e técnicas militares semelhantes aos hurritas, arrasaram a capital desse reino — a cidade de Nuzi — e, embora a saqueassem, não escravizaram sua população. Numa só batalha todo o reino foi submetido e seus súditos enfileirados nos exércitos hititas. Os hurritas foram tratados como povo federado ao Império dos Hititas, pois ambos pertenciam à mesma etnia. Também era a política de evitar a revolta dos povos submetidos. Seu líder subtraiu do território dos hurritas a Síria e a região da cidade de [[Carquemis]], fundando diversos pequenos reinos, entregando-os a seus filhos. Essa vitória se deveu ao rei hitita Shuppiluliumas e ao novo minério até então desconhecido para eles: o ferro — somente os hititas conheciam a fonte da matéria-prima e a técnica de fundi-lo para a forja adicionando-lhe [[oxigênio]]. Com a destruição do Mitanni, os hititas ocuparam suas terras entre o rio Tigre e o Orontes, e passam a disputar com o Egito os territórios da Síria-Canaã e Fenícia; os assírios reconquistaram a independência de [[Nínive]] e todos os territórios na Mesopotâmia que antes lhes pertenciam, ocupando o norte e o centro da região, fundando o que viria a ser por 747 anos o [[Império Assírio]].
 
{{Referências}}
== Soberanos ==
* [[Tusrata - Dushratta]]
* [[Artatama]]
 
== Ver também ==
 
{{Portal3|Estados extintos|Arqueologia|História|Mesopotâmia}}
* [[Hurritas]]
{{Síria Antiga e Mesopotâmia}}
 
[[Categoria:Mitani| ]]
{{Referências}}
{{Síria Antiga e Mesopotâmia}}
[[Categoria:Mitani]]