Jean de Léry: diferenças entre revisões
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== Biografia ==
Léry era um jovem [[sapateiro]] e [[seminarista]] quando, em [[1556]], tomou a decisão de acompanhar um grupo de ministros e artesãos protestantes em uma viagem à [[França Antártica]], colônia francesa estabelecida na [[baía de Guanabara]], atual cidade do [[Rio de Janeiro (cidade)|Rio de Janeiro]]. Ck
A [[França Antártica]] havia sido estabelecida por [[Nicolas Durand de Villegagnon]], com ajuda financeira e apoio de [[Gaspar II de Coligny]], almirante da marinha francesa convertido ao [[calvinismo]]. Villegagnon embora inicialmente aceitasse os protestantes, passados oito meses da chegada destes, expulsou-os acusando-os de [[heresia]]. Léry e os demais passaram mais dois meses na região da Baía de Guanabara, acolhidos pelos índios [[tupinambás]]. Alguns dos missionários retornaram para a colônia e foram mortos por Villegagnon. Léry e parte dos missionários retornaram à França em um navio bastante avariado. A viagem foi arriscada, demorou mais do que o usual, e quase levou os passageiros e tripulantes a morrerem de fome. Ao final do percurso, Léry e os demais estavam comendo couro, papagaios, ratos e até mesmo mastigando o [[Caesalpinia echinata|pau-brasil]] que traziam consigo. Já se preparavam para tirar sortes para decidir qual deles morreria para servir de alimento aos outros quando chegaram à Europa. Sem saberem, Léry e seus amigos traziam na bagagem uma carta escrita por Villegagnon ordenando a prisão e execução dos missionários. A ordem não foi cumprida. Os missionários foram acolhidos na França por autoridades protestantes, que ignoraram a ordem. Léry recebeu a notícia das mortes de três de seus amigos no [[Brasil]] e as narrou no capítulo "Perseguição dos Fiéis nas Terras da América" do livro "História dos Mártires", publicado por [[Jean Crespin]], advogado protestante refugiado em [[Genebra]].
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