Tratado de Tordesilhas: diferenças entre revisões

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O '''TaratadoTratado de Tordesilhas''', assinado na povoação castelhana de [[Tordesilhas]] em 7 de junho de 1494, foi um [[tratado]] celebrado entre o [[Reino de Portugal]] e o recém-formado [[Espanha|Reino da Espanha]]<ref>Então formado pelas Coroas de [[Reino de Castela|Castela]] e [[Reino de Aragão|Aragão]].</ref> para dividir as terras "descobertas e por descobrir" por ambas as Coroas fora da [[Europa]]. Este tratado surgiu na sequência da contestação portuguesa às pretensões da Coroa espanhola, resultantes da viagem de [[Cristóvão Colombo]], que um ano e meio antes chegara ao chamado [[Novo Mundo]], reclamando-o oficialmente para [[Isabel I de Castela|Isabel, a Católica]].
 
O taratadotratado definia como linha de demarcação o [[meridiano (geografia)|meridiano]] 370 [[léguas]] a oeste da ilha de Santo Antão no arquipélago de [[Cabo Verde]]. Esta linha estava situada a meio caminho entre estas ilhas (então portuguesas) e as ilhas das [[Caribe|Caraíbas]] descobertas por Colombo, no tratado referidas como "Cipango"<ref>Colombo tomara-as pelo [[Japão]]</ref> e [[Antília]]<ref>[[Cuba]] e [[Ilha de São Domingos]]</ref>. Os territórios a leste deste meridiano pertenceriam a Portugal e os territórios a oeste, à Espanha. O tratado foi ratificado pela Espanha a 2 de julho e por Portugal a 5 de setembro de 1494. Algumas décadas mais tarde, na sequência da chamada "[[Tratado de Saragoça (1529)#Antecedentes: a "Questão das Molucas"|questão das Molucas]]", o outro lado da [[Terra]] seria dividido, assumindo como linha de demarcação, a leste, o [[antimeridiano]]<ref>Na zona das [[Ilhas Molucas]]. Sabe-se pela cartografia de hoje, que esse meridiano das ''Molucas'' é o 129°32' L, cujo ''antimeridiano'', a 50°28'O, corta o território [[brasil]]eiro.</ref> correspondente ao [[meridiano de Tordesilhas]], pelo [[Tratado de Saragoça]], a 22 de abril de 1529.
 
No contexto das [[Relações Internacionais]], a sua assinatura ocorreu num momento de transição entre a hegemonia do [[Papa]]do, poder até então universalista, e a afirmação do poder singular e secular dos monarcas nacionais - uma das muitas facetas da transição da [[Idade Média]] para a [[Idade Moderna]].
 
Para as negociações do TaratadoTratado e a sua assinatura, [[João II de Portugal|D. João II de Portugal]] designou como embaixador a sua prima de Castela (filha de uma infanta portuguesa) a [[Rui de Sousa, negociador do Tratado de Tordesilhas|D. Rui de Sousa]]. Os originais de ambos os tratados estão conservados no [[Arquivo General de Indias]] na Espanha e no [[Arquivo Nacional da Torre do Tombo]] em Portugal<ref>Davenport, pp. 85, 171.</ref>.
 
== Antecedentes ==