Operação Vitória de Pirro: diferenças entre revisões

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Em sua [[delação premiada]], o senador [[Delcídio Amaral]] (sem partido-MS) afirmou que Gim Argello cobrava [[propina]] de empreiteiras para não convocar executivos para a CPI Mista da Petrobras. Gim Argello, era vice-presidente da comissão, que funcionou em 2014.<ref name="CPMI Petrobras"/> De acordo com Amaral, alguns membros da CPI obrigavam, por exemplo, o empreiteiro Léo Pinheiro, da construtora OAS, a jantar em Brasília toda segunda-feira para conversar com parlamentares, momento em que seria cobrado o "pedágio".<ref name="CPMI Petrobras"/>
 
De acordo com o [[Ministério Público Federal]] (MPF), o ex-senador Argello é suspeito de cobrar propina para evitar convocação de empresários a comissões parlamentares de inquérito em 2014 e 2015, conhecida como [[CPI da Petrobras]].<ref name="agência brasil 2"/> Segundo o MPF-PR, a prisão do ex-senador foi autorizada após terem sido recolhidas provas de que ele recebeu R$ 5 milhões em propina da empreiteira [[UTC Engenharia]], conforme depoimento do dirigente da empresa, [[Ricardo Pessoa]], em delação premiada, à [[força-tarefa]] da Lava Jato.<ref name="agência brasil 2"/> O MPF-PR disse ter comprovado o depósito do dinheiro nas contas dos partidos por meio de recibos.<ref name="agência brasil 2"/>
 
OGim ex-senadorArgello era membro da Comissão Parlamentar de Inquérito no Senado e vice-presidente da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito, da Câmara e do Senado, ambas instauradas no ano de 2014 para apurar irregularidades na Petrobras.<ref name="agência brasil 4"/> O ex-senador foi vice-presidente do colegiado, que encerrou os trabalhos em dezembro de 2014 sem o indiciamento de autoridades.<ref name="agência brasil 3"/>
 
Argello teria orientado o empreiteiro a destinar o dinheiro na forma de doações eleitorais aos diretórios nacionais de quatro partidos indicados por ele: DEM (R$ 1,7 milhão), PR (R$ 1 milhão), PMN (R$1,15 milhão) e PRTB (R$1,15 milhão).<ref name="agência brasil 2"/> Em 2014, as siglas integravam uma coligação com o PTB, partido pelo qual o ex-senador tentava a reeleição.<ref name="agência brasil 2"/>
 
Outro indício contra o ex-senador foi encontrado no celular do executivo Léo Pinheiro, da [[Construtora OAS|empreiteira OAS]], apreendido ainda na 7ª fase da Operação Lava Jato.<ref name="agência brasil 2"/> Em 2014, Ricardo Pessoa não foi convocado para depor nem na CPI da Petrobras no Senado, nem na Comissão Parlamentar Mista de Inquérito que investigou a estatal, pois Gim Argello integrou ambas.<ref name="agência brasil 2"/> Pinheiro também não foi convocado a depor nas comissões que investigavam a Petrobras no Congresso.<ref name="agência brasil 2"/>
 
Em mensagens, trocadas com [[Otávio Azevedo|Otávio Marques de Azevedo]], então presidente da empreiteira [[Andrade Gutierrez]], é mencionado o pagamento de R$ 350 mil para uma paróquia{{qual}} frequentada por Argello, que recebeu a alcunha de "Alcoólico", em uma referência à bebida destilada "gim".<ref name="agência brasil 2"/> O dinheiro teria ligação com a obra da Refinaria Abreu e Lima (RNEST), da Petrobras, em Pernambuco.<ref name="agência brasil 2"/>
 
Os procuradores dizem ter recolhido ainda outras provas que corroboram o pagamento de propina, tais como registros de ligações telefônicas e reuniões.<ref name="agência brasil 2"/>