Direito natural: diferenças entre revisões

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jus naturalismo
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A associação de Aristóteles com o direito natural é devida, em grande medida, à interpretação de que foi dada à sua obra por [[Tomás de Aquino]].<ref>Jaffa, ''Thomism and Aristotelianism''.</ref> A influência de Aquino foi tal que sugestionou algumas das primeiras traduções de trechos da ''[[Ética a Nicômaco]]'',<ref>H. Rackham, trans., ''Nicomachean Ethics'', Loeb Classical Library; J. A. K. Thomson, trans. (revised by Hugh Tedennick), ''Nicomachean Ethics'', Penguin Classics.</ref> embora as versões mais recentes sejam mais literais.<ref>Joe Sachs, trans., ''Nicomachean Ethics'', Focus Publishing</ref> Aristóteles afirma que a justiça natural é uma espécie de justiça política, isto é, o esquema de justiça distributiva e corretiva que seria estabelecido pela melhor comunidade política;<ref>''Ética a Nicômaco'', livro V, cap. 6–7.</ref> se isto viesse a tomar a forma de lei, poderia chamar-se direito natural, embora Aristóteles não discuta esse aspecto e sugira em ''[[Política (Aristóteles)|A Política]]'' que o melhor regime talvez não governe com base na lei.<ref>''A Política'', livro III.</ref>
 
A melhor indicação de que Aristóteles pensava existir um direito natural vem da [[Retórica (Aristóteles)|Retórica]], na qual ele afirma que, ademais das leis "particulares" que cada povo tem que estabelecer para si próprio, há uma lei "comum" conforme à natureza.<ref>''Retórica'' 1373b2–8.</ref> O jus naturalismo é uma planta hobes contexto dessa passagem, entretanto, sugere apenas que Aristóteles aconselhava que poderia ser retoricamente vantajoso recorrer a este tipo de lei, em especial quando a lei "particular" da cidade fosse contrária ao argumento a ser defendido, e não que tal lei de fato existisse;<ref>Shellens, "Aristotle on Natural Law," 75–81</ref> Em suma, a paternidade teórica do direito natural, atribuída a Aristóteles, é controversa.
 
===Os Estóicos===