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{{Ver desambig|prefixo=Se procura|por outras palavras que tenham '''Unicórnio'''|Unicórnio (desambiguação)}}
 
Unicórnios são criaturas magníficas, que adoram ir para o final do arco íris
'''Unicórnio' passam pelo arco íris para pegar o pote de ouro no final'', também conhecido como '''licórnio''' ou '''licorne''', é um animal [[mitologia|mitológico]] que tem a forma de um [[cavalo]], geralmente branco, com um único [[chifre]] em espiral. O nome "unicórnio" deriva do latino ''unicornis'': do prefixo ''uni-'' e do substantivo ''cornu'', "um só chifre". Sua imagem está associada à pureza e à força. Segundo as narrativas são seres dóceis; porém são as mulheres virgens que têm mais facilidade para tocá-los.
 
[[Ficheiro:DomenichinounicornPalFarnese.jpg|thumb|A Virgem e o unicórnio. Domenico Zampieri, séc. XVII. [[Palazzo Farnese (Roma)|Palazzo Farnese]], [[Roma]]. ([[Afresco]])]]
 
Tema de notável recorrência nas [[Arte da Idade Média|artes medievais]] e [[Renascimento|renascentistas]], o unicórnio, assim como todos os outros animais fantásticos, não possui um significado único.
 
Considerado um [[Equus|equino]] fabuloso benéfico, com um grande [[corno]] na cabeça, o unicórnio entra nos bestiários em associação à [[virgindade]], já que o [[mito]] compreende que o único ser capaz de domar um unicórnio é uma donzela pura.
[[Leonardo da Vinci]] escreveu o seguinte sobre o unicórnio:
 
''"O unicórnio, através da sua intemperança e incapacidade de se dominar, e devido ao deleite que as donzelas lhe proporcionam, esquece a sua ferocidade e selvajaria. Ele põe de parte a desconfiança, aproxima-se da donzela sentada e adormece no seu regaço. Assim os caçadores conseguem caçá-lo."''
 
A origem do tema do unicórnio é incerta e se perde nos tempos. Presente nos pavilhões de imperadores chineses e na narrativa da vida de [[Confúcio]], no [[Mundo ocidental|Ocidente]] faz parte do grande número de monstros e animais fantásticos conhecidos e compilados na era de [[Alexandre, o Grande|Alexandre]] e nas [[biblioteca]]s e obras [[Helenismo|helenísticas]].
 
É citado no livro grego ''Physiologus'', do século V d.C., como uma correspondência do milagre da [[Encarnação (religião)|Encarnação]].
Centro de calorosos debates, ao longo do tempo, o milagre da Encarnação de Deus em [[Maria (mãe de Jesus)|Maria]] passou a ser entendido como o [[dogma]] da virgindade da mãe de [[Cristo]]: nessa operação teológica, o unicórnio tornou-se um dos atributos recorrentes da Virgem.
 
Representações profanas do unicórnio encontram-se em tapeçarias do Norte da [[Europa]] e nos ''cassoni'' (grandes caixas de madeira decoradas, parte do enxoval das noivas) [[Itália|italianos]] dos séculos XV e XVI. O unicórnio também aparece em emblemas e em cenas alegóricas, como o Triunfo da Castidade ou da Virgindade.
 
A figura do unicórnio está presente também na [[heráldica]], como no [[Brasão de armas do Canadá|brasão de armas do Canadá]], da [[Escócia]] e do [[Reino Unido]].
 
Na [[astronomia]], o unicórnio é o nome de uma [[constelação]] chamada [[Monoceros]].
 
O unicórnio tem sido uma presença frequente na literatura fantástica, surgindo em obras de [[Lewis Carroll]], [[C.S. Lewis]] e [[Peter S. Beagle]]. Anteriormente, na sua novela ''A Princesa de Babilônia'',<ref>[http://www.ebooksbrasil.org/eLibris/babilonia.html eBookLibris: A Princesa de Babilônia] (1768) - Autor: Voltaire, França.</ref> [[Voltaire]] inclui um unicórnio como montada do herói Amazan.
 
Modernamente, na obra de [[J.K. Rowling]], a série [[Harry Potter]], o sangue do unicórnio era necessário para [[Voldemort]] manter-se vivo, porém o ato de matar uma criatura tão pura para beber-lhe o sangue dava ao praticante de tal ação apenas uma semi-vida - uma vida amaldiçoada. No livro diz-se que o unicórnio bebê é dourado, adolescente prateado e adulto branco-puro. Também é interessante observar, ainda na obra de Rowling, que a varinha do personagem [[Ronald Weasley]] possui o núcleo de pelo de unicórnio.
 
Em outro livro, "[[Memórias de Idhún]]", de [[Laura Gallego García]], o unicórnio é um dos personagens principais da história, sendo parte de uma profecia que salva Idhún dos ''sheks''. Em Memórias de Idhún, o unicórnio está no corpo de Victoria.
 
Em 2008, um "unicórnio" nasceu na Itália. O animal, obviamente não é parte de uma nova espécie. Mas sim uma corça (pequena espécie de cervídeo europeu), que nasceu com somente um chifre. Pesquisadores atribuem o ocorrido a um "defeito genético".<ref>[http://g1.globo.com/Noticias/Ciencia/0,,MUL597143-5603,00.html 'Unicórnio' nasce na Itália e surpreende pesquisadores] (2008) - Autor: [[G1]]</ref>
 
Alguns relatos dizem também, que esses seres mágicos são capazes se alimentar de nuvens do entardecer e raios de sol. Isso só ocorre pelo fato de essas serem as únicas substâncias puras o suficiente para esse animal fantástico ingerir. Além disso, os unicórnios, devido a sua origem mágica, conseguem transformar quaisquer tipos de substâncias impuras e putrefatas em substâncias brilhantes, cheias de luz e vida.
 
== História e lendas ==