Brigadas dos Mártires de Al-Aqsa: diferenças entre revisões

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As '''Brigadas dos Mártires de Al-Aqsa''' ({{lang-ar|كتائب شهداء الأقصى}}) são uma coligação de milícias [[palestina|palestiniana]]s na [[Cisjordânia]]. O nome do grupo faz referência à [[Mesquita de Al-Aqsa]], em [[Cidade Antiga (Jerusalém)|Jerusalém Oriental]]. Diferentemente de outros grupos militantes palestinianos, como o [[Hamas]], as brigadas não são [[Fundamentalismo islâmico|fundamentalistas islâmicas]]. O grupo foi designado como um grupo [[Terrorismo|terrorista]] por [[Israel]], [[Estados Unidos da América|Estados Unidos]],<ref>{{citar web |url=http://www.state.gov/s/ct/rls/fs/37191.htm |publicado=State.gov |autor= |título=Foreign Terrorist Organizations (FTOs) |acessodata= |língua= |obra=[[Departamento de Estado dos Estados Unidos da América]] |data=11 de outubro de 2005}}</ref> [[Canadá]],<ref>{{citar web |url=http://www.psepc.gc.ca/prg/ns/le/cle-en.asp#aamb5 |publicado=Psepc.gc.ca |autor= |título=Currently listed entities |acessodata= |língua= |obra=Public Safety and Emergency Preparedness Canada |data=11 de novembro de 2006}}</ref> [[União Europeia]]<ref>{{citar web |url=http://eur-lex.europa.eu/LexUriServ/site/en/oj/2005/l_340/l_34020051223en00640066.pdf |publicado=Eur-lex.europa.eu |obra= |autor= |formato=PDF |título= Official Journal of the European Union |acessodata= |língua= |data=30 de setembro de 2005}}</ref> e [[Japão]].<ref>{{citar web |url=http://www.mofa.go.jp/policy/other/bluebook/2005/ch3-a.pdf |publicado=Mofa.go.jp |obra= |autor= |formato=PDF |título=Política Externa do Japão - 2005 |data= |acessodata= |língua= }}</ref><ref>{{Citar livro | ultimo = Kushner | primeiro= Harvey | autorlink = | coautores = | título = Encyclopedia of Terrorism | língua = | editora = Sage Publications Inc | ano = 2002 | edição = | local = | páginas = 11 | url = http://books.google.com/books?id=ZOfkAoDb_2IC&pg=PA11&dq=Al-Aqsa+Brigades&lr=&sig=gaorV2LoWmqz5Di4u7yIDZ0S5t4 | doi = | id = | isbn = }}</ref>
 
Não se sabe ao certo se as brigadas têm uma relação diretadirecta com os líderes do [[Fatah]].<ref>{{citar web |url=http://www.cfr.org/publication/9127/#4 |publicado=Cfr.org |obra= |autor= |título=Al-Aqsa Martyrs Brigade - Council on Foreign Relations |data= |acessodata= |língua= }}</ref> A liderança das brigadas e seus membros comuns já se identificaram como a ala militar do Fatah, e sua [[site|página]] na [[Internet]], assim como os [[cartaz]]es que penduram, mostram o emblema da organização. A liderança do Fatah já declarou nunca ter tomado uma decisão a respeito de criar as brigadas, ou torná-las a sua ala militante. Desde [[2002]] os líderes do Fatah vem tentando fazer com que as brigadas parem de atacar civis israelensesisraelitas.<ref>{{Citar livro | ultimo = Stork | primeiro= Joe | autorlink = | coautores = | título = Erased in a Moment: Suicide Bombing Attacks Against Israeli Civilians | língua = | editora = Human Rights Watch | ano = 2002 | edição = | local = | páginas = 78 | url = http://books.google.com/books?id=CGiot772MSEC&pg=PA77&dq=Al-Aqsa+Martyrs%27+Brigades&sig=tZif7ASqqEZYer5I5Q_ubsrjSO0#PPA78,M1 | doi = | id = | isbn = }}</ref>
 
Em novembroNovembro de [[2003]] [[jornalista]]s da [[BBC]] descobriram um pagamento, feito pelo Fatah, de {{formatnum:50000}} [[dólar]]es por mês, para a Al-Aqsa..<ref>{{citar web |url=http://news.bbc.co.uk/1/hi/world/middle_east/3243071.stm |publicado=[[BBC News]] |autor= |título=Palestinian Authority funds go to militants |língua=inglês |data=7 de novembro de 2003 |acessodata=2 de fevereiro de 2009}}</ref> Esta investigação, juntamente com documentos obtidos pelas FDI levaram Israel a concluir que as Brigadas dos Mártires de Al-Aqsa sempre foi diretamentedirectamente financiada por [[Yasser Arafat]]. Em junho de [[2004]] o então [[Primeiro-ministro da Autoridade Nacional Palestina|primeiro-ministro]] da [[Autoridade Nacional Palestina|Autoridade Palestina]], [[Ahmed Qurei]], afirmou abertamente: ''"Nós declaramos claramente que as Brigadas dos Mártires de Al-Aqsa fazem parte do Fatah. Estamos comprometidos com eles, e o Fatah assume a completa responsabilidade pelo grupo."''<ref>{{citar web |url=http://www.eufunding.org/accountability/AbuToameh_Fatah_AksaMartyrs.html |publicado=Eufunding.org |autor= |obra= |título= |data= |acessodata= |língua= }}</ref> Em julhoJulho, o mesmo Qurei declarou: ''"As Brigadas dos Mártires de Al-Aqsa, ala militar do movimento Fatah, não serão dissolvidas, e o Fatah nunca abrirá mão de sua ala militar."''<ref>{{citar web |url=http://www.imra.org.il/story.php3?id=21474 |publicado=Imra.org.il |autor= |título=Arafat Blames Israel for Tel Aviv Bombing |acessodata= |língua= |obra=[[IMRA]] |data=14 de julho de 2004}}</ref>
 
Israel prendeu [[Marwan Barghouti]], um dos líderes do grupo, em abrilAbril de [[2002]], e em agostoAgosto do mesmo ano o indiciou por múltiplas acusações de [[homicídio]], e por pertencer a uma organização terrorista.
 
== Histórico de atividadesactividades ==
As brigadas de Al-Aqsa são responsáveis por dúzias de [[Atentado suicida|atentados suicidas]] e [[tiroteio]]s contra veículos [[israel|israelitas]]enses na [[Cisjordânia]].
 
Alguns dos atentados cometidos pelo grupo incluem:
* 2 de marçoMarço de 2002: Beit Yisrael, [[Jerusalém]] - 11 mortos.
* 5 de janeiroJaneiro de 2003: Estação central de ônibus, no sul de [[Tel Aviv]] - 22 mortos.
* 29 de janeiroJaneiro de 2004: Rehavia, Jerusalém, linha 19 de ônibus - 11 mortos.
* 14 de marçoMarço de 2004: Porto de [[Ashdod]] - 10 mortos (em conjunto com o [[Hamas]]).
 
Em [[16 de outubro|16 de Outubro]] de [[2005]] a Brigada dos Mártires de Al-Aqsa alegou a responsabilidade por um tiroteio na [[Junção de Gush Etzion]], matando três israelensesisraelitas e ferindo três outros.
 
Em [[24 de março|24 de Março]] de [[2004]] um [[adolescente]] palestino chamado [[Hussam Abdo]] foi capturado num [[posto de controle|posto de controlo]] das [[Forças de Defesa de Israel]], carregando um [[cinto explosivo]]. Após a sua prisão, uma célula de militantes adolescentes da Brigada dos Mártires de Al-Aqsa foi exposta e presa em [[Nablus]].<ref>{{citar web |url=http://www.nytimes.com/2004/05/30/international/middleeast/30teen.html |publicado=[[The New York Times]] |autor= |título=Israel Says Children Are Used to Recruit Bombers |acessodata= |língua=inglês |data=30 de maio de 2004}}</ref> Em [[23 de setembro|23 de Setembro]] de [[2004]] um terrorista suicida com 15 anos pertencente à facção foi preso pelo exército israelenseisraelita.<ref>{{citar web |url=http://web.archive.org/web/20041010033932/ |publicado=[[Internet Archive]] |autor= |título= |data= |acessodata= |língua= }}</ref><ref>{{citar web |url=http://www.haaretz.com/hasen/spages/481217.html |publicado=Haaretz.com |autor= |obra= |título= |data= |acessodata= |língua= }}</ref>
 
As brigadas, como muitos grupos de [[milícia]], são célebres pelo seu uso de cartazes e pôsteresposteres promocionais, nas principais cidades dos territórios palestinospalestinianos. Foram responsáveis por ataques tanto a israelitas quanto aos próprios palestinianos; em novembroNovembro e dezembroDezembro de 2003, as Brigadas dos Mártires de Al-Aqsa mataram o irmão de [[Ghassan Shakaa]], [[prefeito]] de [[Nablus]].<ref>{{citar web |url=http://weekly.ahram.org.eg/2004/709/re3.htm |publicado=Weekly.ahram.org.eg |autor= |obra= |título= |data= |acessodata= |língua= }}</ref> Em fevereiroFevereiro de 2004 Shakaa pediu demissão de seu cargo, em protesto contra a falta de açãoacção da Autoridade Palestina contra as milícias armadas que "devastavam" a cidade.<ref>{{citar web |url=http://www.abc.net.au/am/content/2004/s1056078.htm |publicado=Abc.net.au |autor= |obra= |título= |data= |acessodata= |língua=inglês}}</ref><ref>{{citar web |url=http://middleeastinfo.org/article.php?sid=3978 |publicado=Middleeastinfo.org |autor= |obra= |título= |data= |acessodata= |língua= }}</ref> Durante os primeiros três meses daquele ano, diversos ataques a [[jornalista]]s na Cisjordânia e na [[Faixa de Gaza]] também foram atribuídos às brigadas, incluindo o ataque aos escritórios na Cisjordânia da [[rede de televisão]] [[Árabes|árabe]] [[Al-Arabiya]], cometido por homens mascarados que se identificavam como membros das Brigadas dos Mártires de Al-Aqsa. Os jornalistas palestinianos em Gaza convocaram uma [[greve]] geral em Gaza em [[9 de fevereiro|9 de Fevereiro]], para protestar contra esta violência.
 
A Brigada dos Mártires de Al-Aqsa participou ativamenteactivamente dos [[distúrbios de julho de 2004|distúrbios de Julho de 2004]], na [[Faixa de Gaza]], na qual oficiais palestinospalestinianos foram sequestrados, e os quarteisquartéis-generais da polícia e dos oficiais de segurança Autoridade Palestina foram atacados por homens armados.<ref>{{citar web |url=http://www.bicom.org.uk/publications/israeli-palestinian_conflict/?content_id=721 |publicado=Bicom.org.uk |autor= |obra= |título= |data= |acessodata= |língua=inglês}}</ref> Estes tumultos levaram o gabinete palestino a declaram estado de emergência, e a situação da Autoridade Palestina foi descrita na mídia como sendo de "anarquia" e "caos".
 
As Brigadas dos Mártires de Al-Aqsa realizaram diversos ataques em conjunto com o grupo [[Fundamentalismo islâmico|fundamentalista islâmico]] [[Hamas]]; estes ataques foram realizados principalmente na Faixa de Gaza. Além disso, as brigadas também realizaram ataques conjuntos com outros grupos militantes, como a [[Jihad Islâmica Palestina]], os [[Comitês de Resistência Popular]], e o [[Hizbollah]], na [[Cisjordânia]].
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Os escritórios em Gaza da [[União Europeia]] foram invadidos por 15 homens armados e mascarados, pertencentes às Brigadas dos Mártires de Al-Aqsa em [[30 de janeiro]] de [[2006]]. Os invasores exigiam um pedido de desculpas da [[Dinamarca]] e da [[Noruega]] pelas [[Polêmica das caricaturas da Jyllands-Posten sobre Maomé|caricaturas da Jyllands-Posten sobre Maomé]], abandonando no entanto o local 30 minutos após a invasão, sem disparar algum tiro ou ferir alguém.<ref>{{citar web |url=http://news.bbc.co.uk/1/hi/world/middle_east/4661572.stm |publicado=[[BBC News]] |autor= |título=Gaza EU offices raided by gunmen |acessodata= |língua=inglês |data=30 de janeiro de 2006}}</ref>
 
=== PolêmicaPolémica sobre o uso de carros caracterizados como veículos de imprensa ===
Em [[9 de junho|9 de Junho]] de [[2007]], durante um ataque mal sucedido a uma posição do exército israelita no posto fronteiriço de Kissufim, entre Gaza e Israel, possivelmente uma tentativa de raptar soldados das Forças de Defesa de Israel, quatro membros armados das [[Brigadas Al-Quds]], a ala militar da [[Jihad Islâmica]], juntamente com a Brigada dos Mártires de Al-Aqsa, usaram um veículo marcado com letreiros que diziam ''"TV"'' e ''"PRESS"'' ("[[televisão|TV]]" e "[[imprensa]]", em [[Língua inglesa|inglês]]) para cruzar a fronteira e chegar até uma torre de guarda israelita.<ref name="autogenerated4">{{citar web |url=http://fr.jpost.com/servlet/Satellite?cid=1181228588087&pagename=JPost/JPArticle/ShowFull |publicado=Fr.jpost.com |autor= |título=Press slams gunmen for using TV jeep |data= |acessodata= |língua= |obra=[[Jerusalem Post]]}}</ref> O exército israelita matou um dos militantes, e os outros escaparam. O uso de um veículo propositadamente semelhante a um veículo de imprensa provocou uma resposta indignada de muitos jornalistas e organizações de [[imprensa]]. A diretoradirectora para o [[Oriente Médio]] da [[Human Rights Watch]], [[ONG]] [[Estados Unidos da América|americana]] ativistaactivista pelos [[direitos humanos]], Sarah Leah Whitsonn, respondeu ao ocorrido dizendo, <blockquote>
''"Usar um veículo caracterizado como imprensa para realizar um ataque militar é uma violação séria das leis de guerra, e também coloca os jornalistas em risco."''<ref>{{citar web |url=http://hrw.org/english/docs/2007/06/13/isrlpa16156.htm |publicado=Hrw.org |autor= |título=Gaza: Armed Palestinian Groups Commit Grave Crimes |acessodata= |língua= |obra=[[Human Rights Watch]] |data=13 de junho de 2007}}</ref>
</blockquote>
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''"As Brigadas Al-Quds usaram um jipe blindado, que lembra os jipes blindados usados pelos serviços de inteligência sionistas."''<ref name="autogenerated3">{{citar web |url=http://www.newssafety.com/hotspots/countries/gaza/afp/gaza100607.htm |publicado=Newssafety.com |autor= |título=Journalists slam use of 'press vehicle' by Gaza militants |data= |acessodata= |língua= |obra=[[International News Safety Institute]]}}</ref></blockquote> No entanto, fotos tiradas pela [[agência de notícias]] [[Associated Press]] durante o ataque mostram as letras "TV", escritas em vermelho, na frente do jipe.<ref name="autogenerated3" />
 
== Cessar-fogo e anistiaamnistia ==
Em [[14 de julho|14 de Julho]] de [[2007]], [[Zakaria Zubeidi]], considerado o líder local de [[Jenin]] e o norte da [[Cisjordânia]] para as Brigadas dos Mártires de Al-Aqsa, procurado há muitos anos por Israel por sua atividadesactividades contra o país, concordou em interromper sua luta, depois que o [[Primeiro-ministro de Israel|primeiro-ministro israelenseisraelita]] [[Ehud Olmert]] concedeu um perdão condicional para 178 terroristas presos nos territórios palestinospalestinianos.<ref>{{citar web |url=http://www.rfi.fr/actufr/articles/091/article_54084.asp |publicado=Rfi.fr |autor= |título=Un chef de guerre dépose les armes |acessodata= |língua=francês |obra=[[Rádio França Internacional|RFI]] |data=15 de julho de 2007}}</ref>
 
== Retomada das operações ==
Em [[22 de agosto|22 de Agosto]] de [[2007]], de acordo com o [[Arutz Sheva]], uma organização de imprensa [[israel|israelita]]ense identificada com o [[sionismo religioso]], a Brigada dos Mártires de Al-Aqsa teria anunciado o abandono de seu acordo de cessar os ataques contra Israel.<ref name="autogenerated2">{{citar web |url=http://www.israelnationalnews.com/News/News.aspx/123470 |publicado=Israelnationalnews.com |autor= |título=Fatah Claims Shooting Attack, Terrorists Break Amnesty Deal |data= |acessodata= |língua= |obra=[[Arutz Sheva]]}}</ref> As Brigadas de Al-Aqsa teriam abandonado o acordo devido à prisão de dois militantes, pelo exército israelenseisraelita, que supostamente estariam na lista dos prisioneiros anistiadosamnistiados pelo governo de Israel. De acordo com as Forças de Defesa de Israel, os dois homens teriam sido presos num posto de fronteira, e declararam envolvimento em "atividadesactividades terroristas", o que consequentemente determinava a sua prisão, de acordo com os termos do acordo de anistiaamnistia.
 
Pouco tempo após abandonar o acordo de anistiaamnistia e a promessa de interromper os ataques a Israel, homens armados pertencentes às Brigadas de Al-Aqsa em [[Gaza]] anunciaram que haviam iniciado o lançamento de centenas de foguetes e [[morteiro]]s em cidades e vilas israelensesisraelitas, dando o nome à campanha de "Buraco no Muro II".<ref name="autogenerated2" />
 
{{Referências}}