Célula dendrítica: diferenças entre revisões

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[[Ficheiro:Dendritic cells.jpg|thumb|225px|Secção da [[pele]] que mostra uma grande quantidade de células dendríticas na [[epiderme]].]]
{{Sem-fontes|data=dezembro de 2014}}
As '''células dendríticas''' (''[[etimologia|Et]]'': do [[grego antigo|grego]] δένδρον, árvore; ou '''DC''' [[língua inglesa|inglês]]: ''Dendritic Cell''), são [[glóbulos brancos]] que protegem o corpo de [[micróbio]]s invasores, tanto directa como indirectamente. Embora as células dendríticas constituam parte do [[sistema imunitário inato]],<ref name=Llibretext>{{cite web| sobrenome = Mayer| nome = Gene|título=Cells of the Immune System and Antigen Recognition| obra = Microbiology and Immunology On-Line Textbook| editora = USC School of Medicine| ano = 2006|url=http://pathmicro.med.sc.edu/2008-immpdf/Cells%20of%20the%20Immune%20System%2008.pdf| acessodata = 22 de maio de 2009|arquivourl=http://web.archive.org/web/http://pathmicro.med.sc.edu/2008-immpdf/Cells%20of%20the%20Immune%20System%2008.pdf|arquivodata=28 de novembro de 2015}}</ref> sendo capazes de [[Fagocitose|fagocitar]] [[patógeno]]s, a sua principal função é processar material [[antígeno|antigénico]], devolve-lo à sua superfície e apresentá-lo às células especializadas do [[sistema imunitário]]. Neste sentido, actua como vínculo entre os dois sistemas.<ref name="Revisió">{{citar periódico | título = Dendritic cells (I) : biological functions | autor = Satthaporn, S. & Eremin, O. | publicado = J. R. Coll. Surg. Edinb. | volume = 46 | ano = 2001 | páginas = 9-20 | url = http://www.rcsed.ac.uk/Journal/vol46_1/4610003.htm | acessodata = 22 de maio de 2009|arquivourl=http://web.archive.org/web/http://www.rcsed.ac.uk/Journal/vol46_1/4610003.htm|arquivodata=28 de novembro de 2015}}</ref> Deste modo, as células dendríticas são [[Célula apresentadora de antígeno|células apresentadoras de antigénio]]. As células dendríticas existem em diferentes grupos de [[vertebrado]]s, mas as suas características diferem entre um grupo e outro e inclusive no dentro de um mesmo grupo. Embora sejam comuns dos mamíferos, também foram detectadas em frangos<ref>{{citar periódico | sobrenome=Gallego | nome=M. | coautores=del Cacho E, Lopez-Bernad F, Bascuas JA | título=Identification of avian dendritic cells in the spleen using a monoclonal antibody specific for chicken follicular dendritic cells | publicação=The Anatomical Record | volume=249 | número=1 | páginas=81–85 | data=setembro de 1997 | url=http://www3.interscience.wiley.com/cgi-bin/fulltext/40053/PDFSTART | pmid=9294652 | doi=10.1002/(SICI)1097-0185(199709)249:1<81::AID-AR10>3.0.CO;2-X }}</ref> e tartarugas.<ref>{{citar periódico | sobrenome=Pérez-Torres | nome=A | coautores=Millán-Aldaco D. A., Rondán-Zárate A. | título=Epidermal Langerhans cells in the terrestrial turtle, ''Kinosternum integrum'' | publicado=Developmental and Comparative Immunology | volumen=19 | número=3 | páginas=225–236 | data=maio-junho de 1995 | pmid=8595821 | doi=10.1016/0145-305X(95)00006-F }}</ref>
 
O seu nome faz referência a umas projecções ramificadas que se desenvolvem num determinado momento do seu processo de maturação, semelhantes aos [[dendrito]]s dos [[neurónio]]s. As células dendríticas foram descobertas em [[1868]] por [[Paul Langerhans]] quando estudava o [[epitélio]] [[Pele|cutâneo]] [[humano]],<ref>{{citar periódico |autor=Langerhans, P |título=Ueber die Nervender menschlicher |idioma=alemany |publicación=Haut. Virchows Arch. (Pathol. Anat.) |volume=44 |páginas=325 |ano=1868 |doi= 10.1007/BF01959006|url=}}</ref> apesar de originalmente acreditar que formavam parte do [[sistema nervoso]];<ref name="omim-lch">{{OMIM|604856|Langerhans cell histiocytosis}}</ref> a sua verdadeira função só foi revelada um século mais tarde. Um estudo recente revelou a presença de células dendríticas no [[cérebro]], o que pode representar uma segunda linha de defensa contra os patógenos que consigam atravessar a [[barreira hematoencefálica]]. Estas formam parte da chamada "[[micróglia]] heterogénea".<ref name="Barrera">{{citar periódico | título = CD11c/EYFP transgene illuminates a discrete network of dendritic cells within the embryonic, neonatal, adult, and injured mouse brain | autor = Bulloch K., Miller M. M., Gal-Toth J., Milner T. A., Gottfried-Blackmore A., Waters E. M., Kaunzner U. W., Liu K., Lindquist R., Nussenzweig M. C., Steinman R. M. & McEwen B. S. | ano = 2008 | publicado = J Comp Neurol. | volume = 508 | número = 5 | páginas = 687-710 | pmid = 18386786 | doi = 10.1002/cne.21668}}</ref>
[[Ficheiro:Dendritic cell.JPG|thumb|250px|Uma célula dendrítica.]]
'''Célula dendrítica ''' é uma [[células imune]], isto é, faz parte do [[sistema imunológico]] dos [[mamíferos]]. Embora similares na aparência, as células dendríticas são estruturas distintas dos [[dendrite]]s do [[neurônio]]s.
 
As células dendríticas pertencem a um tipo de glóbulos brancos chamados [[fagócito]]s. Devido à sua elevada eficiência no momento de fagocitar material prejudicial ao corpo, as células dendríticas são consideradas fagócitos «profissionais», como [[neutrófilo]]s, [[monócito]]s, [[macrófago]]s e [[mastócito]]s.<ref name= Rob>Robinson p. 187 i Ernst pp. 7–10</ref> Parte da eficácia fagocítica das células dendríticas deve-se à presença de moléculas chamadas [[Recetor celular|receptores]] na superfície, que podem detectar objetos nocivos, tais como [[bactéria]]s, que normalmente se encontram dentro do corpo.<ref name= something>Ernst p. 10</ref> As células dendríticas existem em pequenas quantidades de tecidos que estão em contacto com o meio exterior, principalmente a [[pele]] (que possui um tipo especializado de células dendríticas chamadas [[Célula de Langerhans|células de Langerhans]]) e o revestimento interior do [[nariz]], os [[pulmão|pulmões]], o [[estômago]] e [[intestino]]s. Também estão presentes em estado imaturo no [[sangue]].
Sua principal função é capturar e transportar os [[antígeno]]s para a drenagem nos [[linfonodo]]s. As células dendríticas amadurecem para se tornarem eficientes na apresentação do antígeno. A maturação ocorre em resposta aos produtos microbianos ou aos sinais emitidos pela [[célula T]] ativada.
 
Tal como outros glóbulos brancos, as células dendríticas derivam de [[célula]]s [[Hematopoiese|hematopoiéticas]] [[mieloide]]s. Quando são ainda imaturas, a sua função é ir procurar constantemente patógenos no meio que as rodeia mediante [[Recetor de reconhecimento de padrões|receptores de reconhecimento de padrões]]. Assim que encontram um antigénio válido, começam a amadurecer e migram para os [[gânglios linfáticos]], onde se encontram os [[linfócito]]s. Quando os [[linfócitos T]] detectam um antigénio numa célula dendrítica, activam-se, proliferam e diferenciam-se em células efetoras. Por sua vez, os linfócitos T activam os [[linfócitos B]], que produzem [[anticorpo]]s, e a partir desse momento a defensa contra os patógenos passa para o domínio da [[Sistema de imunidade adquirida|imunidade adquirida]].
Constituem-se de 1% das células circulantes no [[sangue]] periférico. Localizam-se nos tecidos: [[pele]], TGI, e no [[sistema respiratório]] (porta de entrada para os microorganismos). Capturar e transportar antígeno para o linfonodo onde estão os [[linfócito]]s.
 
{{Referências}}
 
{{Sangue}}