Grão-Ducado da Lituânia: diferenças entre revisões
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O Grão-Ducado da Lituânia foi um estado multinacional que se expandiu na força do vácuo deixado pelos [[mongóis]]. Muitas etnias e religiões ([[Lituânia|lituanos]] e [[Polônia|poloneses]] [[Igreja Católica Romana|católicos]], [[Igreja Ortodoxa|ortodoxos]] e [[Igreja Católica Ortodoxa de Antioquia|ritos orientais]] [[eslavos]], [[Judaísmo|judeus]], [[Armênia|armênios]], [[germanos]] etc.) contribuíram para sua diversidade cultural e política. O caráter multinacional do estado e a filosofia cosmopolita de sua elite, depois do fim do século XIV, foi tema de debate sobre o legado deixado pela Grão-Ducado da Lituânia nos séculos XIX e XX. Este debate envolveu muitos historiadores poloneses, russos, lituanos, e bielorrussos e transbordou em políticas nacionais. O debate atingiu seu ápice durante as guerras para a independência de 1917 a 1920, e contribuiu muito para as disputas locais como as que envolveram a [[linha Curzon]] e políticas na [[Lituânia Central]].
A expansão do Grão-Ducado da Lituânia para uma [[Bielorrússia|Rutênia Branca]] uniu pessoas de culturas similares. Os dois povos, os antepassados dos [[Lituânia|lituanos]] modernos e da atual [[Bielorrússia]], chamavam-se a si mesmos ''lituanos'' em seu idioma próprio (respectivamente ''lietuviai'' em [[Língua lituana|lituano]] e ''litviny'' em [[Língua bielorrussa|bielorrusso]]). Naquela época "lituano" teve um duplo significado. Um significava o habitante do Grão-Ducado da Lituânia, e o outro uma pessoa de idioma lituano. Uma vez que os lituanos viviam não somente na região da atual Lituânia, como também na [[Prússia Oriental]] e grande parte da atual [[Bielorrússia]]. Na Prússia Oriental ele foi utilizado para se referir à minoria lituana da região da Lituânia Menor, enquanto que nas terras eslavas do grão-ducado o emprego do termo como no primeiro caso foi mais comum. Na Bielorrússia, bielorrussos (especialmente os católicos) referem-se a si mesmos como lituanos, enquanto outras populações como a dos ucranianos, denominam-se apenas [[rutenos]] ou por alguma outra [[etnia]]. Porém, o número de pessoas que se consideram lituanos diminuiu com o tempo devido a adoção da cultura e idioma polonês, que foram considerados mais sofisticados. Eventualmente a maioria da nobreza do grão-ducado se considerava polonesa. O nacionalismo lituano e a autodeterminação
[[Imagem:Polish-Lithuanian commonwealth 1619 map.png|thumb|right|Mapa da comunidade com suas principais subdivisões em 1619 sobrepostas às atuais divisões entre os países]]
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== História ==
O Grão-Ducado da Lituânia começou a surgir no governo do Grão-Duque [[Mindaugas]] (ou ''Mindoŭh'' em [[Língua bielorrussa|bielorrusso]]) em [[1238]]. Mindaugas foi batizado em 1252 e coroado Rei da Lituânia em 1253 (em 1260, ele abandonou o Cristianismo). Após ele, houve uma luta entre os duques lituanos, mas o estado sobreviveu.
O ducado expandiu-se em direção ao sul e leste, incorporando grande parte da [[Rutênia]]. A expansão alcançou seu apogeu no governo de [[Gediminas]] ([[Língua bielorrussa|bielorrusso]]: ''Hiedzimin''), que criou um forte governo central e estabeleceu um império que se estendeu desde o [[Mar Negro]] até o [[Mar Báltico]]. A facilidade com que a Lituânia construiu seu império pode ser creditada à habilidade diplomática e tática dos grão-duques lituanos bem como à fragilidade de todos os principados rutenos; a Lituânia estava em posição ideal de tirar vantagens dos [[Eslavos do Leste|Eslavos Orientais]]. Enquanto a maioria dos estados a sua volta haviam sido saqueados ou derrotados pelos Mongóis, suas hordas nunca chegaram tão distante ao norte deixando o território lituano intocado. A expansão da Lituânia foi também acelerada devido ao fraco controle que os Mongóis tinham sobre as áreas que eles
O estado lituano não foi construído apenas com agressões militares. Sua existência sempre dependeu da diplomacia muito mais do que das armas. Quase todas as cidades foram anexadas sem nunca terem sido antes derrotas em batalhas mas aceitaram em ser vassalos da Lituânia. A maioria delas já eram vassalos da [[Horda Dourada]] ou da [[Moscóvia]], e não tinham interesse em conseguir sua independência mas preferiam mudar de um senhor para outro. Isto pode ser visto no caso de [[Novgorod]], que foi frequentemente trazida para a esfera de influência da Lituânia e tornado-se uma dependência ocasional desta, mas os exércitos lituanos nunca atacaram a cidade. Pelo contrário, o controle lituano era o resultado de atritos internos naquelas cidade, que queriam fugir do domínio da Moscóvia. Este método de construção de um estado era, contudo, instável. A mudança de políticas internas dentro de uma cidade poderia tirá-la do controle lituano, como aconteceu em um número de ocasiões com Novgorod e outras cidades rutenianas.
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== Militarismo ==
Apesar das muitas aquisições rutenianas terem sido pacíficas por parte dos lituanos, seu poderio militar poderia ser utilizado quando fosse preciso, uma vez que era a única força no [[Leste europeu]] que poderia efetivamente lutar contra a [[Horda Dourada]]. Toda a vez que a Horda Dourada tentou conter a expansão lituana foram
== Religião ==
Depois do batismo em 1252 e coroação do Rei [[Mindaugas]] em 1253, a Lituânia foi reconhecida como um estado cristão até 1260, quando Mindaugas apoiou uma revolta em [[Courland]] e renunciou ao Cristianismo. Até [[1387]], a nobreza lituana professou a sua própria religião, que foi uma crença [[paganismo|pagã]] baseada na deificação dos fenômenos naturais. A etnia lituana era muito dedicada a sua fé. As convicções pagãs precisaram ser profundamente fortificadas para sobreviver às fortes pressões de missionários e poderes estrangeiros. Até o século XVII existiam
== Cultura ==
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