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[[Ficheiro:Conselheiro Revista Ilustrada.jpg|thumb|250px|right|[[Caricatura]] na [[Revista Ilustrada]] retratando [[Antônio Conselheiro]] com um [[Comitiva|séquito]] de [[Bufão|bufões]] armados com antigos bacamartes tentando "barrar" a [[Proclamação da República do Brasil|república]].]]
Um '''bacamarte''' (do [[Língua francesa|francês]] ''braquemart'') é uma [[arma de fogo]] de cano curto e largo, parecendo uma [[garrucha]] alongada, alargada na boca e reforçada na [[coronha]].<ref>FERREIRA, A. B. H. ''Novo dicionário da língua portuguesa''. 2ª edição. Rio de Janeiro. Nova Fronteira. 1986. p. 215.</ref> Embora os seus exemplares mais modernos sejam de cano longo.
== História ==
O "bacamarte de amurada" era uma das armas mais especializadas em uso nos [[século]]s [[século XVIII|XVIII]] e [[século XIX|XIX]]. Era de grande [[calibre]], pois seu objetivo era espalhar uma carga de [[chumbo]] grosso (de 20 a 40 [[Projétil|balas]] de cerca de 10 milímetros de [[diâmetro]]) contra massas de [[tropa]]s. Devido a esta poderosa carga, era uma arma muito pesada, havendo exemplares com 15 [[quilograma]]s ou mais de [[peso]]. Por causa desse peso, a arma chamava-se "de amurada", pois tinha um espigão central, sobre o qual ela era colocada na amurada de [[navio]]s, em furos existentes, pois o seu disparo do [[ombro]] do [[atirador]] era impossível.
Apesar de a lenda popular atribuir a boca alargada do bacamarte à função de espalhar o tiro, isso é incorreto, pois a abertura maior ou menor da boca não fazia diferença na dispersão do fogo. Na verdade, a boca mais larga destinava-se a facilitar o carregamento da arma nas [[gávea]]s de um navio, locais problemáticos levando-se em conta o balanço do navio e a tensão do combate.
[[Ficheiro:Flintlock Blunderbuss Tipoo Sahib Seringapatam 1793 1794.jpg|esquerda|thumb|500px|right|Um bacamarte em ótimo estado de conservação, datando entre 1793/1794.]]
A maior parte dos exemplares existentes em [[museu]]s brasileiros são do [[século XVIII]], mas os manuais da [[Marinha Brasileira]] ainda determinavam, em 1857, que cada navio, dependendo da classe, fosse equipado com bacamartes, indo de 8 para cada [[nau]] até dois nas [[Barca (náutica)|barca]]s. Seu uso continuou até a década de 1870, sendo que, posteriormente, foram substituídos pelas [[metralhadora]]s na mesma função.
Os bacamartes de amurada, apesar de sua origem e nome, também eram usados em terra, nas fortificações, para a defesa de flanco. Nessas posições, em caso de assaltos contra as muralhas, o seu fogo concentrado era mortal contra os atacantes.
Da análise dos exemplares existentes em museus, não é possível se estabelecer um tipo padrão, pois o [[calibre]], peso, comprimento e até os detalhes decorativos variam muito.
== Galeria ==
<gallery>
Ficheiro:Espingole 1760 France.jpg|Um bacamarte francês de 1760.
Ficheiro:Muzeum Diecezjalne - 06.JPG|Exemplos de bacamartes em tamanhos e tipos variados na Casa de Jan Długosz, em [[Sandomierz]], na [[Polônia]]
Ficheiro:English flintlock blunderbuss.jpeg|Bacamarte inglês.
</gallery>
{{Commons|Category:Blunderbuss}}
{{Referências}}
{{esboço-arma de fogo}}
[[Categoria:Armas de fogo antigas]]
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