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=== Cerco árabe e suas consequências ===
{{AP|Cerco de Constantinopla (717-718)}}
Logo nos primeiros meses o imperador teve que enfrentar seu primeiro grande desafio, um [[Cerco de Constantinopla (717-718)|massivo ataque muçulmano]] à capital imperial: o exército e a marinha do califa, liderados por Maslama, contavam com 120 000{{formatnum|120000}} homens e 1 800{{formatnum|1800}} navios de acordo com as fontes. Qualquer que seja o número verdadeiro, é certo que era uma força gigantesca, muito maior do que o exército imperial. Felizmente para Leão e para o império, Anastácio II havia consertado e reforçado as muralhas marítimas da capital. Além disso, o imperador também firmou uma aliança com o cã búlgaro [[Tervel]], que concordou em atacar a retaguarda dos árabes<ref>Treadgold (1997), pp. 346–347</ref>.
 
Entre julho de 717 e agosto do ano seguinte, a cidade foi cercada por mar e terra pelos muçulmanos, que construíram uma longa linha dupla de [[circunvalação]] e [[contravalação]] no lado terrestre, isolando a capital por ali. A tentativa árabe de completar o cerco pelo mar, porém, fracassou quando a [[marinha bizantina]] utilizou o [[fogo grego]] contra eles, o que manteve a frota árabe bem longe das muralhas, deixando assim abertas algumas rotas de reabastecimento. Forçados a estender o cerco pelo inverno adentro, as forças atacantes sofreram enormes perdas, por causa do frio e da falta de provisões<ref>Treadgold (1997), p. 347</ref><ref name="Cheynet13">Cheynet (2006), p. 13</ref>. Na primavera, reforços foram enviados pelo novo califa, [[Omar II]] {{nwrap|r.|717|720}}, por mar a partir da África e do Egito e por terra a partir da Ásia Menor. As tripulações da nova frota eram compostas majoritariamente por cristãos, que logo começaram a desertar em grandes números, enquanto que as tropas terrestres foram emboscadas e destruídas na [[Bitínia]]. Com o avanço da fome e das doenças pelo acampamento árabe, o cerco acabou sendo abandonado em 15 de agosto de 718. No retorno para casa, a frota árabe sofreu ainda mais perdas por causa de tempestades e da [[erupção vulcânica|erupção do vulcão]] da ilha de [[Tera]]<ref name="Cheynet13"/><ref>Treadgold (1997), pp. 347–349</ref>.