Império das Gálias: diferenças entre revisões

Conteúdo apagado Conteúdo adicionado
m Resolvendo desambiguação cônsul e outros ajustes utilizando AWB
Linha 39:
O herdeiro imperial, [[Salonino]], e o [[prefeito pretoriano]], Silvano, permaneceram em [[Colônia Agripina]] (moderna [[Colônia (Alemanha)|Colônia]], [[Alemanha]]) para manter o garoto fora de perigo e, provavelmente, para vigiar os movimentos de Póstumo. Não demorou, porém, para que ele [[cerco|cercasse]] a cidade e mandasse executar os dois, tornando a revolta oficial. Acredita-se que ele tenha estabelecido ali ou em [[Augusta Treveroro]] ([[Trier]]) sua capital<ref>J.F. Drinkwater (1987), ''The Gallic Empire: Separatism and continuity in the north-western provinces of the Roman Empire'', Franz Steiner Verlag, Stuttgart, pp. 24-27.</ref>, com [[Lugduno]] ([[Lyon]]) como a terceira cidade mais importante do novo império.
 
O Império das Gálias tinha sua própria [[guarda pretoriana]], dois [[cônsulCônsul (Roma Antiga)|cônsules]]es eleitos anualmente (nem todos os nomes sobreviveram) e, provavelmente, seu próprio [[Senado Romano|senado]]. Pelas evidências [[numismática]]s, o próprio Póstumo foi cônsul por cinco vezes. Ele também conseguiu repelir com sucesso a invasão de Galieno em 263 e não teve mais que enfrentá-lo novamente depois disso. Porém, no início de 268, foi obrigado a enfrentar [[Leliano]], provavelmente um de seus próprios oficiais, que foi proclamado imperador em [[Moguntiaco]] ([[Mainz]]) pela [[legião romana|legião]] [[Legio XXII Primigenia|XXII ''Primigenia'']]. Póstumo rapidamente tomou a capital rebelde e Leliano foi morto, mas acabou pagando um alto preço, pois ele foi derrubado e morto por suas tropas, supostamente por não permitir que o exército saqueasse Moguntiaco<ref>[[Aurélio Vítor]] 33.8.</ref><ref>[[Eutrópio (historiador)|Eutrópio]] 9.9.1.</ref>.
 
=== Depois de Póstumo ===
Depois da morte de Póstumo, o Império das Gálias começou seu declínio. O imperador [[Cláudio Gótico]] reintroduziu o controle romano na [[Gália Narbonense]] e em partes da [[Gália Aquitânia]]; há ainda evidências de que as províncias da Hispânia, que não reconheceram nenhum dos imperadores gálicos depois de Póstumo, podem ter ser reunido com Roma<ref name="Victorinus">{{cite web |last= Polfer|first= Michel |coauthors= |title= Victorinus (A.D. 269–271)|url= http://www.roman-emperors.org/victorin.htm|date= June 3, 2000|work= De Imperatoribus Romanis: An Online Encyclopedia of Roman Rulers and Their Families|publisher= |accessdate=July 10, 2009}}</ref><ref name="Claudius">{{cite web |last= Weigel|first= Richard D.|coauthors= |title= Claudius II Gothicus (268–270) |url= http://www.roman-emperors.org/claudgot.htm |date= June 19, 2001|work= De Imperatoribus Romanis: An Online Encyclopedia of Roman Rulers and Their Families|publisher= |accessdate=July 10, 2009}}</ref>.
 
[[Marco Aurélio Mário|Mário]] foi alçado ao trono depois da morte de Póstumo, mas morreu logo depois; as fontes antigas, escrevendo muito depois, afirmam que ele teria reinado por apenas dois dias, embora seja mais provável, como se evidencia pelas evidências numismáticas, que o correto seja uns poucos meses<ref>{{cite web |last= Polfer|first= Michael |coauthors= |title= Marius (A.D. 269)|url= http://www.roman-emperors.org/marius.htm|date= June 24, 1999|work= De Imperatoribus Romanis: An Online Encyclopedia of Roman Rulers and Their Families|publisher= |accessdate=July 10, 2009}}</ref>. Em seguida, [[Vitorino]] assumiu o trono, sendo reconhecido no norte da Gália e na Britânia, mas não na Hispânia<ref name="Victorinus"/>. Ele passou a maior parte de seu reinado lidando com rebeldes e tentando recuperar os territórios gauleses que haviam sido recuperados por Cláudio Gótico. Assassinado em 271 supostamente por seduzir a esposa de um subordinado, [[Vitória (usurpador romano)|Vitória]], sua mãe, conseguiu manter-se no poder tempo suficiente para conseguir eleger um sucessor<ref name="Victorinus"/>. Com o apoio dela, [[Tétrico I|Tétrico]] foi escolhido e foi reconhecido na Britânia e na porção da Gália ainda sob controle imperial<ref name="TetricusI">{{cite web |last= Polfer|first= Michel |coauthors= |title= Tetricus I (AD 271–273)|url= http://www.roman-emperors.org/tetrici.htm|date= January 28, 2000|work= De Imperatoribus Romanis: An Online Encyclopedia of Roman Rulers and Their Families|publisher= |accessdate=July 10, 2009}}</ref>. O novo imperador lutou contra os invasores [[germanos|germânicos]] que passaram a saquear a Gália depois da morte de Vitorino e conseguiu recuperar a Gália Aquitânia e a porção ocidental da Gália Narbonense quando o imperador [[Aureliano]] estrava no oriente lutando contra a [[Zenóbia|rainha Zenóbia]] do [[Império de Palmira]]. Tétrico estabeleceu ainda sua corte em [[Augusta Treveroro]] ([[Trier]]) e, em 273, elevou seu filho, [[Tétrico II|Tétrico]], a [[césar (título)|césar]]. No ano seguinte, o jovem Tétrico foi também eleito co-[[Cônsul (Roma Antiga)|cônsul]], mas o império se enfraquecia à cada dia por conta de disputas internas, incluindo um motim liderado pelo [[:wikt:usurpador|usurpador]] [[Faustino (usurpador)|Faustino]]<ref name="TetricusI"/>. Nesta época, Aureliano já havia conseguido derrotar os palmirenses e planejava retomar o Império Gálico. Ele finalmente invadiu o território de Tétrico e o derrotou na [[Batalha de Châlons (274)|Batalha de Châlons]] em 274. De acordo com algumas fontes, Tétrico ofereceu a rendição em troca de [[clemência]] para si e para seus filho antes da batalha<ref name="TetricusI"/>, um detalhe que pode ser resultado de [[propaganda]] posterior visando desacreditá-lo, mas os fatos eram que Aureliano tornara-se novamente o único imperador romano e o Império das Gálias não mais existia<ref name="TetricusI"/>.
 
== Causas ==