Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro: diferenças entre revisões

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O '''Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro''' ('''IHGB''') <small>[[Ordem do Infante D. Henrique|MHIH]]</small> é a mais antiga e tradicional entidade de fomento da [[pesquisa]] e preservação [[história|histórico]]-[[geografia|geográfica]], [[cultural]] e de [[Ciências Sociais|ciências sociais]] do [[Brasil]], fundado em [[21 de outubro]] de [[1838]].<ref name="Brasil Escola">{{citar web |url=http://www.brasilescola.com/historiab/a-criacao-instituto-historico-geografico-brasileiro.htm |título=A criação do Instituto Histórico Geográfico Brasileiro |acessodata=21 de outubro de 2012 |autor=SOUSA, Rainer|coautores= |data= |ano= |mes= |formato= |obra=R7 |publicado=Brasil Escola |páginas= |língua= |língua2=pt |língua3= |lang= |citação= }}</ref>
 
==História==
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As comissões de geografia e de história incumbiam-se de receber memórias, documentos e artigos, davam seu parecer indicando-os à revista, à publicação avulsa, ou somente ao arquivo.<ref name=dias/> Suas publicações difundiam um discurso coerente e consonante com o ideal monárquico.<ref name=dias/>
 
Em março de 1839 recebeu o Patronato do [[Pedro II do Brasil|Imperador D. Pedro II]], que além de seu protetor, com o passar do tempo foi tornando-se um ativo membro, presidindo centenas de sessões.<ref name=dias>DIAS, Fabiana Rodrigues. "[http://www.ichs.ufop.br/rhh/index.php/revista/article/view/118 Polifonia e consenso nas páginas da Revista do IHGB: a questão da mão de obra no processo de consolidação da nação]", ''História da Historiografia'', no. 5, 2010, 175-188.</ref> O vínculo com o governo sempre foi forte, cinco anos após a sua funda­ção, 75% do orçamento do IHGB era coberto pelo governo, porcentagem que tendeu a se manter durante o [[século XIX]].<ref name=guima/>
 
Apesar de se espelhar em agremiações [[iluminismo|iluministas]], sua agenda girava em torno do soberano, sem ele não havia espetáculo: em 1846, não celebrou a sessão pública de aniversário, pois o imperador estava fora do Rio de Janeiro; na sessão magna de 1865, se comemorou o retorno do imperador ao Rio de Janeiro, envolvido na [[Guerra do Paraguai]].<ref name=callari/> Além disso era praxe no Instituto enviar delegações para cumprimentar o monarca por ocasião de inúmeras datas, tanto de cunho pessoal, como nacional.<ref name=callari/>
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Desde sua fundação o IHGB incentivava a criação de institutos históricos [[província|provinciais]], de forma a que canalizassem de volta para o [[Rio de Janeiro]] as informações sobre as diferentes regiões do Brasil.<ref name=guima/> Apesar disso, durante muitos anos o IHGB foi a única fonte produtora de saber histórico, seu monopólio só foi quebrado em 1862, com a criação do [[Instituto Arqueológico e Geográfico Pernambucano]] de foco regional e posteriormente com outros institutos de foco local, como o de São Paulo em 1894, e o Mineiro em 1907.<ref name=callari/>
 
Com o fim da Monarquia, o IHGB não aceitou o novo governo de imediato.<ref name=callari/> Porém como dependia de subvenções oficiais para se manter, em 1891, [[Deodoro da Fonseca]] (irmão do 1° secretário [[João Severiano da Fonseca]] foi nomeado presidente honorário do Instituto, praxe seguida com os próximos governantes.<ref name=callari/> Apesar disso o Instituto não se perdia a oportunidade de enaltecer a figura de [[D. Pedro II]], enviando as congratulações habituais ao monarca [[exílio|exilado]].<ref name=callari/> Após sua morte, o Instituto decretou [[luto]] por sete dias e cobriu de crepe por um ano a cadeira que o imperador usava quando presidia as sessões.<ref name=callari/>
 
A 20 de Dezembro de 1977 foi feito Membro-Honorário da [[Ordem do Infante D. Henrique]] de [[Portugal]].<ref name="OHen">{{citar web |url=http://www.ordens.presidencia.pt/?idc=154 |título=Cidadãos Estrangeiras Agraciados com Ordens Nacionais|autor=|data=|publicado=Presidência da República Portuguesa (Ordens Honoríficas Portuguesas) |acessodata=2016-03-02 |notas=Resultado da busca de "Associação Comercial do Rio de Janeiro".}}</ref>
 
==Objetivos==
O Instituto foi criado com duas diretrizes centrais: a co­ leta e publicação de documentos rele­vantes para a história do Brasil e o incentivo, ao ensino público, de estu­dos de natureza histórica.<ref name=guima>{{Citar web|autor=GUIMARÃES, M.|titulo=Nação e Civilização nos Trópicos: o Instituto Histórico Geográfico Brasileiro e o projeto de uma história nacional|publicado=Revista Estudos Históricos, Brasil, 1, jan. 1988|url=http://bibliotecadigital.fgv.br/ojs/index.php/reh/article/view/1935/1074|acessodata=28 Abr. 2013}}</ref>
 
A História do Brasil, a ser escrita pelos membros do IHGB, deveria ressaltar os valores ligados à unidade nacional e à centralização política, colocando a jovem nação brasileira como herdeira e continuadora da tarefa civilizadora portuguesa.<ref name="Brasil Escola"/> A nação, cujo passado o IHGB iria construir, deveria surgir como fruto de uma civilização branca e européia nos trópicos.
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[[Categoria:Instituições geográficas]]
[[Categoria:Ciência e tecnologia no Rio de Janeiro]]
[[Categoria:Membros-Honorários da Ordem do Infante D. Henrique]]
[[Categoria:1838 no Brasil]]