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{{Artigo principal|Púrpura tíria}}
[[Ficheiro:Murex sp.jpg|thumb|direita|Espécie através da qual se extrai o pigmento púrpura]]
oi tudo bem
Por séculos, a cor púrpura, era obtida através de algumas espécies de [[molusco]] nativos do [[Mar Mediterrâneo]], o que causou [[extinção]] de algumas delas. Pela dificuldade na sua obtenção e seu alto preço, o púrpura, um dos mais importantes e mais caros [[pigmento]]s naturais da [[Antiguidade]] era preparado com tintas de vários [[moluscos]] — incluindo ''[[Murex]] brandaris'' e ''Purpura haemostoma'' encontrados na costa do [[Mediterrâneo]] e do [[Atlântico]] e nas [[Ilhas Britânicas]].
 
Quantidades enormes destes moluscos eram usados para tingir tecidos e ainda são encontradas pilhas das cascas dos moluscos em alguns sítios históricos na costa [[grega]].
 
A [[secreção]] do molusco está contida dentro de uma pequena [[veia]] ou [[cisto]] que, quando quebrada ou partida pela mão, segrega um fluido branco. Os tecidos eram banhados neste fluido branco e postos a secar ao sol que "revela" a tintura púrpura brilhante.
[[Ficheiro:Justinian.jpg|thumb|esquerda|125px|O [[Anexo:Lista de imperadores bizantinos|Imperador Bizantino]] [[Justiniano I]] ornado de púrpura de Tiro, representado num mosaico do [[Século VI]] na [[Basílica de São Vital]].]]
Os diferentes tons dependem do tipo de molusco e o tipo de extração do fluido branco. Segundo [[Plínio]], o melhor pigmento era extraído em [[Tiro]], no [[Mediterrâneo]] [[oriental]], e era a cor utilizada nas vestes [[reais]] [[romanas]], [[cor]] que até aos dias de hoje simboliza realeza.
 
A púrpura foi sem dúvida o [[corante]] de maior renome e mais caro de todos os corantes antigos. Era um símbolo de riqueza e distinção. Na [[Roma]] antiga só o [[imperador]] tinha o direito de a usar.
 
O imperador [[Nero]] chegou a punir com a morte o seu uso. O corante era produzido a partir de [[espécies]] de um molusco do género [[Murex]]. Cada espécie do molusco dava a sua variedade de púrpura.
 
Já os [[fenícios]] obtinham o pigmento púrpura de algumas espécies de moluscos [[gastrópodes]] do género Múrex, uma das espécies que se comem em [[Espanha]] com o nome «cañadilla» ou «cañaílla».
 
Em Tiro, a púrpura mais apreciada era extraída da espécie Murex brandaris. Na cidade de [[Sídon]] a espécie Murex trunculus era fonte de uma púrpura cor de ametista.
 
O pigmento está presente numa secreção mucosa produzida pela [[glândula]] [[hipocondrial]] situada junto do tracto respiratório. Esta secreção é incolor enquanto fresca mudando de cor quando exposta ao sol, passando pelo amarelo, em seguida pelo verde e só depois surgindo a cor púrpura característica.
 
O método geral de produção do corante consistia em esmagar os moluscos inteiros, ou abri-los e retirar a glândula, em seguida salgar essa massa durante três dias e finalmente ferver o conjunto em água durante dez dias.
 
O resultado era uma solução clara, concentrada, do corante. Restos da carne do molusco eram separados por decantação. O tecido era mergulhado na solução do corante e em seguida posto ao sol para que a cor aparecesse.
 
== Ver também ==