Frederico III da Alemanha: diferenças entre revisões

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== Vida política ==
=== Príncipe herdeiro ===
[[Ficheiro:Kronprinz Friedrich Wilhelm auf dem Hofball 1878.jpg|thumb|upright|left|Guilherme dava poucas funções oficiais a Frederico, como comparecer a bailes e socializar com dignatários.]]
Quando seu pai ascendeu ao trono prussiano em {{dtlink|2|1|1861}} como Guilherme I, Frederico tornou-se [[príncipe herdeiro]], aos 29 anos de idade. Ele permaneceria nessa posição por mais 27 anos. O novo rei era inicialmente considerado como politicamente neutro; Frederico e os elementos liberais da Prússia esperavam que ele fosse inaugurar uma nova era de políticas liberais. Os liberais conseguiram aumentar ainda mais sua maioria na [[Dieta (assembleia)|dieta]] prussiana, a ''Landtag'', porém Guilherme logo mostrou preferência pelos modos conservadores. Por outro lado, Frederico declarou-se em completo acordo com a "essencial política liberal para questões internas e estrangeiras".<ref>{{harvnb|Van der Kiste|1981|p=68}} </ref>
 
Já que Guilherme era um soldado dogmático e improvável que mudasse de opinião aos 64 anos,<ref>{{harvnb|Van der Kiste|1981|p=61}} </ref> ele frequentemente tinha conflitos políticos com a dieta. Uns dos desacordos em setembro de 1862 quase levou Frederico a ser coroado e substituir seu pai como rei; Guilherme ameaçou abdicar quando a dieta recusou financiar seus planos para uma reorganização militar. Frederico ficou alarmado por essa ação, afirmando que uma abdicação constituiria uma "ameaça para a dinastia, país e Coroa".<ref>{{harvnb|Pakula|1995|p=168}} </ref> Guilherme reconsiderou e seguiu o conselho do ministro da guerra [[Albrecht von Roon]] nomeando como [[Lista de primeiros-ministros da Prússia|primeiro-ministro]] [[Otto von Bismarck]], que ofereceu-se para realizar a reforma militar mesmo contra a maioria da dieta. A nomeação de Bismarck, um autoritário que frequentemente ignorava ou sobrepujava a dieta, deixou Frederico em colisão com seu pai e levou a sua exclusão das questões de estado durante todo o reinado de Guilherme. Frederico insistia em "conquistas morais" sem derramamento de sangue, unificando a Alemanha por meios liberais e pacíficos, porém acabou prevalecendo a política do "[[Sangue e Ferro (discurso)|sangue e ferro]]" de Bismarck.<ref name="nichols" /> Seus protestos contra o governo de Guilherme chegaram ao ápice em Danzig (atual [[Gdańsk]]) no dia 4 de junho de 1863, quando em uma recepção oficial ele abertamente denunciou as restrições de Bismarck quanto à liberdade de imprensa.<ref name="dorpalen11">{{harvnb|Dorpalen|1948|p=11}} </ref><ref>{{harvnb|Kollander|1995|pp=38–45}} </ref><ref>{{citar periódico|autor=Oster, Uwe A.|data=2013|título=Zur Untätigkeit verdammt|jornal=Damals|volume=45|número=3|páginas=60–65 }} </ref> Dali em diante Frederico fez de Bismarck seu inimigo e deixou seu pai extremamente furioso.<ref name="oster" /> Consequentemente, ele foi expulso de todas as posições de poder político durante o reinado de Guilherme. Mantendo sua posição militar, Frederico continuou a representar a Alemanha e o imperador em cerimônias, casamentos e celebrações, como no Jubileu de Ouro da rainha Vitória em 1887.<ref>{{harvnb|Van der Kiste|1981|pp=130–131}} </ref>