Maria de Lourdes Pintasilgo: diferenças entre revisões

Conteúdo apagado Conteúdo adicionado
Lurdes Pintassilgo
reversão de vandalismos
Linha 1:
{{Info/Político
| nome=Maria de Lourdes Pintasilgo
| imagem=Maria de Lourdes Pintasilgo 1986 (cropped).jpg
| pais=de {{PRT}}
| mandato=[[1 de Agosto]] de [[1979]] até [[3 de Janeiro]] de [[1980]]
Linha 13:
| profissão=[[Engenheira]] Químico-Industrial
}}
'''Maria de LurdesLourdes Ruivo da Silva de Matos PintassilgoPintasilgo''' <small>[[Ordem Militar de Cristo|GCC]] • [[Ordem do Infante D. Henrique|GCIH]]</small> ([[Abrantes]], [[São João (Abrantes)|São João]], [[18 de Janeiro]] de [[1930]] — [[Lisboa]], [[10 de Julho]] de [[2004]]) foi uma engenheira química, dirigente eclesial e política. Foi a única mulher que desempenhou o cargo de [[Primeiro-ministro de Portugal|primeiro-ministro]] em Portugal, tendo chefiado o [[V Governo Constitucional de Portugal|V Governo Constitucional]], em funções de Julho de [[1979]] a Janeiro de [[1980]]<ref name="ptjornal.com"/>.
 
Maria de LurdesLourdes PintassilgoPintasilgo foi a terceira mulher a desempenhar o cargo de primeiro-ministro na Europa, depois da croata [[Savka Dabčević-Kučar]] e dois meses depois da tomada de posse de [[Margaret Thatcher]].<ref>{{citar web |url=http://wiki.answers.com/Q/Who_was_the_first_woman_to_serve_as_prime_minister_in_Europe|título=Who was the first woman to serve as prime minister in Europe? |acessodata=15 de novembro de 2012 |publicado= wiki.answers.com |língua2=en }}</ref>
 
== Biografia ==
=== Família ===
Maria de LurdesLourdes PintassilgoPintasilgo nasceu na freguesia de São João, concelho de Abrantes, filha de Jaime de Matos PintassilgoPintasilgo ([[Covilhã]], [[Conceição (Covilhã)|Conceição]], 9 de Dezembro de 1896 - Lisboa, [[Socorro (Lisboa)|Socorro]], 10 de Outubro de 1959), empresário ligado à [[indústria]] de [[lanifícios]] da [[Covilhã]], e de sua mulher (Abrantes, 14 de Março de 1929) Amélia do Carmo Ruivo da Silva ([[Vendas Novas]], [[Vendas Novas (freguesia)|Vendas Novas]], c. 1899 - 1982), doméstica. Foi neta paterna de Jerónimo de Matos PintassilgoPintasilgo (Covilhã, [[São Pedro (Covilhã)|São Pedro]], 21 de Maio de 1866 - ?) e de sua primeira mulher (Covilhã, São Pedro) Bárbara Saraiva Tavares (1 de Janeiro de 1873 - ?), tendo o seu avô paterno casado segunda vez com sua cunhada Virgínia Saraiva Tavares (Covilhã, São Pedro, 1880 - ?), e neta materna de José Ruivo da Silva e de sua mulher Raquel do Carmo. Foram testemunhas e padrinhos do registo civil de Maria de LurdesLourdes PintassilgoPintasilgo um dos tios maternos, Augusto Ruivo da Silva, [[Oficial (militar)|Oficial]] do [[Exército]], e a avó materna Raquel do Carmo, familiares que acompanharam muito de perto o seu crescimento e que muito a influenciaram. Cresceu numa família alargada, não cristã, agnóstica. Em 1933, nasceu o segundo filho do casal, José Manuel de Matos Ruivo da Silva PintassilgoPintasilgo<ref name="Infopédia">{{citar web |url=http://www.infopedia.pt/$maria-de-lourdes-pintasilgo|título=Maria de Lourdes Pintasilgo |acessodata=10 de julho de 2012 |autor= |coautores= |data= |ano= |mes= |formato= |obra= |publicado=[[Infopédia]]}}</ref>. José Manuel enveredou pelo jornalismo e casou com Maria dos Prazeres Rodrigues Gouveia PintassilgoPintasilgo, tendo falecido em 1985, sem deixar descendentes.
Maria de LurdesLourdes PintassilgoPintasilgo faleceu em Lisboa aos 74 anos de idade e repousa num modesto jazigo no Cemitério dos Prazeres.
 
=== Formação ===
Em 1937, a família de Maria de LurdesLourdes PintassilgoPintasilgo abandonou Abrantes e instalou-se em Lisboa. Maria de LurdesLourdes PintassilgoPintasilgo realizou já a instrução primária numa escola particular da AvenidaAv. Almirante Reis, o Colégio Garrett. Em 1940, ingressou no Liceu DonaD. Filipa de Lencastre. Terminou em 1947 o curso secundário como melhor aluna do liceu, por dois anos consecutivos obteve o Prémio Nacional.<ref name="ptjornal.com">{{citar web |url=http://www.ptjornal.com/201207099468/geral/hoje-e-dia/10-de-julho-morre-lourdes-pintasilgo-a-primeira-chefe-de-governo-em-portugal.html|título=10 de julho, morre Lourdes Pintasilgo, a primeira chefe de Governo em Portugal |acessodata=10 de julho de 2012 |autor=JOANA TELES |coautores= |data=10 de julho de 2012 |ano= |mes= |formato= |obra= |publicado=Pt Jornal |páginas= |língua= |língua2=pt |língua3= |lang= |citação= }}</ref>
 
Em 1953, com 23 anos, licenciou-se em Engenharia Químico-Industrial, pelo [[Instituto Superior Técnico]] de Lisboa, numa época em que eram poucas as mulheres que enveredavam pela área da engenharia. Entre os 250 alunos do seu curso, apenas 3 eram mulheres. Com a opção por esta licenciatura, desejava mostrar que o desafio do mundo industrial e a novidade da técnica eram também acessíveis às mulheres.<ref name="Infopédia"/>
Linha 35:
 
=== Papel na Igreja e intervenção cívica ===
A actividade profissional que vinha exercendo, não prejudicou o seu compromisso cristão. Esta dimensão de crente foi indissociável dos seus empenhamentos sociais, sendo o horizonte da justiça a sua ambição política. Em 1957, depois de uma passagem pelos Estados Unidos da América, fundou em Portugal, com Teresa Santa Clara Gomes, o movimento internacional Graal. Entre 1964 e 1969, enquanto vice-presidente internacional do Graal, foi coordenadora de programas de formação e de projectos-piloto no domínio da emancipação da mulher, do desenvolvimento, da acção sócio-cultural e no domínio de uma evangelização enraizada no seu tempo. Neste período representou o Graal em actividades internacionais, nomeadamente no III Congresso Mundial do Apostolado dos Leigos, realizado em Roma (1967). Simultaneamente foi designada, pelo Papa Paulo VI, representante da Igreja Católica num grupo de ligação ecuménica com o Conselho Mundial das Igrejas (1966-1970). No Graal em Portugal foi mentôramentora dos projectos: Rede Lien (1989-2004); Trabalho e Família – Responsabilidade Total (2001-2002), no âmbito da iniciativa comunitária EQUAL (2000-2001); Para uma Sociedade Activa (1996-2000), no âmbito do IV Programa para a Igualdade de Oportunidades entre as Mulheres e os Homens da Comissão Europeia e com o apoio do Programa Emprego/ Eixo Now (1999-2000); Banco de Tempo (desde 2001), com o apoio da Comissão para a Igualdade no Trabalho e no Emprego (2001-2203) e da Comissão para a Igualdade e os Direitos das Mulheres (2003).
 
Em Novembro de 1969, recusou o convite do presidente do Conselho, Marcelo Caetano, para integrar a lista de deputados à [[Assembleia Nacional (Portugal)|Assembleia Nacional]].
 
Maria de LurdesLourdes PintassilgoPintasilgo aceitou ser designada procuradora à [[Câmara Corporativa]] nas duas últimas legislaturas deste órgão (X, XI, 1969-1974), na Secção XII – Interesses de ordem administrativa, 1.ª Subsecção: Política e Administração Geral.<ref name="procCC">{{citar web |url=http://app.parlamento.pt/PublicacoesOnLine/OsProcuradoresdaCamaraCorporativa%5Chtml/pdf/p/pintasilgo_maria_de_lurdes_ruivo_da_silva_matos.pdf |título= Nota biográfica de Maria de Lourdes Pintasilgo. |trabalho=Procuradores da Câmara Corporativa (1935-1974) |acessodata=2013-01-03 |autor=Castilho, J. M. Tavares |ano=2010 |formato=PDF |publicado=[[Assembleia da República Portuguesa]]}}</ref> Foi a primeira mulher a exercer funções nesta secção, cargo que desempenhou até Abril de 1974. Na qualidade de procuradora, assinou com “voto de vencida” vários pareceres, relativos a questões como a liberdade de imprensa, o modelo de desenvolvimento económico e as alterações à Constituição.
 
Entre 13.05.1970 e 23.09.1973, trabalhou como consultora junto do Secretário de Estado do Trabalho e Previdência, do Ministério das Corporações e Previdência Social. Presidiu ainda, novamente a convite de Marcelo Caetano, ao Grupo de Trabalho para a Participação da Mulher na Vida Económica e Social (na dependência da já referida Secretaria de Estado). No exercício dessas funções, integrou a Delegação Portuguesa à Assembleia Geral da ONU, tendo aí realizado cinco intervenções, subordinadas às problemáticas: o direito dos povos à auto-determinação (Novembro de 1971), a juventude (Dezembro de 1972), a condição feminina (Novembro de 1972), a situação social no mundo (Outubro de 1971), a liberdade religiosa (Dezembro de 1972).<ref name="Infopédia"/>
 
Manteve-se no Ministério das Corporações e Previdência Social até à instituição da Comissão para a Política Social relativa à Mulher, por decreto n.º 482/73, de 27 de Setembro, da qual foi nomeada presidente. Esta comissão sofreu, com o decreto-lei n.º 47/75 de 1 de Fevereiro, uma mudança de designação, passando a ser referenciada como Comissão da Condição Feminina, agora dotada de autonomia administrativa. Maria de LurdesLourdes PintassilgoPintasilgo foi titular do cargo de presidente da referida Comissão desde 23.11.1973, interrompendo o exercício do cargo para integrar alguns Governos Provisórios, após o 25 de Abril.
 
=== Vulto da democracia ===
Linha 50:
Em 01.05.1975, retomou a presidência da Comissão da Condição Feminina, permanecendo em funções até à tomada de posse como embaixadora junto da Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura, em 08.08.1975, onde realizou um trabalho notável durante quatro anos. Permaneceu como embaixadora delegada de Portugal junto da UNESCO (Paris) até 1979, embora administrativamente tenha conservado o cargo até 27.05.1981. Foi eleita, por quatro anos, membro do Conselho Executivo da UNESCO, por proposta dos países ocidentais, durante a Conferência Geral de 1976, realizada em Nairobi, pelo reconhecimento das suas capacidades na resolução de problemas difíceis e pelo seu conhecimento profundo em matérias como ciência, educação e cultura.
 
Em [[19 de julho]] de [[1979]], foi indigitada pelo presidente da República, general Ramalho Eanes, para chefiar o V Governo Constitucional (01.08.1979 – 03.01.1980), um governo de gestão incumbido de preparar as eleições legislativas intercalares marcadas para 2 de Dezembro desse ano. Ao aceitar desempenhar aquelas funções, Maria de LurdesLourdes PintassilgoPintasilgo tornou-se a primeira mulher portuguesa a assumir o cargo de chefe do Governo. Foram características da sua acção governativa, nas palavras de um historiador, uma liderança dialogante, bem como a manifesta preocupação de justiça social que trespassou a produção legislativa daquele período<ref>«O poder central» in Portugal 20 Anos de Democracia, coord. de António Reis, Temas e Debates, 1996, p. 80</ref>.
 
Em 1980, apoiou a candidatura do general Ramalho Eanes à Presidência da República. Entre 01.10.1981 e 01.02.1985, exerceu funções como consultora do presidente da República, António Ramalho Eanes, gerindo durante essa época o dossier Timor-Leste. Dotada de um estilo carismático foi dinamizadora de importantes movimentos sociais e cívicos, resultantes da sua preocupação com o aprofundamento da democracia. De nomear entre outros: a Rede de Mulheres (1980-1986), a Plataforma Inter-Grupos, o Movimento para o Aprofundamento da Democracia (MAD), surgido entre 1982 e 1985, e a Plataforma Europeia para o Ambiente.
 
Foi candidata independente às eleições presidenciais de 1986, as mais competitivas e polarizadas do regime democrático português, onde pela primeira vez os candidatos eram civis e não já militares. Sem o apoio de qualquer máquina partidária e gozando do prestígio que recolhera enquanto primeira-ministra, Maria de LurdesLourdes PintassilgoPintasilgo formalizou a sua candidatura em 09.12.1985 com cerca de 15 000 assinaturas e surgia como a candidata mais bem posicionada nas sondagens, recolhendo elevadas percentagens das intenções de voto. Todavia, na primeira volta foi preterida em face dos candidatos de esquerda dotados de apoios dos partidos políticos. Os resultados eleitorais traduziam o triunfo dos aparelhos partidários sobre as apostas singularizadas, penalizando fortemente aquela que havia sido a candidatura mais personalizada, a de Maria de LurdesLourdes PintassilgoPintasilgo, com 7,4% dos votos.<ref name="ptjornal.com"/>
 
Entre 1987 e 1989 foi deputada no Parlamento Europeu, na qualidade de independente integrada no Grupo Socialista.
 
=== Projecção internacional ===
Desde nova que a sua experiência cristã e mais tarde os seus empenhamentos sociais, cívicos e políticos, são atravessados pela dimensão internacional. No final dos anos setenta era já uma prestigiada intelectual católica, com uma carreira política meritória, reconhecida em Portugal e no estrangeiro. Porém, durante a década de oitenta, foi no plano internacional que Maria de LurdesLourdes PintassilgoPintasilgo exerceu maior actividade, pois em Portugal, o projecto que defendera enquanto primeira-ministra despertara a hostilidade do Partido Social Democrata (PSD) e do Centro Democrático Social (CDS), que depois de formarem o Governo da Aliança Democrática (1980-1982), procuraram retirar-lhe visibilidade no espaço público.
 
Foi membro do conselho directivo do World Policy Institute da New School of Social Research, em Nova Iorque (1982). Em 1983 torna-se membro do Conselho de Interacção de Ex-Chefes de Governo, organismo criado por Kurt Waldheim, Leopold Senghor e Helmut Schmit, ocupando a sua vice-presidência entre 1988 e 1993, por designação do Comité Executivo. Foi igualmente membro do Conselho Directivo da Universidade das Nações entre 1983 a 1989, por designação do Secretário-Geral da ONU, do Director-Geral da UNESCO e da Santa Sé. De 1989 a 1991 foi membro do Conselho da Ciência e da Tecnologia ao Serviço do Desenvolvimento, eleita pela Assembleia Geral da ONU, e membro do Grupo de Peritos da OCDE sobre A Mudança Estrutural e o Emprego das Mulheres (1990-1991), a convite do Secretário-Geral daquela organização.
Linha 65:
Entre 1990 e 1992 foi conselheira especial do Reitor da Universidade das Nações Unidas. De 1992 a 1994 foi presidente do Grupo de Peritos do Conselho da Europa sobre Igualdade e Democracia. Por convite conjunto dos Governos da Holanda, Suécia, Noruega, Alemanha, Canadá, Reino Unido e Japão da ONU, do Banco Mundial e de várias Fundações Americanas, entre 1992 e 1997, foi presidente da Comissão Mundial Independente sobre a População e Qualidade de Vida.
 
Presidiu, entre 1993 e 1998, ao Conselho Directivo do WIDER/UNU, Instituto Mundial de Investigação sobre Desenvolvimento Económico da Universidade das Nações Unidas. Maria de LurdesLourdes PintassilgoPintasilgo foi também, entre 1995 e 1996, presidente do Comité dos Sábios, a convite do Presidente da Comissão Europeia.
 
Participou ainda em numerosos simpósios, encontros, colóquios em universidades, institutos religiosos e organizações cristãs, entidades internacionais (OCDE, ONU, UNITAR, OIT, NATO, UNESCO), em associações e movimentos de mulheres, fóruns políticos e sociais dos cinco continentes, com a análise de temas relacionados com os vários aspectos da intervenção das mulheres na sociedade civil, do desenvolvimento e da qualidade de vida, da cidadania, da teologia e espiritualidade cristã, da democracia e reforma do Estado.
Linha 81:
 
== Títulos honoríficos ==
Maria de LurdesLourdes PintassilgoPintasilgo foi galardoada, em 07.03.1986, com o The 1986 Living Legacy Award atribuído pelo Women’s International Center, em San Diego, na Califórnia.
 
Recebeu o doutoramento “honoris causa” pela Universidade Católica de Louvaina, em 02.02.1990.
 
Foi agraciada<ref name="OHop">{{citar web|url=http://www.ordens.presidencia.pt/?idc=153|título=Cidadãos Nacionais Agraciados com Ordens Portuguesas|autor=|data=|publicado=Presidência da República Portuguesa|acessodata=2013-01-03 |notas=Resultado da busca de "Ruivo da Silva de Matos".}}</ref> com a Grã-Cruz da [[Ordem Militar de Cristo]], a 9 de Abril de 1981, tornando-se na primeira mulher agraciada nessa Ordem com esse grau, com<ref name="OHop"/> a Grã-Cruz da [[Ordem do Infante D. Henrique|Ordem do Infante Dom Henrique]], a 9 de Junho de 1994, e com a Medalha Machado de Assis pela [[Academia Brasileira de Letras]] (13.11.1997).
 
== Obras publicadas ==
A obra publicada de Maria de LurdesLourdes PintassilgoPintasilgo é variada, contemplando desde livros, ensaios, relatórios, conferências, prefácios, além de um vasto número de artigos em jornais e revistas. As principais temáticas abordadas nos seus artigos são sobre a participação das mulheres no desenvolvimento/qualidade de vida, na cultura e na política, a renovação da teoria e prática políticas, a espiritualidade e o compromisso cristãos. Merecem destaque os seus principais livros:
* ''Sulcos do nosso querer comum'' (Porto, Ed. Afrontamento, 1980);
* ''Imaginar a Igreja'' (Lisboa, Ed. Multinova, 1980);
Linha 97:
* ''Dimensões da mudança''. Prefácio de [[Eduardo Prado Coelho]]. 2.ª ed., Porto, Afrontamento, 1985.
* ''As minhas respostas'' (Lisboa, Ed. D. Quixote, 1985).
* ''Cuidar o Futuro: Um programa radical para viver melhor'' (Lisboa, Trinova Editora, 1998).
Prefaciou ainda a segunda edição das ''Novas Cartas Portuguesas'', de [[Maria Isabel Barreno]], [[Maria Teresa Horta]] e [[Maria Velho da Costa]] (1974). Assinou o Pré-Prefácio e o Prefácio da 3.ª edição daquela obra, em 1980. Em 1999, prefaciou também a obra de Maria Regina Tavares da Silva,'' A Mulher – Bibliografia Portuguesa Anotada (1518-1998)''. A escrita e as investigações que conduziu caracterizam-se pela criação de alternativas aos paradigmas existentes, pela proposta de um diálogo interdisciplinar e por grande independência da sua reflexão política. Saliente-se ainda que, a divulgação do seu pensamento foi em grande medida feita através de longas entrevistas e debates, editados por publicações nacionais e estrangeiras, comprovando os seus dotes excepcionais de comunicadora e pensadora.
 
{{Referências|Referências e Notas}}
 
==Ligações externas==
Linha 108 ⟶ 107:
{{Começa caixa}}
{{Caixa de sucessão
|título = [[Anexo:Lista de primeiros-ministros de Portugal|Primeiro-ministro de Portugal]]
|anos = ''([[V Governo Constitucional de Portugal|V Governo Constitucional]])''<br />[[1979]]-[[1980]]
|antes = [[Carlos Alberto da Mota Pinto]]