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'''Telha''' é um [[município]] [[brasil]]eiro do [[estado (subdivisão)|estado]] de [[Sergipe]]. Está localizado no Leste Sergipano. É o segundo município menos populoso do estado.
 
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<!-- NÃO COPIE nada para a Wikipédia, não é permitido (©). Mesmo de sites oficiais! Leia: Wikipedia:Coisas a não fazer! Não apague este aviso! -->Antes de emancipar-se, Telha[1], eram terras pertencentes à cidade de Propriá. Outrora, conhecido como povoado de nome “Telha de Cima”, e localizava-se na parte centro-sul do referido município. Segundo Erílio Santos (filho de Claudionor José dos Santos – 1º prefeito), ao povoado também foi proposto se chamar “Merulândia” [2] por vontade de padres missionários (redentoristas belgas que vieram para Sergipe em 1963) que na época se instalaram também no baixo São Francisco. Ainda sobre o novo nome da localidade, o deputado estadual Cleto Maia propunha a denominação de “Sílvio Romero”.
 
O dia-a-dia no povoado que possuía poucas famílias pobres e quase nenhuma de “boa renda” era repleto de muito trabalho, festejos e dificuldades de locomoção para se interligar com o centro do município de Propriá.
 
A povoação de Telha de Cima possuía poucas ruas e estas não eram asfaltadas e nem sequer possuía qualquer tipo de calçamento. Eram ruas empoeiradas e no período chuvoso lamacentas contribuindo para um desconforto maior nesse período. A povoação era uma zona rural, e o caminho percorrido pelas estradas que ligavam à Propriá só podiam ter seu destino final se as pessoas se utilizassem de canoas ou pequenas embarcações que se deslocavam por muitas lagoas e pelo rio São Francisco. Nessas estradas se trafegava muito por caminhos abertos no matagal que recobria o povoado e o principal meio de transporte era o cavalo. Muitos foram os enfermos que chegaram à Propriá sendo conduzidos em redes e carregados por parentes e amigos.
 
----[1] Segundo Seu Nilson Dias havia no povoado Telha um local conhecido até hoje como “salitre” que era tomado por plantação de cana-de-açúcar e onde se localizava um engenho e utilizavam-se burros de carga para ajudar no transporte e produção de melaço e cabaú. A origem do nome Telha remonta à utilização do termo “teia” utilizados por índios habitantes de Porto Real do Colégio (Alagoas) e que atravessavam o rio São Francisco para fazer telhas de argila na propriedade de uma família com descendência holandesa. Ele nos conta que os primeiros habitantes se instalaram em Telha de Cima em virtude das proximidades com as águas do São Francisco ficando estes próximos às várzeas. Perguntado: ''antes de ser cidade, Telha era conhecida como Telha de Cima?'' Nilson nos responde que o território começou a ser habitado primeiramente onde hoje se localiza o povoado Bela Vista, prolongando-se até a igreja velha (hoje só a fachada luta contra as ações do tempo), porém, por falha de memória, nos diz que ali era Telha de Cima, e que o lugar onde nos tempos atuais é a sede municipal era conhecido como Telha de Baixo, algo que não se comprova. Mas relata ainda que antes da nomenclatura entre Telha de Cima ou Baixo, se chamava o povoado Bela Vista por alcunha de Telha dos Vieiras.
 
[2]  Dona Maria também afirma que o nome da cidade teria que ser Merulândia, pois os padres queriam homenagear um bairro de Roma que possuía esse nome e que tinha a santa Nossa Senhora do Perpétuo Socorro como padroeira. Na verdade, não conseguimos identificar o nome desse bairro. O termo Merulândia vem da junção da palavra Merulana e do sufixo lândia (que pode ser utilizado para indicar a noção de terra, país ou região). Ela é uma via localizada no centro de Roma e onde dá acesso à Basílica di San Giovanni in Laterano ou São João de Latrão (oficialmente chamada de Archibasílica Sanctíssimi Salvatoris – Arquibasílica do Santíssimo Salvador) que é a catedral do bispo de Roma: o Papa.
 
Na via Merulana atualmente está exposto o quadro de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro (padroeira da cidade dos telhenses) precisamente na igreja de Santo Afonso dos Redentoristas.
 
'''TELHA DE CIMA: COTIDIANO E PROCESSO EMANCIPATÓRIO DE UMA CIDADE CRIADA NO INÍCIO DA DITADURA MILITAR BRASILEIRA.'''
 
Autoria: trechos da monografia de Deivid de Souza Santana, licenciado em História pela Universidade Federal de Sergipe.
 
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